sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

6 personagens natalinos mais legais que o Papai Noel


Avaliando todos os comentários e evidências que há anos vem alertando seu criador sobre o duvidoso caráter do mais famoso símbolo do Natal (não me venha dizer que é Jesus, pois nós sabemos que isso seria hipocrisia de vossa parte) e sua relação com a máquina capitalista devoradora de mentes, O Pruno’s Land decidiu investigar a fundo (ok, nem tanto) a vida secreta do Papai Noel, traçando um paralelo com outros personagens natalinos que, de acordo com o autor e dono de todas as verdades existentes Bruno Müller, soam de melhor reputação que o dito cujo.

O Grinch




O Grinch é um personagem criado pelo escritor, cartunista e poeta Theodor Seuss, conhecido mais como Dr. Seuss (não Meuss), aparecendo pela primeira vez no livro infantil Como o Grinch Roubou o Natal de 1957. Em resumo, o Grinch é um cara verde e feio completamente anti-espírito natalino porque o tamanho do seu coração é duas vezes menor que o normal, e vive em uma caverna isolada próxima a cidade de Whovile, onde a história original acontece. Em certo Natal, Grinch fica puto de vez e resolve acabar com o feriado de todo mundo, se vestindo de Papai Noel para adentrar furtivamente as casas e roubar os presentes deixados pelo bom velhinho. Ou pelos pais das crianças, sei lá. 
''dexxxxte tamanho''
O Grinch ganhou várias versões pós-livro, sejam para tv, teatro e cinema, sendo que as mais famosas foram uma animação de Chuck Jones para televisão feita em 1966, na qual Boris Karloff dublou o personagem e narrou o filme, e o longa de Ron Roward feito em 2000 com Jim Carrey dando vida ao bicho (só eu gosto desse filme?)

Por que é melhor que o Papai Noel? ANARQUIA! O maior símbolo involuntário da luta contra o sistema capitalista no mês de dezembro. Ou eu tô viajando legal. Mas não consigo pensar em mais motivos que façam o Grinch ser melhor que o Papai Noel exceto que ele é bem mais cool. O cara é um monstro verde antissocial com aparência primal que aterroriza o Natal da vizinhança hipócrita porque não é aceito pela mesma. Isso pra mim já é motivo mais que suficiente para torna-lo um personagem bem mais atrativo que o pedófilo escarlate.

Nana Gouvêa


Sim. A rainha da futilidade midiática brasileira teve sua imagem relacionada à data natalina quando lançou um vídeo ano passado desejando feliz Natal aos seus fãs de uma maneira um pouco peculiar e fazendo o que sabe de melhor: Rebolando o corpanzil seminua. O vídeo virou sucesso no Youtube e tema de debate entre punheteiros e conservadores, que passaram horas discutindo sobre a vulgaridade e exposição internética das subcelebridades nos tempos atuais. Porque a cura do câncer não tem pressa para ser descoberta.

Por que é melhor que o Papai Noel? Porque, por mais banal, anti-tutâno e perishiltônica que seja a imagem de Nana, ela é patrimônio folclórico nosso. E convenhamos, ela é gostosa. Um guilty pleasure quase inevitável para nós marmanjos e ratos de internet. Compara ela com aquele idoso pançudo. “Ah, mas ela é uma vaca fútil, e o bom velhinho tem bom coração e não tem malícia nenhuma!” É mermo, é? Diz isso após olhar a capa da Playboy de dezembro de 2000:

"Nossa Papai Noel, que saco grande o senhor tem!" 
Depois esse velho quer dar uma de falso moralista. Por isso gosto da Nana. Ela é sincera. Sabe que vive da libidinagem alheia. Além disso, outro fator bônus que gira em torno dela é o humor, já que suas tentativas de aparição pública são tão forçosamente ridículas (tirar fotos sensuais nos destroços do furacão Sandy, etc) que não dá pra não rir. Ela é um grande símbolo da Era Vulgaris em que vivemos. Alguns pseudo-intelectuais repudiam isso, mas eu acho ultra divertido. Então ponto pra moça. E caso você tenha ficado curioso, taí embaixo o tal do vídeo. Podem assistir com culpa. No final, a diversão vai prevalecer à vergonha (mesmo a alheia).


Jack (A Nightmare Before Christmas)


Jack Skellington é um cara bizarro que vive na Terra do Halloween, um universo totalmente macabro e cheio de criaturas fantásticas e assombrosas (esteticamente, pelo menos) onde aparentemente é Dia das Bruxas o ano inteiro. O sujeito organiza anualmente a celebração de Halloween, até que um dia, vagando pela floresta, ele se depara com portais para outros universos, como o da Páscoa, o da Ação de Graças e o do Natal. As festividades organizadas nestes universos influenciam diretamente no mundo real. Ou mais ou menos é assim que me lembro. Jack entra no último e conhece o incrível mundo do Natal, cheio de amor, solidariedade, reflexão e funcionário pagando mico com gorro (mentira, isso eles não mostram). Todo empolgado com essa nova celebração, Jack decide abraça-la e organizar o Natal à sua maneira, sequestrando Papai Noel e entregando seus próprios presentes para as crianças, o que tem 175% de chances de dar em um belo touro de cocô.



Por que é melhor que o Papai Noel? Jack é o típico cara bem intencionado e trapalhão. Não do tipo que espirra extintor de incêndio no seu pé, mas que, por mais que faça cagada atrás de cagada, tem um bom coração. O elemento chega a ir contra sua própria natureza halloweenística para dar mimos aos infantes, mesmo que estes presentes deixem os pimpolhos mais traumatizados do que se tivessem tido seus pais esquartejados por dez palhaços zumbis mutantes leprosos vindos debaixo da terra na sua frente. Cara, isso foi tão grosseiro que acho que vou ser processado pelo Rafinha Bastos.
Além disso, Jack, é um personagem de Tim Burton, que ainda que falho em muitos momentos é um diretor de arte (sua verdadeira vocação) impecável. Ou seja, o protagonista do filme O Estranho Mundo de Jack tem um visual super foda, dark com uma aparência semelhante a um Slender antes da cirurgia para remoção de rosto, e uma boca enorme e costurada de dar inveja ao Coringa e a Babi Xavier. Papai Noel? Esse jamais deixaria sua zona de conforto para agradar ninguém, não saindo da sua casa na Lapônia desde que foi inventado. Claro que quem entrega os presentes são seus anões escravos. Ou você acredita que ele realmente faz o trabalho todo sozinho numa noite voando em um trenó guiado por renas voadoras? Cara, renas voadoras não existem!! Como vocês podem acreditar nisso???

Roberto Carlos


Todo ano, desde 1974, Roberto Carlos, VIP da Globo, tem um especial de fim de ano exibido na Plim Plim no mês de dezembro, onde canta seus maiores sucessos e recebe convidados ilustres. Geralmente é rodado no projac, onde os ilustres globais como Carolina Dickeman, Kássia Kiss e Tarcísio Meira tem lugar na primeira fila vestidos de braço num festival de cafonice e glamour, mas já teve edições em Jerusalém e em lugar nenhum, como no caso do ano de 1999, quando sua então esposa Maria Rita faleceu e ele decidiu não gravar o especial. Alías, eu não lembro direito de se realmente é gravado no projac ou se vai aoar exatamente no dia 25 de dezembro, mas eu não tenho tempo pra pesquisar, pois sou um só e como podem ver sou um indivíduo bastante ocupado.

Por que é melhor que o Papai Noel? Porque os humoristas que o imitam e as piadas derivadas dele são engraçados. Porque meu pai gosta. Porque, tal qual piratas - e piratas são cool -, ele tem uma perna de pau e anda num navio. Porque tem aquela música do cachorro que sorriu latindo e eu sempre imagino como pode um cachorro latir e sorrir ao mesmo tempo (Se o Netinho de Paula pode falar rindo e chorando ao mesmo tempo, por que não?). Porque ele usa uma variedade bem mínima de tonalidades de cor de roupa (azul e branco) tal qual euzinho (preto e C:100 M:100 K:100 Y:100). Porque deixou a Paula Fernandes cantar com ele e a Paula é mó gostosinha. E porque... Ah, sei lá! Acabou meu estoque. Esse cara é meio chato e nunca fez nada tão legal como mandar alguém tomar no cú ao vivo ou coisa do tipo. Mas só os motivos acima já são mais que suficientes para torna-lo mais legal que o Papai Sacudo.

Aquele anjo boladão de A Felicidade Não Se Compra


É, aquele filme preto e branco do carinha que tenta se matar. Porque enquanto James Stewart não estava comendo a Kim Novak em um filme do Hitchcock, ele fez um dos melhores filmes de Natal já feitos e de longe um dos meus top favoritos: A Felicidade Não se Compra, do Frank Capra (Pra vocês terem uma ideia, acho melhor que o da princesa Lili). No longa, Stewart é George Bailey, um bancário (ou banqueiro, não sei qual a porra da diferença #comentemabaixo) que vive desde sempre de ajudar os outros, até que um sujeito bem mequetrefe rouba seu dinheiro e o deixa na pindaíba, fazendo-lhe tentar o suicídio. Nesse momento o espírito desencarnado candidato à anjo Clerence o impede de se matar e tenta lhe ajudar, mostrando como seria escrota a vida das pessoas ao seu redor se ele nunca tivesse existido e tals.

Por que é melhor que o Papai Noel? Óbvio pra caralho. Clerence, apesar de estar ajudando George para ganhar o estatus de anjo, age de coração e seu presente para seu acolhido é muito mais do que coisas materiais, ao contrário do Santa que se limita à brinquedos e roupas (quando está de má vontade) . Ao salvar o infeliz e mostrar-lhe um passado alternativo onde o sujeito nunca teria existido, o fantasma geriátrico também está salvando a comunidade inteira, já que todo mundo naquela cidade depende de alguma maneira do protagonista. Aliás, Clerence ajuda Bailey quando este está pobre. Já viram o Noel dar presente pra pobre? Marque no cartão resposta.
A mensagem do filme é foda, e PORRA, assistam-no caso não o tenham feito ainda! É daqueles filmes que eu sou chato recomendando, mas juro que irão gostar.

Os Fantasmas de Charles Dickens (Presente, passado e futuro)


O livro... ou conto... ou aquilo que é muito longo para ser um conto e muito curto para ser um livro chamado Um Conto de Natal foi escrito por Charles Dickens pois este mesmo estava liso,com fome e devendo e precisava faturar um cascalho rapidinho, e publicado pela primeira vez em 1843. O tal conta a história de um velho rico avarento que odeia o Natal e recebe a visita de três fantasmas na véspera do feriado que lhe ajudarão a entender o verdadeiro significado da data e trazê-lo para o lado branco da força (ei, isso foi racista!). A história virou galaxialmente famosa e ganhou inúmeras repaginadas em vários tipos de mídias, sendo que filmograficamente já teve uma versão com o Reginald Owen, uma com os Muppets, uma com o Mickey, uma com o Bill Murray (uma das melhores), uma com o Jim Carrey, um especial de fim de ano da Globo com o Dr. Renato (Caralho, é a terceira vez que faço menção ao Renato Aragão nesse post, não sei o que acontece comigo!) e por aí vai.

Por que é melhor que o Papai Noel? Ok, sei que é meio covardia colocar três juntos no primeiro lugar contra um em cada posição anterior, mas é meio inevitável (se bem que eu nem numerei essa lista, então tanto faz). Os três fantasmas assustadores mostram um significado tão significamente significativo do Natal que o Capitalist Santa jamais ousou sonhar em seus sonhos mais sonhadores. Enquando Noel dá de presente um tanque de guerra, uma vara de pescar ou um CD dos Beatles dizendo que esta é a segunda melhor banda do mundo (caso o Noel em questão seja o Galagher, e sim, essa piada faria mais sentido se o Oasis ainda existisse), Os três fantasmas dão à Scrooge uma nova chance, um novo coração, uma nova vida (gay level: 932.000). Ao mostrar as crueldades que fez no passado, o sofrimento que seu egoísmo causava no presente e as terríveis consequências de suas atitudes no futuro, o trio faz com que o velho reveja seus valores e se torne humilde e de nobre coração, e consecutivamente melhores a vida das pessoas ao seu redor, já que, assim como o Álvaro Garneiro e o meu pai, ele é o cara do dinheiro, então sacumé.
Você pode ter notado que os fantasmas tem grandes semelhanças com o Clerence de A Felicidade Não se compra. Os mesmo são almas penadas e conseguem fazer previsões do tempo (Grandes merda. O Nicolas Cage também fazia naquele filme com o Michael Cane...), o que me faz pensar que eles fizeram uns cursos de X-Men na escola do professor Xavier. Se bem que eles existiram em longos espaços separados de tempo, e ambos antes da escola existir. Mas seu poder sobre o tempo não seria seu álibi nisso? Ou eles só podem prever e/ou mostrar para outrem mas não viajar através dos anos?? Af, que se foda! Tô viajandão, acho que fiquei tempo demais em casa.Tá na hora de eu ir naquela esquina ali do cetro pegar umas molier (Nota mental: Checar o volume de suas calcinhas e o grave de suas vozes antes, pois não quero que meu presente esse ano seja de um Papai Noel grego).


Adendo: 2 personagens natalinos PIORES que o Papai Noel

Simone



No ano de 1995, alguém deixou a cantora Simone lançar o álbum 25 de Dezembro, com várias canções com temas natalinos e tal e pá. PRAAAA QUÊ? Agora todo santo ano é a gente obrigando a engolir a música “Então é Nataaaaallll”, como se fosse uma coisa inédita em nossas vidas mesmo em quinze anos consecutivos. Todo mundo sabe que já deu faz tempo, mas mesmo sendo motivo de piada, a música volta como uma assombração nos supermercados e shoppings no ultimo mês do ano. A cantora, que também nasceu na mesma data que Jesus Cristo, virou um símbolo inevitável de Natal no Brasil, equivalente à Fábio Júnior no dia dos pais com a melodramática “pai você é meu heróóói meu bandidooo (que porra de filho chama o pai de bandido????)” e ao Skank com sua É Uma Partida de Futebol quando o assunto é uma pelada. Quantos anos tempos que esperar para que essas coisas se renovem??

Panetone


Sejamos sinceros: Se o “personagem” panetone REALMENTE fosse bom (tipo pizza, sei lá), sério que a gente só comeria ele uma vez ao ano? Pensem bem. A guloseima só é industrializada durante um mês em cada doze e depois some do mapa, caso o contrário mofaria nas prateleiras, já que não passa de um pão duro semelhante à isopor com frutas cristalizadas (como se isso fosse uma coisa boa) e passas dentro. Isso, passas! Aquela coisa que todo mundo bota na comida pra ela parecer chique. E nós ainda comemos essa desgraça puramente por tradição, pra gente ver como nossas mente pode ser subliminarmente controlada pelo sistema opressor. Mas que merda, tô levando isso à sério demais! Melhor me despedir enquanto ainda tá engraçado. Quê? Não tá? Foda-se, eu lá tenho cara de Carlos Alberto de Nóbrega, por acaso??

Então é isso. Apesar de todas essas asneiras a posteriori escritas, eu curto deveras as festividades de fim de ano. Então feliz Natal e feliz ano novo, e até o ano que vem, onde estarei um ano mais velho e cheio de histórias pra contar, pois acho que esse ano não rola mais post, por motivos de não quero. Então até lá.

Abbssssssssssss


domingo, 2 de dezembro de 2012

Álbum: King Animal



E dezesseis anos depois, Chris Cornell volta para onde eu prefiro que ele fique: No Soundgarden. Uma das maiores bandas da era grunge retornou às atividades recentemente e lançou mês passado o álbum King Animal, sucessor de Down On The Upside, que foi lançado láááááá em 1996.
Como o Soundgarden sempre foi uma das minhas bandas favoritas, eu tava bem ansioso por este lançamento depois de tanto tempo. O fato da banda ter voltado não é lá tão surpreendente assim, já que da segunda metade  da década passada pra cá virou a maior moda da música uma cacetada de bandas extintas dos anos noventa voltarem à ativa. O Smashing Pumpkins voltou, o Rage Against the Machine voltou, o Faith No More voltou, parece que só que não voltou foi Os Raimundos, que desde os anos 90 nunca mais deu sinal de vida. Opa, pera... Eles não acabaram??? .... Seguimos...

Porém, apesar desses e outros tantos grupos terem retornado, foram poucos os que realmente lançaram material novo ao invés de só fazer shows para arrecadar fundos para sustentar as crianças famintas (das casas deles). Os que me vem à mente agora são o Stone Temple Pilotes, o Bush e o Alice in Chains com o excelente Black Gives Way to Blue. E agora, claro, o Soundgarden. Mas e aí? Esse novo álbum é bom? Vai abalar as estruturas do mundo da música? Vai mudar sua vida fonográfica? Será que é melhor que o último do Chiclete com Banana? Será que alguma faixa estará na trilha sonora do próximo Big Brother? Enfim, esta caralha de cd vale à pena ser ouvida ou é uma tralha que merece um lugarzinho especial na lixeira ao lado do ultimo filme do 007 e das matérias do Zeca Camargo??? Sei lá, porra, vai ouvir, eu não sou crítico musical.
Brincadeirinha. Bem... não sou mesmo, mas vou dar uma de mesmo assim.
Antes do lançamento de King Animal Cornell vivia dando declarações de que este não seria um álbum saudosista, e sim uma coisa diferente de tudo que a banda já tinha feito (coisa que 23 entre cada 8 músicos afirmam sobre seu mais recente lançamento).
Você traiu o movimento Pearl Jam, véio!
O fato é que, ao ouvir o material na integra, ele soa bem ao contrário do que Cornell sugeriu. King Animal parece ter sido gravado em 1997, e pouco em seus 51 minutos de reprodução traz resquícios de novidades ou mesmo uma maturidade um pouco maior do que a banda já tinha em sua época de ouro. A música Worse Dreams, por exemplo, parece que foi uma pura homenagem à era grunge, de tão... grunge e anos noventa que ela parece. Vou dizer logo que, imparcialmente à ser fã da banda, gostei do álbum. Ele não é ruim, só não é esforçado como deveria/poderia.
O dito cujo se inicia com a fanfarrona Been Away too Long, uma típica música de abertura de uma banda de rock pesado, vigorosa, rápida, e com o título fazendo menção aos anos em que a banda permaneceu no hiato. No caso, “Been Away too Long” = “Eu estive longe por muito tempo”, ou “já esteve (?) longe muito tempo” segundo nosso indefectível amigo Google Tradutor. Foi o primeiro single do novo trabalho, ganhando até um clipezinho chato, mas a música funciona.
Seguimos com Non-State Actor, mantendo quase o mesmo ritmo da anterior, mas agora um pouco mais cadenciada e cheia de grooves. Ótima canção ,por sinal. Logo após entra com passos trapaceiros By Croocked Steps (que em português quer dizer “Passos trapaceiros”. É, eu tentei fazer uma piadela em cima disso), um pouco mais pesada que as duas anteriores, e agora de uma maneira mais soturna e crua, lembrando a fase Louder Than Love . E vamos à quarta faixa, chamada A Thausand Days Before, uma brincadeirinha com o título de outra música do Badmothorfinger chamada Room a Thausand Years Wide (eu acho, ou estou delirando febrilmente). É de longe uma das minhas favoritas, e talvez a única que mostre a banda tentando buscar novos elementos e fazer algo diferente do ocasional. A canção me lembra muito baião e outros estilos musicais nordestinos (o delírio febril ainda é uma hipótese). A bicha é boa, recomendo ser ouvida. E como a caravana não pode parar, Blood On The Valley Floor chega arrebentando tudo, sendo a faixa mais pesada do álbum e uma das melhores. Com uma letra atmosférica e refrão grudento, se tornou uma das minhas queridinhas nas primeiras ouvidas. 
Como se o proprietário não fosse aparecer e dizer
que eles estão atrapalhando a passagem.
Pra dar aquela acalmada básica nos nervos, somos desafiados a ouvir Bones of Birds, que além do título escroto, não sabe se decidir se realmente é uma balada ou não. A música tem um belo verso, no naipe das melhores baladas do Audioslave, mas o refrão alto destoa totalmente do resto da canção, o que acaba sendo um desperdício do que poderia ser uma ótima música pra acender isqueiros e balançar os braços feito bocós em shows. A sétima faixa, Taree, segue mais ou menos o mesmo padrão: Uma música inicialmente lenta, com um verso agradável de se ouvir, mas um refrão mais pesado que novamente destoa do que foi apresentado até então. Mas Taree consegue ser mais bem sucedida que Bones of Birds e a música consegue se homogeneizar se encaixa em si mesma perfeitamente. Ficou bem na boa. Attrition vem na sequencia, com um rock mais pesado e rápido contrastando com as duas anteriores. O riff inicial tem um estilo um pouco diferente do que a banda tradicionalmente faz, fazendo parecer mais uma música do Bush que do Soundgarden. Cornell canta ela toda em um só tom, quase mecanicamente. Apesar disso, a música não fica monótona e é bem agradável aos ouvidos. Então ouvimos Black Saturday, que é quase toda acústica (apesar de não ser uma balada), com exceção da parte logo após o refrão, onde Kim Thayil introduz uma guitarra elétrica mais heavy. Com uma bela letra, essa é uma das minhas favoritas, contendo a melhor linha de baixo do trabalho inteiro. Ponto pro Ben Shepherd. Outra das minhas queridinhas do álbum é a que vem logo em seguida, Halfway There. Também acústica e mais melancólica, a música é toda trabalhada em sentimentalismos e saudosismos, acentuados pela ótima letra. Talvez a mais pop do King Animal. Falando no diabo, este chega a sua reta final com Worse Dreams, que eu achei meio assim-sei-lá. Não sei nem como descrever a música, só que ela é pesadinha, com um riff repetitivo e um refrão pegajoso. Provavelmente a que menos me agradou. As coisas dão uma melhorada em Eyelid’s Mouth. A penúltima música é muito bem trabalhada, e assim como Black Saturday, o baixo é que determina sua constância. Também tem um dos melhores solos do cd. Para encerrar com chave de ouro, somos apresentados à ultima faixa do álbum, Rowing. Uma das melhores ou provavelmente a melhor. Tem um refrão repetitivo e tão grudento que talvez você o memorize já na primeira audição. Com uma letra empolgante, a música segue um ritmo cadenciado em sua maior parte, até explodir em uma sonzeira com um solo foda de Thayil e Cornell arrebentando nos vocais. Essa eu já coloco entre as melhores da banda.
Arf, então é isso, chega por hoje. Curtinho assim, fazer o quê? Só pra finalizar esta resenha de boston, esse álbum não vai mudar a vida de ninguém e nem entrar em um livro sobre 1001 coisas que você tem que fazer antes de morrer, mas não é ruim e não fracassou (foi lançado há umas três semanas e vendeu muito bem, obrigado). A impressão que dá é que a banda não se reuniu pra lançar algo que chamaria a atenção da indústria, mas sim continuou na ativa todo esse tempo e lançou um álbum meio nas pressas e com poucos anos de diferença de um material de inéditas anterior. Isso por um lado é bom por mostrar que o grupo tá entrosado e a química entre eles funciona bem. Espero mais lançamentos e turnês.


Aliás, esse é um post que soaria melhor se fosse publicado semana passada ou antes, mas como vocês sabem eu sou retardatário às pampas. Tanto que, pra terem uma ideia, só há alguns anos eu descobri que o Zeca Pagodinho não era cego. Sim, porque por algum motivo eu passei anos pensando que o infeliz não enxergava! Não me perguntem o motivo, eu igualmente desconheço. 
E chega de divagações! Antes que eu termine o post falando sobre meus conhecimentos sobre pagode, melhor encerrar por aqui. Até a próxima com o post de Natal! Adels...

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Um review bem lokãum da 1ª temporada de Saint Seiya Ômega (Spoilers, claro)


Uma resenha um pouco tardia, verdade, mas eu só terminei de assistir essa temporada dia desses, então suportem.
Assim sendo, vou aproveitar pra fazer um balanço geral do anime até agora. Ou pelo menos até onde eu assisti, que foram esses 27 episódios iniciais, pois eu sei que a nova season já tá rolando mais ainda não dei uma bizolha.
Cavaleiros do Zodíaco Ômega é a mais nova série da franquia Saint Seiya, e é a primeira animação baseada nos personagens de Massami Kurumada (o criador, aliás, não tem nenhum envolvimento no projeto) totalmente original, no sentido de que não foi baseada em nenhum mangá. Se passa 25 anos após a saga original e conta a história dos novos prtotetores de Athena, que agora terão que enfrentar o vilão Marte. Estreou na terra do National Kid em abril deste ano e aqui no Brasil até agora nem.
Look do dia: Básico
Bom, esse deve ser o galho da enorme árvore genealógica Cavaleiros do Zodíaco mais zoado, odiado, desprezado, ultrajado, macumbado, tudo ado de todas as eras.
Os motivos são vários: Com um traço que o faz lembrar uma mistureba de Digimon com Chiquititas e Carrossel remake, o anime ainda busca atrair um público mais jovem (como os próprios realizadores afirmaram antes de seu lançamento), ou seja, nada daquela violência desenfreada, sanguinolenta, carniceira e desnecessária que a gente tanto gosta. Claro que os diálogos retardados (herança ruim da obra original) também não ajudam muito.
Mas enfim, ele não é de todo ruim. A animação é boa. Nada excepcional, mas bem boa. E a história não é nada tão rasa e tem vários mistérios espalhados pelo caminho. O traço dos personagens é estranho, mas nada que você não possa se acostumar rapidoles, como foi no caso de Cavaleiros Episódio G, se bem que duvido que este Ômega chegue um dia sequer aos pés desta maravilha de Megumo Okada, mas vamos devagar.

Pontos Negativos:

1 – Censura livre – Embora o Cavaleiros original também fosse um shonen, ou seja, feito para a garotada, ele tinha relativamente bastante sangue e algumas cenas me  deixavam bastante chocado na época. A cena em que o Capella tem suas mãos arrancadas pelos próprios discos é uma delas. No mangá isso era ainda mais explícito, embora, até pelo tipo de mídia utilizada, menos intenso. Não chegava a ser um Hokuto No Ken ou um Berserk, mas era o bastante para alguns pais não tirarem seus pimpolhos da poltrona. 
Por algum motivo lembrei daquele grupo de forró Calcinha Preta...
Como o Ômega foi feito para a molecada mais na faixa de Pokemon e Beyblade, ele se limita à lutinhas amenas e NADA de sangue! Chega a se agonizante e às vezes parece que a circulação “sanguínea” do pessoal funciona à base de vento. O episódio em que Hyuho enfrenta o novo Cavaleiro de Perseu é uma ótima exemplificação disso tudo se comparada à luta de Shiryu contra o Perseu do primeiro anime. O mais recente parece mais uma versão light do original do que qualquer coisa. Nada de ninguém furando os próprios olhos, transpassando o coração de outrem com o punho, e NADA de sangue! Ok, os combates foram melhorando um pouquinho lá pro final. Os melhores foram a “luta” entre Eden e Kouga (onde este ultimo só levou pau) e o quebra-pau com Marte no último episódio.

2 – O cosmo elementar – Cara, isso foi uma grande bobagem dos roteiristas. Uma das principais vantagens de Cavaleiros em relação à outros animes de luta (Dragon Ball Z, por exemplo) é a criatividade e variedade nos tipos de poder. Enquanto Goku e seus amigos e maioria dos inimigos se limitavam a soltar luzes “apenas” com diferentes níveis de força, em Cavaleiros tínhamos uma grande variedade de tipos de golpes e truques, como correntes, discos, enviar para outras dimensões, veneno, etc. 
Essa parada de que o cosmo de cada um ligado à um elemento natural – embora faça algum sentido devido ao fato dos quatro elementos terem ligação com a astrologia -  limita muito as probabilidades atrativas em uma luta, nas quais vemos apenas golpes relativos à água, terra, fogo, ar ou luz. Tudo bem que eles estão se esforçando um pouco para dar uma variada, pois aquele cavaleiro de prata (eu acho) do relógio que diz a hora que o inimigo irá morrer é muito bem sacado.

3 – Os Cavaleiros de prata... Ai, ai... – Essa era uma boa chance para darem aos Cavaleiros de Prata um certo destaque que eles sempre mereceram. Ora, eles estão apenas abaixo dos Cavaleiros de Ouro em matéria de força e importância (tudo teoricamente, é claro). Mas ao longo dos animes e dos mangás, eles só serviram de bucha de canhão. E fora Marin, Shina e um ou outro gato pingado, eles só estavam lá para encherem linguiça e morrerem. Essa era a chance de dar à eles alguma dignidade, mas ao invés disso ferraram tudo de vez. Novamente a maioria dos prateados está do lado do inimigo sem muita razão aparente, e desta vez de maneira bem desnecessária, pois se for só para enfrentar os bronzeados em um ou outro momento em que não esteja acontecendo nada e dar aquela agitadinha no episódio, os marcianos sozinhos poderiam cumprir essa missão. E o Ichi de Hidra ainda me acha de virar cavaleiro de prata! Ou seja, pra dignidade deles descer mais que isso, só se o Zeca Camargo também virar um.
Decore os nomes deles e já estarão à frente de todos os outros fãs de Cavaleiros do mundo

4 – Os personagem... Bem, com direi... – Tudo bem que a série clássica não era uma análise de personagem à lá 12 Homem e Uma Sentença, mas nessa nova os personagem são muuuuuito clichês! Não são detestáveis, nem tão esquecíveis, nem tão descartáveis, mas muito clichês. Os roteiristas preguiçosos, ao invés de botar o cerebelo pra funcionar, apenas pegaram a velha formula usada em 23 de cada 10 animes: Temos o protagonista teimoso (entenda: Bicho estúpido pra caralho), o lobo solitário, o engraçadinho, o calminho, e vários outros inhos. 
No original tínhamos tudo isso, mas estamos falando de 26 anos atrás, onde agora tudo é vintage e cool. Hoje em dia bem que os criadores de animes poderiam parar de usar velhas formulas prontas e seguir exemplos de coisas como Bleach, por exemplo, que é um anime até meio zoado por ser da nova geração, mais que na minha opinião tem dos personagens mais originais que já vi nesse tipo de produção (e os melhores fanservices, huuuummm...). Além disso Marte é um vilão bidimensional, sem graça e que possui uma forma não humana que, apesar de ter um design legal, descaracteriza a série.

5 – Furos e furos – Desde que Cavzod ganhou várias outras versões (Lost Canvas, Episódio G, Next Dimension) o universo - ou universos - zodiacal virou uma zona só. Não dá pra dizer o que é filler, o que é canônico, você só pode escolher no que acreditar e se agarrar com todas as forças. Mas o Ômega... Sei não, a impressão que dá é que o criador, seja já quem for, é uma espécie de Ridley Scott e o Ômega é o seu Prometheus (Para de fumar essas coisas, Bruno!!!!). Ok, ok, vou tentar ser um pouquinho mais claro. O negócio é que parece que estão jogando tantas coisas estranhas na nossa cara que fica cada vez mais difícil acreditar que irão conseguir responder tudo no futuro, isso se há a intensão de fazê-lo. Por que já existe toda uma nova geração de Cavaleiros, se eles devem renascer apenas a cada 200 anos? Se o Ichi e Shina continuam na ativa, porque alguns outros não? O que aconteceu com Ban, o primeiro cavaleiro de Leão Menor? E cadê os Cavaleiros de Ouro antigos (morreram mesmo?) e como vão explicar os cinco principais de Bronze no início? Quer dizer, a saga original, que se estendeu ao Next Dimension, ainda não acabou (e pelo ritmo do Kurumada, não vai acabar tão cedo), então eles terão tempo de combinar o final dela com o começo desta? Eles pelo menos pretendem fazê-lo??
Mesmo assim, já dá pra ver que tem coisa bem errada ali. Em certo episódio, os Cavaleiros aparecem lutando em público, e para disfarçar fingem ser de um grupo circense (é, amigos...). Agora, DESDE QUANDO a existência dos defensores de Athena é segredo do povo??? Se na saga original o Torneio Galáctico foi inclusive TELEVISIONADO!!! Ai, meu pâncreas...

Pontos Positivos:

1 – Participações especiais de personagens antigos – Provavelmente a coisa mais legal e ainda assim o maior defeito da série. Tá, vou explicar: Quando a melhor coisa que acontece em um anime é a aparição de personagens de OUTRO anime, mesmo os de menos destaque como Shina e Geki, é porque a série ainda não assumiu uma identidade própria e ainda não tem forças para caminhar sozinha. E se um anime deixa você feliz quando o Seiya aparece... é porque tem alguma coisa bem errada aí...
Local onde Saori pratica equitação quando não está
sendo sequestrada. E não é com o cavalo.
Mas ok, vamos combinar que é difícil competir com o antigo, e sendo assim, é duk4r4lh0 ver os oldschool aparecendo, mesmo que pouco. Só acho que a participação deles poderia ser um pouco menos brochante. Quer dizer, o Shun foi interessante, mas o Shiryu e o Hyoga deixaram a desejar. Por incrível que pareça, a melhor aparição até agora, embora curtíssima, foi a do Jabu, que pelo menos sabemos bem o que aconteceu com ele (virou cowboy fazendeiro) e também foi o único que demonstrou sinais de velhice, ainda que mínimos.

2 – Um personagem de destaque MORREU (aparentemente) pra valer – E eis que no último episódio somos “presenteados” com a morte surpresa de Aria, uma personagem que aparentava que iria aparecer durante toda a série. E isso é uma coisa que o CdZ original nunca fez, que foi botar o pau na mesa matar um personagem principal. Claro que quando isso acontecia, sempre rolava aquela ressurreiçãozinha básica, o que, por hora, não parece que vai acontecer com a donzela falecida. Eu realmente não entendi o porque da morte da Aria, e sinceramente acredito que não havia a intensão de mata-la desde o começo. A personagem viveu uma vida sofrida e enclausurada, com pouquíssimos momentos de felicidade, e prometendo ter grande importância no futuro, vai e morre?? Enfim, sua cena final foi tocante como poucas. Tive que tirar o chapéu dessa vez, pois, façamos justiça, a cena dela perecendo e os outros chorando ao seu redor foi foda. 
Estou pronta para ser a nova Athena... Não, pera...

3 – As armaduras estão só o filé – Apesar de muita gente não ter gostado, eu aprovei a reformulada nos trajes dos heróis. Estão mais estilosos e protegem mais, o que os torna mais verossímeis e até mesmo mais ergonômicos. Até a ideia das gemas (!) – aqueles cristaizinhos que carregam as armaduras – , que embora tenham tirado o glamour (risos) das urnas que os cavs carregavam nas costas, são mais práticas.



4 – O novo quinteto de protagonistas – Mas eu já não tinha falado mal dos personagens lá no pontos negativos?? Calma, vou tentar me descontradizer: Embora sigam formulas pré-prontas e não sejam nada autênticos, os novos personagens principais estão longe de serem ruins. E, pra falar a verdade, a química entre eles está se mostrando muito boa. Muitos deles tiveram seu passado ocultado no início para só depois virem a ter seus segredos revelados. E embora com certeza eles jamais se tornem tão memoráveis quanto os originais, dá pra ver que ainda há muito da personalidade de cada um para abranger, o que será ótimo se for feito de maneira inteligente. Outra coisa foi que achei super legal foi botarem uma menina entre os cinco principais. Enquanto no anime antigo as mulheres tinham uma participação secundária (Sim, isso inclui a Saori), agora uma delas ganha um posto na linha de frente. A escolha das constelações utilizadas nestes protagonistas também foi bem esperta, não caindo no erro de utilizar as mesmas dos cinco anteriores (Pégaso, Cisne, Dragão, Andrômeda e Fênix), mas sim mesclando alguns eles (Pégaso e Dragão) com de outros de bronze secundários (Leão Menor e Lobo) e outro mais desconhecido (Áquila). 


5 – Deu uma melhorada considerável e está prometendo bastante – Dois em um, como sou covarde. A verdade é que os episódios finais foram bem legais, e as pontas soltas do anime, que embora corram o risco de enrolá-lo mais ainda como eu já disse antes, podem se tornar gratas surpresas no futuro, e nos deixam ansiosos por revelações. O Kiki apareceu rapidamente em um episódio, e sabemos que ele é o Cavaleiro de Ouro de Áries sucessor de Mu, coisa que sempre foi discutida pelos fãs. Já sabemos também que haverá uma nova batalha das doze casas e, embora com certeza não vai chegar nem aos pés da original (disparado o melhor momento da série inteira), vai ser interessante de ser vista. Ficamos curiosos quanto à participação de Saori no futuro, e mais ainda quanto à de Seiya, Shun, Hyoga, Shiryu e principalmente Ikki, que até agora não apareceu e, se uns certos spoilers que rolam pelo facebook se tornarem verdadeiros, será fucking arrebatador!! Sabemos que Poseidon dará as caras, e será que outros deuses também? O personagem Edem é bem intrigante, que caminho tomará? E será que depois de Marte teremos outra saga ou parará por aí?? E qual é a do Seiya e aquele cachecol bizarro??? São questões pelas quais ficamos curiosos e, se os roteiristas, que claramente tem um material bem aproveitável nas mãos, esquentarem bastante a cabeça, poderão fazer um trabalho de responsa que agrade tantos a molecada da geração tablet quanto aos fãs mais geriátricos como eu.
Opções boas para serem aproveitadas é o que não faltam. Então, se Ômega será só mais um anime genérico e descartável que logo será esquecido e considerado como filler pelos fãs ou se ganhará respeito e fará parte da história de Cavaleiros do Zodíaco como uma lembrança boa, só o tempo dirá.

So, eu fico por aqui galera. Acho que finalmente eu consegui fazer um post mais curtinho. Pelo menos mais que a maioria dos que faço. Então vou para de escrever pra ele não ficar maior e estragar isso. Viram?? Já cometi o erro escrevendo mais. Putz, de novo!! E agora de novo! Que merda, não consigo parar de escrever!! Essa porra vai ficar enorme e acabar com a minha alegria! Caralho, não consigo parar!! Que mer...


sexta-feira, 19 de outubro de 2012

10 filmes que todo mundo acha ruins, menos eu, AND WHY


Como eu havia dito no post anterior, sobre os 10 filmes que todo mundo acha bons menos eu, dessa vez farei o oposto e falarei daqueles filmes que considero super injustiçados, super subestimados e pelos quais passei anos dentro de casa cortando os braços com bolacha Maria ao som de Raça Negra, de tanta depressão pela sacanagem que a humanidade fez com eles. Mas dessa vez farei justiça! Jogarei na cara da sociedade as verdades sobre tais películas e, tal qual Bruce Wayne dentro daquela prisão em forma de poço de Itu, às farei ressurgir!! 
Arf, à quem estou tentando enganar? Isso não dar em nada com certreza. Mas pelo menos acho que me sentirei melhor lá no fim, então vamos neussann.

10 – A Praia




A Praia consegue uma característica rara e admirável: Ter um clima praiano e tropical e ao mesmo tempo uma atmosfera sombria, por vezes violenta e cheia de suspense. E por mais que tenha gente que torça o nariz para o filme, considero uma das obras-primas do Danny Boyle. Dicaprio está em um de seus melhores papeis, e todos os outros personagens tem uma personalidade forte e verossímil, que realmente tão um tom realista à eles e os torna muito memoráveis. É impossível esquecer tão cedo Tildas Swinton e seu amor incondicional à Ilha (pena pro Jacob que ela não viveu no mesmo universo de Lost), ou da curta participação de Robert Carlily como o enlouquecido Patolino, que mesmo aparecendo bem pouco, se torna tão memorável quanto qualquer um dos principais. O filme ainda nos presenteia com alguns momentos em que o protagonista Richard externa seu estado de insanidade em um momento-limite em forma de um jogo de vídeo game! Sim, vemos Leo se movendo e interagindo com uma floresta como se estivesse dentro de um jogo de 64 bits. Clima praiano, momentos macabros e edição de  vídeo game! Foi isso o que mais me atraiu em A Praia: O fato de ser um filme bem diferente, desde o enredo incomum ao desenvolver da trama e da narrativa, que é totalmente imprevisível e irregular (o que para alguns é um defeito grande, mas para mim é deleite). O longa também é um excelente análise do ser humano, em momentos que poderiam gerar excelentes discursões sobre confiança, bondade e caráter, como na ocasião em que um habitante da praia é ferido gravemente por um tubarão e abandonado por seus colegas (incluindo Richard) no meio do mato para morrer só pelo fato dos seus gemidos de dor incomodá-los.
O filme passou por constantes mudanças no roteiro durante as filmagens, o que gerou bastante inconstância no seu desenvolvimento, mas juro que não percebi isso, pois pra mim ele fecha de maneira bem satisfatória e emocionante.


9 – Adorável Pecadora


Vocês provavelmente não sabem (se de quem me conhece quase ninguém sabe, imagine vocês que nem tchum), mas sou um grande fã de Marilyn Monroe. Acho-a uma das mulheres mais belas e sensuais que já pisaram neste pequeno pacotinho fecal chamado Via Láctea, uma personalidade instigante e uma atriz com um excelente timing para o humor. Some isso ao fato de eu adorar musicais e comédias bobas dos anos sessenta e cinquenta e pronto, você tem um fã de Norma Jean! Certamente chegará o dia em que farei um post só sobre ela.
Considerado o filme mais fraco da Marilynzinha (JAMAIS! Nada é pior que Bus Stop, mas um dia falarei disso), Lets Make Love quase não saiu. Marilyn estava acima do peso devido a gravidez (perdeu o bebê, inclusive), quase enlouqueceu o diretor George Cukor, que teve que se virar para não deixar isso evidente, evitando tomadas muito abertas do corpo da atriz para dar aquela disfarçada marota. Seu marido na época reescreveu o roteiro para aumentar seu papel, o que gerou aborrecimentos e desistências. A loira ainda teve um caso com o astro Yves Montand, sendo que ambos eram casados na época. Enfim, foi uma putaria só.
Apesar de não ter sido exatamente um fracasso, este filme foi arduamente criticado. A direção preguiçosa e amadora de Cukor, a trama não convincente e a falta de carisma do protagonista Yves Montand, que de fato estava visivelmente perdido ali, com um personagem fraco e sem atitude em mãos. Aqui Montand interpreta um bilionário que, em uma visita aos bastidores de uma peça da Brodway, é confundido com um de seus imitadores. Acaba se apaixonando a primeira vista pela delicada atriz Amanda (Monroe), e aproveita a confusão para continuar frequentando o lugar e assim se aproximar da moça. Contrariando todo o glamour das cenas mais importantes de seus outros filmes musicais, este opta pelo minimalismo. Nenhuma das canções são executadas de maneira “espontânea”, como nos musicais mais fantasiosos, e nem em cenários luxuosos e berrantes, como em Os Homens Preferem as Loiras, mas sim em bastidores e ensaios dos artistas para alguma apresentação. Todos com um fundo negro, apostando mais nas performances em si. E o fato deste filme ter sido realizado logo após Quanto Mais quente Melhor (considerada, com razão, uma das maiores comédias do cinema. Obrigatório, heim pessoal) tenha-o ofuscado e levado mais rápido ao desapontamento devido a uma suposta alta expectativa.
Mas apesar dos pesares, não considero o filme ruim. À começar pelas canções, que são ótimas. My Heart Belongs to Dead é um clássico. Uma das mais famosas canções interpretadas por Marilyn, e uma de minhas favoritas. Também destacam-se as excelentes Expecialization e a própria Lets Make Love. E claro que poucas pessoas tem o dom de salvar um filme inteiro, ou no mínimo tornando-o altamente assistível. Marilyn o tem. Sua atuação neste é uma das melhores, e Amanda uma de suas mais diferenciadas e adoráveis personagens. E devo dizer, agora entre nós heteros, que Marilynzinha está mais caliente nesse filme do que em qualquer outro (Cara, vê a performance de My Heart Belongs to Dead e tente não morrer de tesão). Ou você acha que o fato dela estar mais cheinha é um agravante??? #porfa


8 - Hulk


Apesar desse Hulk ser tão verde, mas tão verde, que mais parece um holograma criado pelo Hall Jordan, eu acho o filme muito bom e mil vezes superior à versão com o Edward Norton. Aqui temos um diretor bem atípico pra esse tipo de filme e que deu seu toque pessoal e pouco hollywoodiano ao personagem. Não parece um filme de super-herói, e sim um thriller psicológico e experimental. Ang Lee deu um fuck off pras convenções e criou um longa introspectivo, compassado, que demora bastante tempo explicando e até vermos o bichão verde (Mas como é verde! Puta que o pariu!) em ação já se passaram bons minutos. Os personagens aqui são bem complexos, desde o próprio Bruce Banner de Eric Bana ao seu controverso pai, vivido por um empenhado Nick Nolte. A relação entre eles é trabalhada com profundidade e de maneira bem tridimensional. Nada de soluções fáceis para tramas e subtramas.
Outra coisa que achei bem legal foi a edição do filme, estilosa, rica em detalhes e cheias de referencias, como os pensamentos atormentados de Bruce nas vezes em que este está prestes à se transformar, que mostram imagens de lagartos e desertos, entre outras coisas, e que remetem à filmes e séries antigos de ficção científica. Outra cena que também faz menção aos mesmos filmes e séries é a que o pai está  disfarçado de faxineiro, e quando limpa o chão molhado com o rodo, a edição aproveita para pular para o próximo take com um corte lembrando uma água escorrendo pela tela, em um saudoso efeito de corte de cena. Outras cenas mostram quadros na tela que imediatamente nos lembram dos quadrinhos, apesar deste filme definitivamente não parecer ser baseado em um. Os flashbacks são um caso à parte, utilizados de maneira bem esperta e aumentando a carga dramática e onírica do filme.
Por não ser um filme de fácil digestão, o resultado foi um fracasso de público e em 2008 o estúdio resolveu fazer um filme bem nos padrões comerciais: Sem conteúdo, com uma história rasa, personagens rasos e Tim Blake Nelson fazendo papel de bocó. Mas eu fico com a versão verde-cheguei de 2003 disparado!

7 – Kika


Kika é uma tentativa ousada de Almodóvar de fazer um humor no limite, e eu até entendo as pessoas que não gostaram do filme. Ele é bem exagerado. Seja nas cores, nos diálogos nas cenas cômicas. Mas como bom amante do humor negro, eu não consegui deixar de gostar deste que foi um fracasso de público e crítica quando lançado em 1993. Talvez a cena que mais exemplifique este tom barroco de humor seja aquela em que a fogosa protagonista é estuprada por um marginal por longos minutos, e mesmo assim Almodóvar dá um tom cômico durante toda a sequência. Nada de sofrimento, drama ou trauma pós-estupro, pois em Kika simplesmente não há lugar para isso.
O elenco, como sempre nos filmes do cineasta, é soberbo. Verónica Forqué vive a maquiadora Kika, que, como a maioria das protagonistas do diretor, poderia até ser uma pessoa do nosso cotidiano tentando consertar os pequenos caos do universo ao seu redor. Peter Coyote e Victoria Abril também estão excelentes, esta ultima aliás, vivendo uma apresentadora de tv sensacionalista e apelativa que usa uma um “roupa-câmera” bem hilária.
O filme ainda fala sobre voyeurismo e o poder negativo da mídia de forma bem leve e inteligente.
Kika não chega ao patamat de outras obras geniais de Almodóvar como Tudo Sobre Minha Mãe, Fale com Ela e Volver, mas juro que o coloco no mesmo nível de outros excelentes filmes como Mulheres à Beira de um Ataque de Nervos, Carne Trêmula e Má Educação.


6 - O Poderoso Chefão III


Esse é um típico caso de filme que não se sustenta justamente pelo peso que tem que carregar de seu antecessor. E neste caso, são dois. O Poderoso Chefão I e II foram filmes tão bons e chegaram à um nível tão intocável de clássicos, que muitos consideraram desnecessária e estupida a ideia de Coppola criar uma terceira sequencia. Isso, claro, fez com que boa parte o publico já fosse ao cinema com o nariz torto, o que impossibilitou perceberem o quanto este filme tem de bom. Eu realmente achei que o ciclo não estava completo no fim do segundo filme e precisava ser fechado com mais prioridade, missão esta que este terceiro cumpriu com maestria. O legal aqui é que Michael está mais perturbado do que nunca, e seus pecados do passado começam à atormentá-lo. Já com idade meio avançada, o chefão chega a ter delírios com seu irmão Fredo (que ele mandou “fechar” no final do segundo longa) quando passa mal. Al Pacino consegue deixar seu personagem mais cativante que antes, já que está tentando consertar seus erros ao mesmo tempo que não consegue sair dessa vida de colarinho branco (e quem consegue, né mermo?). O final é trágico, mas encerra satisfatoriamente e com estilo a história dos Corleone.
Andy Garcia também está ótimo como o jovem e putinho filho de Sonny, que está aqui para dar continuidade nos negócios de Michael.
Muitas das reclamações sobre o filme é a participação da Sô fia do Coppola e sua “atuação” digna de uma porta, mas sua personagem é bem necessária para o desfecho da trama.
Um filme que tem um ótimo roteiro, um bom desfecho e Bridget Fonda dando uma transada.
Durante algum tempo rolaram até rumores sobre um quarto filme, no qual Andy Garcia faria as vezes do padrinho. Claro que os fãs mais escrotos repudiaram a ideia, mas eu pagaria pra ver principalmente por isso, pois eu quero mesmo é ver o circo pegar fogo, uhuhuhuhohohohohehehehe (risada do Coringa) ...

5 – Branca de Neve e o Caçador

“Dos produtores de Alice in Wonderland” Isso era para atrair público?
Tsc, tsc. Esses estagiários...
Esse é o famoso filme que fez com que a princesinha pálida fosse morder a maçã em outros territórios (leia: dentro do zíper do diretor) e deixou seu vampiruxo coçando a testa e pagando de chifronésio pro mundo inteiro. Arf! Tô parecendo a Fabíola Reipert!
Mas olha, independente das altas críticas negativas, eu achei o filme bem ok. Os cenários são deslumbrantes, principalmente, é claro, a parte das florestas, Charlize Theron está ótima em sua entrega total à personagem Ravenna, e até o triangulo amoroso criado entre Branca de Neve, o caçador e o príncipe, que de início gerava expectativas ruins por lembrar o enredo de Crepúsculo, tem um proposito que encerra o filme de forma ambígua e intrigante.
A ideia de apresentar um conto de fadas de maneira mais próxima da versão original, mais sombria e adulta, sempre me agradou e acho que aqui eles conseguiram ser bem sucedidos nisso. Inclusive colocarem Branca de neve em uma posição mais proativa agindo como uma guerreira veio bem a calhar.
Até mesmo os oito anões (!) estão, digamos, mais humanizados. Ainda fazem o papel de alívio cômico, mas desta vez eles tem seus momentos mais sérios e reais (há morte entre eles e tal).
Ok, ok, sei o que vocês estão esperando, então chegou a vez de falar: Kristen Stewart. E não vou fazer nenhum comentário a respeito de Crepúsculo, pois há algum tempo criei uma política pessoal de nunca falar mal dessa franquia aqui no blog (ou em qualquer outro lugar). E também não vou fazer piadinhas sobre inexpressividade envolvendo a atriz, pois já existem outras 6 bnilhoes e 999 mil pessoas fazendo isso e se achando bem originais. O fato é que Stew recebeu o selo de aprovação do blog Pruno’s Land (risos) pelo papel. Ela é branca, bonita e caiu bem na personagem. Não fez feio. Ponto.

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AFFF!! EU BEM QUE TENTEI MAS NÃO CONSIGO ME CONTER!! QIEM ESTOU TENTANDO ENGANAR??? QUANDO VEJO KRISTEN STEWART EU FALTO ENLOUQUECER!!!! FAP! FAP! FAP!
PRA MIM ELA É A MULHER MAIS PERFEITA DO UNIVERSO!!!! TODA VEZ QUE À VEJO PARACE QUE TEM UM ANIMAL DENTRO DE MIM QUE QUER POSSUÍ-LA DE TODAS AS MANEIRAS!!!! FAP! FAP! FAP! VOCÊS ACHAM MESMO QUE EU IRIA FICAR PRESTANDO ATENÇÃO NA ATUAÇÃO DELA?????? FAP! FAP! Fap. fap. fap...

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Ok, pessoal, já consegui acalmar o Hyde dentro de mim. Dr. Jekyll pode voltar a trabalhar e eu já posso destrancar a porta do meu quarto.

Enfim, boas cenas de ação, excelentes efeitos, e um roteiro que beira a se perder, mas consegue manter-se no eixo. Até a cena envolvendo Branca de neve e um animal fantástico similar à um antílope que eu não sei se foi uma homenagem ou um puta plágio descarado e miserável de Princesa Mononoke do Miyazaki me agradou.

4 - Garotos Perdidos 3: A Sede


Esse filme é do caçamba! Esse filme é foda! Sério, sei que a maioria de vocês adoram o primeiro Garotos Perdidos e abominam ou simplesmente ignoram as tardias continuações diretamente lançadas em vídeo. O segundo filme realmente é fraco. Nem mesmo as participações especiais de Tom Savini (lendário maquiador de filmes de terror) e de Angus Sutherland, irmão de Kiefer (vilão do primeiro filme), como o cara mau da vez salvaram o filme. Mais aí Corey Fieldman conseguiu tirar dinheiro não sei donde pra fazer o terceiro filme e... E fez. E dessa vez o ator parece ter repensando bastante em todos os erros do filme anterior para a elaboração deste.
Garotos Perdidos 3 é um excelente filme de vampiro. Não dá medo, mas nem o primeiro dava. A questão é que o longa em nenhum momento abusa da inteligência do espectador, e aposta em cenas de ação decentes, diálogos espertos e uma boa dose de humor e de imprevisibilidade. Fora os personagens mais óbvios, muitos deles nos surpreendem, seja quanto a sua sobrevivência ou seu papel e importância ao longo do filme. E talvez seja isso o mais legal em A Sede: Os personagens. Eles realmente são carismáticos, principalmente o protagonista. Edgar Frog é canastrão, inocente, burlesco e corajoso. Um personagem que poderia figurar tranquilamente entre os caçadores de vampiros mais famosos, como Van Helsing, Buff e Blade. Há também alguns flashbacks bem legais mostrando cenas do primeiro filme e uma homenagem muito bacana à Corey Haim, que faleceu antes das filmagens deste filme e participaria dele, caso tal tragédia não tivesse acontecido.
Enfim, um filme que vale a pena dar uma segunda chance. Considero-o infinitamente superior ao patético remake de A Hora do Espanto com o Colin Farrell, que foi muito melhor aceito.
E fora que Tanit Phoenix, uma das mulheres mais tesudas do universo, tá o cão de gostosa nesse filme. Arrisque e petiscará!

3 – Alien: A Ressurreição


Já que eu falei mal de Aliens no post passado, tentarei equilibrar o universo falando bem de outra pérola da franquia neste, se bem que acho que isso só vai piorar minha reputação com vossas mercês. Esse é considerado o pior filme da série do ET com cabeça elíptica. Muitos o consideram uma piada de mau gosto. E, sério, eu não entendo o porquê. ATÓRON esse filme! Ok, é o mais fantasioso dos quatro, e alguns acontecimentos sem coerência nenhuma (Ex: A Ripley cover se livrando facilmente do Alien em seu estado parasita, sendo que quando este gruda no rosto de alguém supostamente não deveria sair jamais) e falta de lógica tanto do roteiro quando de muitas cenas de ação dão margem para desagrados. Mas este Alien finalmente assume uma cara de humor negro, do tipo de filme que não se leva à sério, da ficção científica de terror / ação feita exclusivamente para divertir. Ele também se livra da enrolação do terceiro filme, indo direto ao ponto, e dos desinteressantes personagens de apoio do segundo e até mesmo do primeiro. Aqui não é só Ripley e o bichão em si que nos devem chamar a atenção, mas um grupo de mercenários espaciais caricatos, o que inclui uma robô e um atirador com uma pontaria absurdamente absurda. Apesar de rasos, estes personagens novos são legais pra caralho (compara eles com os soldados buchas de canhão do segundo filme). Os espectadores que tanto reclamaram da falta de criatividade da segunda continuação, que além de trazer apenas um Alien, ainda preencheu o filme com um bando de coadjuvantes praticamente iguais, agora tem bastante novidades neste quarto. Temos um clone da Ripley original que é metade Alien (Pasmem! O sangue dela é ácido!), uma Winona Ryder andriod sentimental (ela brinca sozinha tentando segurar um copo com luvas de boxe! Que tipo de robô faz isso??); um Ron Perlman fazendo o tipão de bandido durão mas que no fim das contas é um cara legal, e que não perde a oportunidade de lascar um beijo NA BOCA de seu colega; um Brad Dourif como um cientista completamente ensandecido que flerta sexualmente com um dos Aliens (é ver para crer), e uma total evolução da criatura em questão, que agora não precisa mais por ovos e de humanos para se reproduzir. Enfim, o enredo agora é realmente criativo, e talvez ousado demais para que algumas pessoas pudessem aceitar. Os cenários do filme são ótimos e o alien nunca esteve tão bem feito. Nestes pontos visuais, claro, o diretor Jean-Pierre Jeunet é impecável. Quem conhece seus outros trabalhos (Ladrão de Sonhos, O Fabuloso Destino de Amélie Poulain, Delicatessen, etc) sabe disso. Pena que ele resolveu aventurar seu estilo num universo com um público não muito versátil nesse sentido.
Um filme com um tom mais leve, mais vigoroso, menos dramático e mais cartunesco que seus antecessores, que permanece incompreendido até hoje. ATÉ HOJE...

2 - Os Idiotas


Considero Dogville o filme mais superestimado do Lars von Trier. Quer dizer, eu gosto do filme, Nicole Kidman está ótima, e a ideia do cenário ser executado como uma peça de teatro é realmente criativa. Mas a temática da inocente e sofrida protagonista feminina já estava cansativa nesse ponto. Eu adorei Ondas do Destino, amei Dançando no Escuro, mas quando vi Dogville fiquei com aquela cara de “De novo?? A mesma história da mulher que tem sua boa fé abusada de todas as maneiras pelas pessoas ao seu redor?? Que porra de obsessão é essa, von Trier???”
Por outro lado, acho uma injustiça Os Idiotas geralmente ter criticas medianas e ser considerado fraco muitas vezes, pois acho um dos melhores e mais ousados trabalhos.
A proposta do filme é bem interessante: Um grupo de pessoas se reúne em uma casa em Copenhague para trazer para fora o idiota dentro de si, o que seria uma maneira de praticar o surto e agir com infantilidade e sandice, para depois saírem em grupos praticando isso na frente das pessoas, estas nunca desconfiando da farsa. O objetivo de tal abordagem (que inclui agir como débeis mentais, babar em público, etc.), que acho meio barata, confesso, seria revelar a postura hipócrita da sociedade e de seu senso comum.
E se o enredo já é bom e inusitado, o desenrolar do roteiro é melhor ainda: Muitas cenas são constrangedoras – Jeppe fazendo dois motoqueiros o ajudarem a urinar, por pretexto de incapacidade mental – outras são emocionantes – quando o pai de uma das garotas vai pegá-la à força da “fraternidade” – e outras engraçadas – Katrine babando na cena da reunião é hilária! - . A protagonista é muito boa. Bodil Jørgensen dá vida a uma mulher frágil e de passado misterioso, que se junta ao grupo para aprender suas ideologias e agir como eles. O desenvolver de cada personagem é muito bom e você realmente se apega a eles. O desfecho também é ótimo e, a despeito de algumas cenas gratuitas de sexo explícito e de recursos mínimos (von Trier se pôs às limitações do Dogma 95, com gravação em câmera digital, sem trilha e orçamento baixíssimo), nada tira o brilho e a eficiência deste longa.
  
1 - Batman Eternamente


Ai, ai. Já esquentei muito a cabeça defendendo este filho que não é meu, mas lá vai. Batman Eternamente é bom e é meu filme favorito do Batman, o que não quer dizer que considero o melhor. Está à anos luz da perfeição (Aliás, Dark Knight Rises também está), mas o que me aborrece é que considero um filme injustiçado pra caralho. O principal motivo disso é seu “irmão gêmeo” Batman & Robin, que de tão ruim o levou junto pro buraco. Ok, vamos pensar um pouco (#telecurso2000feellings): O Eternamente foi o sucesso de bilheteria quando lançado. A infâmia só veio quando surgiu B&R, pois daí as pessoas começaram à perceber o quanto Joel Schumacher era ruim dirigindo filmes de super heróis e como os filmes de Tim Burton eram mais sombrios e descolados. Também perceberam que é super cool generalizar e falar mal dos filmes do Schumacher e de como eles eram coloridos e descabeçados. Ora, BE realmente é mais iluminado e berrante que seus antecessores, mas nem se compara àquela coisa carnavalesca de sua sequência. E apesar das excessivas luzes de neon que deviam dar muito prejuízo à prefeitura de da cidade, considero a melhor Gothan dos filmes do herói. É bem mais enriquecida em cenários que os filmes de Burton e realmente parece uma Gothan City, né Nolan?
Val Kilmer como Batman é meio inexpressivo às vezes, mas isso só lhe dá um ar de cansaço introspectivo daquele caos todo que é sua vida. É o Bruce Wayne mais atormentado de todos (o cara chega à ter pesadelos acordado com a morte dos pais!). Tommy Lee Jones realmente cometeu um erro em não fazer pesquisa de personagem e age da maneira mais bidimensional que alguém interpretando Duas Caras jamais deveria fazer. Harvey, embora com bem mais tempo de tela, chegou a ser mais mal aproveitado do que quando interpretado por Aaron Eckhart e Billy Dee Willians nos outros filmes. Mas ele acaba se tornando um tipo de vilão “Seek & Destroy” do tipo T 1000, cuja única função é perseguir e destruir o herói a qualquer custo. E eu adoro esse tipo de vilão. Jin Carrey também interpretou Charada de uma maneira bem pessoal e diferente do original, enfurecendo os fãs mais conservadores, mas não há como negar que ele caiu como uma luva no personagem. E Chris O’Donnell teve um bom desenvolvimento do jovem enfurecido Dick até se transformar em Robin.
É um filme sobe vingança e obsessão. Seja de Dick em relação à Harvey, Harvey em relação ao Batman ou Edward Nigma em relação à Bruce. Neste ultimo caso, Carrey interpreta de maneira impressionante a obsessão de seu personagem em relação ao seu rival (reparem que ele chaga a imitar todos os seus movimentos, como ao tirar e colocar os óculos na cena da festa). Há diálogos e cenas bem impactantes, como quando Bruce tem sua casa invadida pelos vilões e leva um tiro na testa, e em seu primeiro encontro com Dick agora transformado em Robin. AS cenas de ação também são bem decentes e até a maneira como Batman derrota Duas Caras foi bem inteligente (não sei daonde o herói tirou todas aquelas moedas na hora, mas deve ter sido dolorido), usando mais o cérebro do que a força bruta, exatamente como o Batman deve ser.
E chega. Não adianta eu falar mais porque esse filme vai continuar sendo mal visto. Só não o coloquem no mesmo patamar de Batman & Robin, pois ele obviamente é muito superior.


Então é isso. Sem mais delongas, acho que tô um pouco mais aliviado agora. Podem me esculachar aí embaixo se quiserem, mas lembrem-se que os deuses do cinema estão vendo (e estão do meu lado, acreditem!). Prometo que o próximo post será mais curto. Abssssssssssssss

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