domingo, 22 de setembro de 2013

Análise de Cena: Sexta-Feira 13 Parte VII – A Matança Continua (1988)


Atrasado, eu sei. Queria ter postado isso na Sexta-Feira 13 mesmo, mas não rolou. Faz bem uns dois anos ou mais que fiz um Análise do filme Sexta-Feira 13 Parte II no meu antigo blog e mais ou menos um ano que o repostei aqui. Muita gente me pediu pra fazer de outro filme da série na época (tipo a minha mãe, um anão com o qual eu praticava bulling e uma garota de programa que me deixou beijar na boca), mas ano passado esqueci. Mas agora vai (ainda que atrasado)!

Sem mais delongas, me acompanhem e se deliciem com essa maravilha da sétima arte que reúne o melhor elenco desde O Poderoso Chefão II.



Após alguns flashbacks dos filmes anteriores, o longa começa pra valer com a pequena Tina ficando puta porque o pai bêbado chega em casa (que fica aos redores de Cristal Lake) alterado e bate em sua mãe. A garota sai do recinto e entra numa canoa. O pai a segue pra pedir desculpas...


...mas Tina não perdoa e lança seu olhar 43 pro coroa com tal potência de Ki que faz a ponte desmoronar e o cidadão cair na água.


Meda.

Daí já conclui-se que essa menina tem algum superpoder bem estranho.


Ou que a ponte era velha.

Daí corta-se pra Tina (Lar Park-Lincoln) acordando mais velha e assustada no carro com sua mãe Amanda (Walter Mercado).



Ambas estão voltando para seu antigo lar para tentar curar o “paranormalismo” da moça onde tudo começou com o auxílio do psicólogo/atra/nalista Dr. Crews.

Ao chegar, nossa protagonista é recepcionada com reações diversas, como o auxílio cordial do garanhão local, Nick, cheio intenções avassaladoras...


... e a malícia do bonde das recalcadas de plantão.



Tina então inicia seu “tratamento” com o MC Crews... Digo... Dr. Crews, que a pede para tentar mover uma caixa de fósforos, o que da nisso:


Olha, eu não sei porque essa menina é tão bolada por ter esses superpoderes (fora o fato de ter matado o pai naquele incidente inicial). Não sei vocês, mas eu fosse um X-Man como ela iria curtir pra caralho.

Aliás, a amiga dona de casa deve estar se indagando se ainda estamos mesmo vendo um filme do Jason. Cama pessoal, eu não coloquei o VHS errado, logo logo vai começar a putaria que todo mundo gosta.

Revoltada com o Doutor, Tina vai pra beira do lago refletir. Subitamente, a moça fica desejando intensamente que o pai ressuscite e saia milagrosamente com vida do lago onde morreu.


Quer dizer que ninguém nunca se deu ao trabalho de sequer tirar o corpo do homem debaixo d’água e dar-lhe um enterro digno? Taí como ele era bem quisto.

Eis que Tina não sabia que havia outro rapaz morto e esquecido nesse mesmo lago.



Sim, o homem, o mito. Ao tentar trazer o pai de volta à vida com seus poderes, Tina ressuscita Jason sem querer querendo. Pois é, esse é um daqueles filmes onde a merda toda acontece por culpa do protagonista.

A moça desmaia e nosso herói sai todo maroto do lago e desaparece. Não por muito tempo, pois ali nas proximidades o carro de um casal acaba de pifar.


É, carros não funcionando direito em filme de terror, sei o que você está pensando. Mike e sua namorada Jane decidem ir a pé, mas não antes do jovem parar pra dar um mijão no mato.

Mas ao voltar, Mike encontra sua garota acompanhada (e também morta) de outro cara.


O coadjuvante medíocre e totalmente esquecível corre na esperança de se salvar como se não fosse um coadjuvante medíocre e totalmente esquecível, mas Jason o alcança sem no mínimo dar uma carreirinha.


0 X 1 lógica.

Tina tem um vislumbre de Mike sendo assassinado por Jason e tenta convencer sua mãe e o doutor.



Quer dizer que, além de mover as coisas com a mente, fazê-las entrar em combustão e ressuscitar os mortos Tina também vê coisas que acontecem em sua ausência??
Acho que essa menina tinha que fazer um crossover com Jesus ou com o Dr. Manhattan e não com o Jason.

Perto dali, um casal que não tem relevância nenhuma pra história (?) está acampando no meio do mato sem motivo nenhum. Infelizmente pra eles quem vai aparecer aí pra dar um oi não é o João Kleber. Não que isso fosse bom, mas vocês entenderam.


Ok, a morte do cara é sem graça (Jason o atravessa com um soco. Normal), então concentremo-nos no falecimento da fêmea, que à esta hora está só na barraca esperando seu homem voltar. Eis que...


O empata-fodas mais famoso do mundo entra sem bater pra dar cabo da moçoila. Falta de respeito! E se ela estivesse nua?


A pobre jovem cujo nome não faço questão de recordar tenta se safar com o velho truque de se esconder dentro do saco de dormir. Sério, ela faz isso. Mas não à condenamos, pois deve ser o mesmo sentimento universal de achar que o cobertor vai de proteger das visagens da noite.
  
Mas nosso herói mostra que nem mesmo sacos de dormir são páreos para ele, e arrasta a garota pra fora da barraca...


E pow! Ele taca a cabeça dela na árvore dentro do saco de dormir mesmo (caso você não tenha visualizado bem a cena por motivos de .RMVB), porque com ele ninguém pode.

E pra dar um toque todo especial, Jason ainda utilizar sua técnica milenar de espalhar o sangue mais fora do saco do que dentro e na cara dela, o que seria mais normal já que o saco só abriu quando ele a jogou no chão.


No dia seguinte no núcleo rico da trama, Tina e Nick batem um papo de boaça na beira do lago.


Não sem alguém espreita-los. Mas calma que dessa vez não é Jason...

É só Melissa, a bitch do filme, espreitando o garanhão e torcendo para que a mocinha do filme não crie laços coloridamente mais afetivos com o rapaz.


Quem nunca espreitou um casal atrás de uma árvore com a bota do Beto Carreiro que atire a primeira pedra.


Como diria aquela música do Queen: It’s late, but not too late. E ela tentará sua revanche. Logo, loguinho. No próximo quadro.


Mulher é bicho ruim. Tina vai à casa ao lado onde estão os jovens festeiros perguntar por Nick. Sabendo que o histórico de Tina envolvia passagens pelo sanatório, Melissa usou um trouxa qualquer (o cinéfilo retardado do filme) e virou sua jaqueta do avesso para fazer uma alusão à camisa de força. Reza a lenda que o bulling teve seu divisor de águas na história do ocidente nesta específica cena.

Tina sai putona, chegando em casa e reclamando pra sua mãe e pro Dr. Crews que quer parar o tratamento, que anda vendo gente morta e o caralho.


Dr. Crews tenta convencê-la a acalmar a periquita e repensar a ideia de largar o tal tratamento. Aliás, na cena acima o Doutor não está chorando. Está simplesmente limpando a remela do olho enquanto fala, o que pode ser o cúmulo do desleixo profissional ou algo bem cinematograficamente inovador. Infelizmente, analisando sob a ótica do universo cru e distópico em que vivemos, a primeira opção é a mais provável.

Tina não gosta do papo do doc e usa seu poder da mente pra mover a televisão e jogar na parede...


Poder que seria muito útil sempre que Bruno De Luca aparecesse cobrindo o Rock In Rio.

A loira pula fora e dá de cara com seu affair Nick, e pergunta se o primo que ele estava esperando havia chegado, com a suspeita de que ele seja Mike, o rapaz que ela viu ser assassinado por Jason à anteriori.


Pra quem não sabe, o primo de Nick é realmente Mike, que como vimos já virou paçoca faz tempo e o mocinho nem faz ideia.

Tina clama por alguma evidencia pra comprovar sua teoria, eis que Nick abre a carteira pra mostrar uma foto do primo.


Um sujeito homem que guarda uma foto do primo na carteira?? Huuumm, melhor deixar um especialista no assunto analisar esse caso por mim.


Enquando isso, maaaaais um casal aleatório passeia pelo bosque, até que a garota decide do nada tirar a roupa pra tomar banho nua no lago adjacente...


Pratica muito comum nesses filmes, o que infelizmente gera resultados inesperados...


Como Jason puxando seu pé embaixo d’água e te matando afogada, em uma das raras situações onde Aquaman e Namor seriam úteis, mas cadê que esses caras aparecem? Assim fica hard.


Enquanto Amanda descobre que Dr. Crews é um pilantrão que só está interessado nos poderes de sua filha ao invés de tentar realmente ajuda-la, Tina lê o resto do roteiro do filme, percebe que o mesmo não tem salvação e foge de carro com mala e tudo, só que pelo visto os deuses do cinema ainda à querem por perto...


Pois a fofa tem um vislumbre de sua mãe sendo assassinada pelo Jasão no meio da estrada...


O que a faz perder o controle e sair da estrada, batendo com o carro em uma árvore...


... Danificando o veículo e possivelmente a câmera acoplada no banco de traz que esqueceram de tirar antes de passar pra essa cena.

Enquanto isso, Jason se aproxima do núcleo “adolescentes de 25 anos” do filme, e acompanhamos com ele uma situação interessante, onde nada menos que TRÊS casais estão furunfando (devo ser o ultimo ser humanos à usar esse termo, mas tudo bem) ao mesmo tempo. É putaria que não acaba mais! No meu tempo não tinha isso, não, moço. Quem conhece as regras dos filmes de terror, e mais especificamente da aqui analisada franquia, sabe que disso não vai sair coisa que preste.


Nosso malvado favorito, perante seu farto banquete, faz uni-duni-dê e escolhe primeiro o casal afro da direita que estava fodendo num trailer. Pois se quem é jovem e transa em tais películas de horror já está condenado, quem é jovem, transa e é negro tem -295% de chance de sobrar no final. E antes de vossa senhoria, caro leitor, sonhar sobre a cogitação de me achar racista, pense em quem estabeleceu essas regras, procure saber se eu já era vivo naquela época, junte tudo e você encontrará a luz.

Pois bem, o serial killer não perde tempo e dá cabo dos dois, esmagando a cara do cabra...


 E, com um dos mais inusitados acessórios que já usou para mandar alguém para o tártaro, enfiando um mini-míssil ultra-fálico no olho da donzela de ébano.


Bem pertinho dali, Tina e Nick, que encontraram finalmente o corpo de Mike no meio do mato, vão para a casa da moça atrás do antigo revolver de seu pai...


e acabam descobrindo que Dr. Crews estava escondendo as evidencias da morte de Mike, além de encontrarem alguns arquivos sobre Jason na gaveta do malandro.


Em seguida, Jason, zoeiro que só ele, corta a energia da casa dos festeiros para facilitar seu trabalho. Curioso é que ele tenta arrancar esse cabo duas vezes, mas não cortaram sua primeira frustrada tentativa, o que demonstraria melhor sua sobreforça.


Mas isso não importa, pois em poucos minutos nosso verdadeiro cavaleiro das trevas mata a feia, o nerd e o bad boy descolado com cabelo de Elvis do filme, sobrando apenas a peituda namorada do bad boy abaixo para os estereótipos estarem quase exterminados.


Aliás, na sequencia acima, dá pra ver claramente (só em vídeo) a sombra de alguém se mexendo na frente da rapariga, bem provavelmente o câmera ou o microfonista da bagaça. Primeiro a câmera no carro, agora isso. Sério, o continuísta desse filme deve tá vendendo pamonha no Irã hoje em dia.

Enfim, Jason encontra a moça e a joga pela janela, algo fatal para a jovem, o que é uma pena (me refiro aos peitos).

Entrementes, Amanda (mãe de Tina, lembrem) e Dr. Crews estão no meio do mato procurando a loirinha, após acharem o carro batido na árvore. Eis que Jason aparece com um arpão e, pra não dar chance ao destino, o Doutor joga Amanda para o matador para ter tempo de escapar. Danadão.



Enquanto Nick vai tentar reunir seus amigos para todos saírem dali, Tina vai procurar sua mãe no mato, e acaba encontrando Dr. Crews. Engraçado (ahaha) que essa floresta é enorme, tanto que precisam andar de carro pelas estradas dela. Como esse povo consegue se encontrar tão facilmente nela o tempo todo??

O doutor revela à Tina delicadamente que sua mãe virou presunto e tenta convencê-la a sair dali com ele, no que ela reluta. Eis que aparece alguém ali, que para a surpresa de um total de zero pessoas, é Jason novamente.


Agora com esse negócio aí que eu não sei o nome, mas que, se eu fosse de apostar, valeria todas as minhas fichas que não tem pontas arredondadas.

Mas daonde caralhos Jason tira tantos acessórios diferentes de uma hora pra outra???? No dia em que descobrirmos se no Céu tem pão, encontraremos a resposta pra isso também.

Tina e o Doutor correm um pra cada, lado, e Jason opta por seguir o médico que é mais coroa e corre mais lentamente (como se isso fizesse diferença no universo onde ele vive).


Dito e feito. Dr. Crews já era. Um dia triste pra psicologia fanfarrã.

Tina acha vários corpos de pessoas posteriormente assassinadas por Jason ao longo do filme (já que ele insiste nessa mania sem sentido de mover os corpos de lugar e reuni-los próximos uns aos outros), incluindo o de sua mãe e esse aí abaixo...


E qual não foi meu horror ao descobrir que Jason também mata manequins de peruca.

Eis que Tina corre pra estrada e dá de cara com seu arqui-rival. Agora é treta, maluco!!


A aspirante a Criss Angel usa seus poderes para enrolar o inimigo com galhos...


E derrubá-lo na lama! PRUNK’D!!

Mas Tina tá que tá e não se contenta com isso, pois a nossa heroína ainda arranca um cabo do poste elétrico e move-o paranormalmente para a lama onde Jason está, fazendo-o pegar choquinhos...


E isolando a cena acima fora de seu contexto, Jason parece um desses caras que tem poder sobre a eletricidade, tipo o Blanka ou o Pikachu.

Falando nisso, eu adorava Pokémon. Tive vários ataques epiléticos assistindo, mas cada um deles valeu a pena. 

Tina imobiliza seu algoz momentaneamente e corre até a casa ao lado da sua, mas o mascarado não perde tempo e a persegue adentrando o lar e fazendo pose de impacto.


Sério, produtores, colocar Jason entre balões não é nada assustador/ameaçador. Parem com isso.

Os dois travam um combate de gato e rato, e bizarramente Jason, este eterno brincalhão, arrancou a cabeça de Dr. Crews e colocou dentro de um vaso na casa de Tina. Em que momento da trama ele fez isso, temo jamais saber.

Como a zoeira de Tina não conhece fronteiras, a jovem usa seu poder mental para arremessar o vaso com a cabeça em Jason, na cena mais hilária que já vi desde que a velha do Titanic deu aquele gritinho ao jogar o Coração do Oceano no mar.


Achando que matou o rival, Tina corre ao encontro de Nick e Melissa, a vilãzinha do filme que se fosse mexicana provavelmente se chamaria Malvina ou algo assim.


Melissa não gosta de ver os pombinhos se abraçando e decide ir embora, contradizendo o conselho de seu amado. Eis que Jason aparece e à alveja com uma singela machadada no meio da cara...


E à arremessa com toda a sua força...


Hahaha, isso foi legal de ver.

Jason imobiliza Nick, e vendo que o bichão está prestes a matar seu boy magia, Tina ousa apertar sua mascara com a força da mente até a mesma quebrar, mostrando-nos a atual face do rapaz.


AI, CACETE!!! Pamela Voohees teve um filho com a Cripta, só pode!

Chega dessa porra, caso você não tenha visto o filme, vai ter que baixar ilegalmente alugar o DVD pra ver o imprevisível final disso, que envolver, entre outras coisas, Tina ressuscitando seu pai (em estado conservado apesar de há anos morto) para enfrentar Jason! Eu sei que parece piada, mas a vida é uma.

NOTA: Parei de dar notas faz tempo.

Sexta-Feira 13 parte VII é considerado um dos piores filmes da franquia do goleiro de hóquei eunuco marombado com complexo de Édipo metade zumbi metade Highlander também conhecido em Hollywood e na Brodway como Jason Voohees. Os motivos da infâmia são a péssima direção, o desleixo de continuidade e o roteiro mirabolante demais. Agora Jason enfrenta uma garota paranormal! Mas sabem qual a minha opinião crítica e imparcial sobre as reclamações?? Bando de chatonildos!! Esse é um dos filmes mais legais do Jason! E se o arqui-inimigo do assassino, Tommy Jarvis, que já havia enfrentado o mascarado nos últimos três filmes, finalmente parou de dar as caras, agora temos uma das protagonistas mais originais da série (o que não carece de muito esforço aqui, eu sei) e a estreia de Kenny Hodder no papel do serial killer, que viria a ser aclamado pelos fãs como o Jason definitivo e tão venerado por essa galera que não transa quando Robert Englund no papel de Freddy Kruegger.
Depois de Ginny (Parte II) e Tommy Jarvis (Partes IV, V e VI), Tina é minha protagonista favorita da série.
Ai, esse filme é muito trash, acho que por isso o adoro, embora algumas coisas realmente sejam bem irritantes, como já comentaram em sites, como o Bocadoinferno, por exemplo, como o fato de Jason matar quase todo mundo menos os protagonistas, pois isso deixa o óbvio no ar. Se alguns outros personagens sobrevivessem, como a mãe de Tina, por exemplo, sobrevivessem, o elemento surpresa se faria mais presente.
De resto, um bando de atores pra lá de canastras cuja maioria quase não fez nada depois disso, apesar do potencial de alguns (a bela Susan Jennifer Sullivan, interprete de Melissa, infelizmente faleceu em 2009 aos 46 anos). Destaque para a maquiagem de Kenny Hodder como Jason, cheio de correntes e esqueletos à mostra, bem legal.
Sexta-Feira 13 Parte VII – A Matança Continua não tem mortes tão criativas e o senso de humor de seu predecessor, o sexto e claramente superior filme, mas vai de boa e é bem melhor que qualquer filme posterior da franquia, salve o remake de 2009.
Jamais direi que não vale à pena ver, então vá em frente.

E por hoje é so, espero que tenham curtido, até a próxima! Abssssssss

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