quarta-feira, 29 de outubro de 2014

Especial Halloween: 6 Slasher movies subestimados




E só pra provar que eu ainda existo pra alegria de alguém que eu ainda não sei quem, estou atualizando o Marionete. Em clima de Halloween, vos apresento algumas pérolas do cinema slasher que foram, de uma maneira ou de outra, injustiçadas pela cruel opinião pública.

The Prowler


Os fãs do gênero definitivamente não podem reclamar do ano de 1981, que foi o que mais rendeu filmes do estilo, vide Prom Night, My Bloddy Valentine, etc. Nesse mesmo ano, surgiu um obscuro filme sobre um indivíduo meio desocupado que resolve sair por aí com acessórios na época do nazismo assassinando adolescentes de uma pequena cidade em um baile de formatura. Se não é a coisa mais original que você viu na vida, o longa compensa com assassinatos bem cruéis e explícitos. O filme em si é sádico e utiliza de um humor macabro, como usar uma trilha calma e solene em uma cena totalmente tensa e/ou sanguinolenta, algo presente até em seu momento final. Há até uma historinha confusa sobre o passado do vilão, e o filme as vezes peca no ritmo, mas tudo isso é compensado e até esquecido pelas qualidades supracitadas.
The Prowler (ou "Quem Matou Rosemary?") não virou franquia, sequer sequência ganhou, e seu antagonista não ficou famoso como outros matadores fantasiados do cinema, mas é uma obra obrigatória de ser conhecida pelos fãs do gênero.


Melhor morte: Uma bietchy peituda tomando banho nua (não Bruno, de palitó) sendo perfurada na barriga com aquele negócio de tirar folha do chão que eu não sei o nome. Chupa Hitchcock!

Bereavement


Esse filme foi feito em 2010, seis anos depois de Malevolence, servindo como um prequel para este. E, sinceramente, Malevolence é um filme chato, sem muito sangue, lento demais e com um vilão nada ameaçador. Bereavement está aí para contar em detalhes a história do garoto Martin Bristol, de seu sequestro aos seis anos de idade por um psicopata e de como se tornou um assassino serial.
Por que esse prequel é melhor que o original? Duas palavras: Alexandra Daddario. Ok, não é só ela e seus dois grandes enormes talentos, mas esse longa tem muito mais sangue e é muito mais impiedoso com os personagens que seu antecessor, até mesmo quando não quer. É o tipo de filme que podemos definitivamente considerar brutal.
Stevan Mena é um cara que tenta seguir os passos dos grandes mestres dos filmes de terror, apesar de sua filmografia não ser tão longa e brilhante. Pode não ser um gênio, mas é esforçado. Está trabalhando na pré-produção da terceira parte desta franquia, e esperemos que seja tão boa quanto a segunda.

Tá com pena, adota
Melhor morte: Envolve uma gostosa levando umas trezendas facadas na barriga até dizer chega.

O Massacre da Serra Elétrica 3D


Esse é uma lindeza, rapaz. Apesar de ser razoavelmente menos violento e denso que as duas versões anteriores (2003 e 2006), há nele mortes bem legais, mas acho que o que mais incomodou os fãs foi que resolveram contar uma história aqui. Esse filme é uma continuação direta no primeiro, ignorando todos os outros cinco longas baseados na franquia que vieram depois do original. Tudo começa como mandam os clichês, com um grupo de jovens indo pra uma casa herdada pela protagonista até que Leatherface aparece, massacra todos os amigos da Alexandra Daddario e ela passa um bom tempo correndo dele com cara de otária. Mas aí o filme dá uma virada, e descobrimos (vocês não se importam com SPOILERS nesse tipo de filme, né migos?) que Alexandra nada mais é que a prima de Leatherface! E o pior, quando o bichão descobre isso, eles passam a ser AMIGOS e agem juntos contra os mau caráter da cidade! Aí eu te pergunto: Não é lindo??? Que trama! Que plot twist! Algo comparado apenas às melhores tramas familiares do Manoel Carlos.
Este filme retoma, ainda que em dose menor e involuntariamente (e aí reside a graça), aquele clima absurdo e cômico das partes 2 e 4, que também são injustamente difamadas. Aliás, vou dedicar um post inteiro só para a parte 4 aqui um dia.
Ah, e eu juro pra vocês que o fato de eu ser fã da """"atuação"""" da Daddario não influi no fato dela estar mais de uma vez na lista. Embora a cena abaixo deixe difícil vocês acreditarem em mim, mas façam um esforço.

Mas já gostam de pendurar essa menina...
Melhor morte: A pendurada no gancho é de prache na franquia, e aqui rola também a vítima ser serrada ao meio ainda viva, mas a melhor nem é causada por Leatherface, e sim por um policial babaca que dá um tiro na cabeça de alguém por engano.

Sexta-Feira 13 (2009)



Outro que eu não sei porque foi tão negativado. Esse filme surgiu na época em que estava na moda fazer reeboots, algo que até Pânico 4 abordou. Mas é claro que nem todos foram felizes. A refilmagem de A Hora do Pesadelo foi brochante, a de Halloween foi ridícula, mas a de Sexta-Feira 13 deu uma boa renovada na série. Aqui vemos Jason como um caçador implacável, que usou sua vivencia no mato à seu favor e aprendeu a manusear diversos tipos de armas. Agora ele corre (pois é) e é bem menos abestado que sua versão precedente presente nos 9 filmes anteriores (as partes 1 e 5 não contam porque não tinham o Jason). Não que o rapaz vá descobrir a cura do câncer, mas está bem mais esperto do que antes. Aqui vemos muitas - eu disse muitas - mortes de adolescentes estúpidos (esses, em contrapartida, ficaram mais desmiolados do que nunca) com requintes de crueldade, e claro muita nudez e sexo. Convenhamos, algo que não pode faltar em um Sexta-Feira 13, né mermo?
E, cara, Derek Mers foi um puta Jason, arrisco até a dizer que à altura de Kenny Hodder. E o maluco do Sobrenatural tá no elenco também, mas ninguém liga.


Melhor morte: A sujeita que tenta se esconder de Jason embaixo de uma ponte e leva uma facada nos pensamentos. Gera susto e boas risadas.


The New York Ripper


Um serial killer com voz de pato que mata mulheres jovens o bonitas com uma navalha em Nova York e... Peraí... Voz de pato? De PATO?? Isso mesmo, e com direito a fazer "quack, quack" enquanto fala. Mas por mais ridículo que pareça, com o decorrer do longa essa peculiaridade se torna até assustadora, uma vez que o assassino é extremamente cruel em seu modus operandi e sádico nos trotes telefônicos que faz a polícia.
Provavelmente o mais controverso filme de Lucio Fulci, mestre do horror italiano mais famoso por seus filmes de terror sobrenatural, que aqui arrisca no gênero 'giallo'. Lo Squartatore di New York (a.k.a. The New York Ripper / Nova York - Cidade Violenta) foi banido em diversos países e massacrado por vários críticos, que acusaram Fulci de ter feito uma peça sem sentido e depravada.
Mas fodam-se, esse filme é top demais. Os assassinatos são brutais e explícitos, mostrando em detalhes a mão do algoz (que só tem sua identidade revelada no fim) passando a lâmina nas vítimas, incluindo closes da navalha no bico do peito e no olho, de deixar Luiz Buñel e seu Cão Andaluz com dor de cotovelo.
A partir de um certo ponto o longa pode até parecer estar ficando previsível, mas não se enganem. A trama é muito bem elaborada e amarrada, e ficamos na tensão de saber quem é o assassino até o climax, onde somos presenteados com surpreendente e cruel final.


Melhor morte: Tá vendo a moça aí acima? Olha bem. Não, bem mesmo. É sério, olha! Mas olha b...


Chamas da Morte


Tom Savini teria recusado trabalhar no departamento de maquiagem da sequencia de Sexta-Feria 13 pra vir pra este filme, produzido no mesmo ano. Este, cujo enredo é sobre um grupo de jovens devidamente supervisionados por monitores mais ou menos uma década mais velhos que vão passar as férias em um acampamento, quando começam a ser brutalmente assassinados por um misterioso Serial Killer que foi vítima de bullying anos antes e todos acreditavam estar morto. Peraí, ESSE é o enrendo do filme?? Nesse caso acho que Savini só cometeu um erro de estúdio após ler a sinopse do filme no qual iria trabalhar, pois é a mesma de Sexta-feira 13 II! Ai que mentira, na verdade as semelhanças param por aí, poi, de muitas maneiras, The Burning é até superior à todos os filmes do Jason feitos até agora. Roteiristicamente, ele é mais bem elaborado e trincado. A gente realmente são sabe quem vive e quem morre no final, e o fator surpresa se mostra em vários momentos.A aparência do vilão é realmente convincente e assustadora, e os personagens são elaborados o suficiente pra torcermos por eles (alguns deles).
Notável por ser um dos primeiros filmes da Miramax e por ter sido o debut de gente famosa como Holy Hunter e Jason Alexander, esse é mais um daqueles que não ficou tão popular ou virou franquia, mas que merece ser (re)visitado, principalmente se você é desses que prefere ficar em casa se cortando com gilete com a unha pintada de preto à sair pra balada com camisa polo e tênis de mola.


Melhor morte: O assassino mata umas 15 pessoas de uma só vez usando uma tesoura de jardineiro, na cena mais cruel e inescrupulosa que eu já vi desde os piores episódios do Telegrama Legal do Gugu.

domingo, 27 de abril de 2014

Review: Vi Är Bast! (U.S.: We Are The Best / BR.: Não sei o título no Brasil)


Um dos filmes que eu estava mais ancioso pra ver ano passado e acabei não vendo porque obviamente não foi lançado em cinema nenhum aqui em Manaus - e quiçá no Brasil todo - e também porque só encontrei disponível o download lá por janeiro ou fevereiro desse ano. Daí eu já tava com preguiça e só vi um dia desses.
Mas como eu já disse antes, este blog é atemporal, então ninguém precisa nem fingir que essa crítica é atual. Ou vocês podem emergir das eternas areias movediças do tempo por alguns minutos e fazer de conta que ainda estamos em 2013, onde celebridades morriam mais que o Yoshi em fase aérea e a Anitta ainda tinha nariz.

Mas como eu dizia, Vi Bast não-sei-das-quantas era um dos filmes mais esperados por mim ano passado e isso porque Lukas Moodysson, meu diretor favorito (ok, um dos), estava a mais de dez anos sem fazer um filme bom. E olha que ele só fez três longas decentes (e, por que não, maravilhosos): Fucking Amal, Tillsammans e Lilya 4-Ever. Seu curta Bara Prata Lite de 1997 também é muito interessante.
Mas o fato é que, depois de Lilya, o cara só deu bola fora. A menos que você tenha se contentado com coisas cafonérrimas como Corações Em Conflito e Container, e daquela desgraça chamada Um Vazio No Meu Coração.

Desce daí, meu! Ainda quero ver a continuação de Fucking Amal (Sonhar pode)
Com We Are The Best - URGENTE: Acabei de descobrir que o título brasileiro do filme é "Nós somos os Melhores" (isso mesmo, "os" e não "as") e preferia ter ficado sem saber - , o diretor sueco voltou às suas raízes, recapturando o estílo cômico e leve de seus dois primeiros longas, Fucking Amal e Tillsammans, algo que ele abandonou em seus projetos mais sérios, experimentais e "inglesados" doravante Lilya. Falando nisso, a decisão de fazer um filme 100% em seu país e idioma de origem foi outro golaço.
Baseado na HQ de sua esposa Coco Moodysson, o filme ambientando na fria Stocolmo dos anos oitenta conta a história de duas garotas na casas dos 13 anos (Bobo e Klara) que decidem formar uma banda de punk rock, mesmo não tendo domínio nenhum em quaisquer intrumentos e sendo desestimuladas pela própria decadência da cena no período. Ambas convidam a recatada e talentosa Hedvig para inserir um mínimo de talento na banda como sua guitarrista.


O resultado geral só podia ser positivo. Os enquadramentos e movimentos de câmera lembram totalmente a fase final dos anos noventa / começo dos 2000 de Moodysson, sua melhor, diga-se de passagem. Um dos vários elementos que lembram sua melhor forma, como também a ambientação na dita "década perdida", algo que o cineasta já tinha feito em Tillsammans.
Não espere um filmne seguindo os padrões dos filmes Hollywoodianos de banda, com aquele trajeto clássico e seguimentado mostrando o início, a ascenção e decadencia dos músicos em questão. Aqui o que vale é o humor, e ele funciona da maneira mais natural possível. A impressão que dá é que as três protagonistas foram deixadas para se divertirem sem roteiro e com as câmeras ligadas de tão involuntárias que suas cenas parecem. Dentre as mais engra (pode usar esse termo aqui sem parecer ridículo?), destacam-se a cena que que Klara e Bobo são obrigadas por seu professor de ginástica a correr um certo número de voltas as redor do ginásio mas só o fazer quando ele está de olho, a cena em que uma delas tem seu cabelo cortado pelas outras duas, e a que Hedvig assiste estática pela primeira vez suas futuras companheiras de banda "tocando". O contraste cultural e comportamental da guitarrista com as outras duas é uma das coisas mais divertidamente interessantes do longa.
As referências à música Punk não se faz muito presente. O que ouvimos são mais músicas que provavelmente tocavam no inicio da década em questão na Suécia mesmo, ou seja, coisa que nem eu nem você ouvimos. A menos que vossa senhoria seja 'O" fodão e conheça bandas punk escadinavas. Se for o caso, desculpaê. Por isso e por eu ter escrito HQ e não Graphic Novel mais acima.


Mais uma vez sem repetir elenco, temos um atrizes totalmente novatas como protagonista. Moodysson nunca foi de panelinhas, o que, cofesso, acho uma pena. Adoraria ver atores/trizes de outros filmes seus (Rebecka Liljeberg, Alexandra Dahlstrom, Artyon Bogucharskiy, Oksana Akinshina, etc) trabalhando em novos projetos com ele.

Intercalando lindamente o cômico com o drama familiar sempre presente em sua filmografia, Moodysson cria uma obra que, se não chega a ser tão supimpa/daora/top quanto seus aclamados primeiros trabalhos, nos mostra que o diretor ainda tem muita lenha pra queimar, principalmente se se ater nos elementos que melhor domina e deixar as pretenções de lado. Que não demore mais tanto pra vir um filme novo, mas quem sou eu pra reclamar de atrasos, descumprimentos, decepções e vacilos? Foda-se o mundo.



domingo, 16 de março de 2014

A trilogia Feast, um estudo de caso



Aconteceu que do começo de ano pra cá eu voltei a ver uns terrorzões bem gore, algo que na verdade nunca abandonei, mas voltei a ver como quando eu havia começado (sinceramente não lembro de uma fase da minha vida em que eu não gostava desse tipo de filme), ou seja, com uma frequencia mais alta que o normal. Enquanto vocês estavam aí "se preparando" pro Oscar vendo Azul é a Cor Mais Quente (é, eu sei que não foi), Ninfomaniaca e outros desses filmes modinha de facebook, eu tava me esbaldando no horror e na carnificina muitas vezes lançada diretamente pra vídeo, porque eu gosto mesmo é do caos e da destruição. Sorry baby, comigo é de Braindead pra baixo, pra acompanhar esse blog tem que ter sangue nos olhos, tem que aguentar o papoco.

Então lembrei de Feast, reassisti a franquia, e achei que precisava apresentá-la ao mundo, porque alguém precisa fazer o trabalho sujo, pois Deus olhou pra mim eu disse "Tu, meu filho, que nasceste do lodo da demência, és a pessoa mais indicada para tal missão."

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Ok, vamos à eles.

Feast



Com uma produção executiva bossal de Matt Damon, Ben Affleck (pois onde um tá o outro tem que estar) e ninguém menos que Wes Craven e direção de John Gulager - responsável por outras pérolas sensacionais da bizarrice como Piranha 3DD e Zombie Night, Feast (falei no post passado que ele seria mencionado aqui) chegou aos cinemas em 2005 nos surpreendendo como uma pequena grande obra daquele gore moleque de várzea que a industria estava meio carente, mostrando um grupo de pessoas em um bar que é surpreendido por monstros que mais parecem integrantes da banda Gwar. Assim, sem mais nem menos, e em nenhum momento temos uma explicação para a existência de tais criaturas, mas se eu quisesse ver história eu tava assistindo algum documentário da BBC.
Protagonizado por ninguém menos que Krista Allen, o filme tem um belo balanço entre terror e comédia e um toque generoso de imprevisibilidade e originalidade. A cada personagem que aparece, surge na tela uma espécie de ficha técnica do sujeito, dizendo o nome, ocupação e até a expectativa de vida dele baseado no que geralmente ocorre com tal estereotipo no gênero. Excelente filme que certamente figuraria em uma lista com meus dez filmes de horror favoritos. Vai passar longe de se tornar um cult (Talvez daqui há muitos anos, juntamente com o Street Fighter do Van Damme. Torçamos.), mas recebe o selo de qualidade do Marionete Cósmica que vale muito mais.

Melhor morte: Camarada se acha o heróizão do filme mas descobre da pior maneira que aqui não há espaço pra galãs. Envolve uma janela, monstros e uma cabeça sendo arrancada.



a.k.a. Emmanuelle Contra as Criaturas Demoníacas





Feast II: Sloppy Seconds



Daí que três anos se passaram e alguém teve a questionável ideia de que Feast deveria se tornar uma trilogia. E nasceram as continuações, Feast II: Sloppy Seconds (2008) e Feast III: The Happy Finish (2009), tendo muito mais ligação um com o outro que com o primeiro, tendo em vista que foram filmados juntos mas sendo lançados separados. Lançados, aliás, diretamente em DVD. E o que dizer deles? Ai, ai, amigos. Vamos lá que é complicado.
Basicamente novos personagens e alguns dos sobreviventes do primeiro filme se encontram em uma pequena cidade aparentemente abandonada no meio no nada, quando descobrem que a mesma foi dominada pelas tais criaturas. Dentre os novatos estão uma gangue de motoqueiras liderada pela irmã gêmea de uma das personagens mortas no primeiro filme e alguns moradores da tal cidade que sobreviveram à invasão dos aliens (demônios?). Mesmo com o ódio interno, o grupo vai tentar se manter unido para conseguir sobreviver e sair do local. Não tem mais a presença de Krista Allen, mas Clue Gulager, Jenny Wade e Diane Ayala Golder permanecem no elenco.
Grande parte deste segundo filme se passa no topo de um prédio, onde o povo se encontra encurralado agora, o que resulta numa fotografia mais clara e ensolarada, contrastando com o ambiente escurecido e sombrio do primeiro, mas nem por isso esta sequencia se torna mais leve. Pelo contrário, as partes II e III são excessivamente extrapoladas, nojentas e violentas, ao ponto de fazer o original parecer um filme "comportado", se é que se pode dizer isso.
Longe de ser perfeito e agradar todo mundo, Feast II é bem divertido, e a única grande resalva que faço é a famosa cena do bebê, que realmente achei desnecessária. A do gato também foi nada a ver.

Melhor morte: A velha, além de já estar derretendo por ter entrado em alto contado com gosma de monstro, ainda é lançada contra uma parede por uma espécie de catapulta. Cuidem bem de suas avós.



Reparem que a morena tá fazendo air-revolver
Já fiquei com uma mina parecida com esse cara uma vez



Feast III: The Happy Finish



E não demorou muito para nossa rotina cinematográfica ser presenteada com com a parte final desta que é uma das trilogias mais refinadas da história da sétima arte, podendo ser considerada desde já um O Poderoso Chefão do mundo bizarro.

Agora vamos lá, eu até que sou bem condescendente, mas tem algumas coisas que eu não deixo escapar:
- Excesso desnecessário de personagens;
- Inserção de elementos que não fazem parte do universo do filme;
- Câmera nervosa em ambiente escuro, deixando a cena ininteligível;
- A tua mãe;
- Desrespeito à personagem;
- falta de bom senso e uso de drogas de todos os envolvidos durante a filmagem (Porque só pode).

Cara, esse filme é um caso a ser analisado pela nasa e pelo vaticano, por que é demais até pra mim. Lógico que ele não é bom, mas a questão nem é essa, já que ele foi feito pra ser ruim. O problema é que exageraram na dose. Ao mesmo tempo, não tem como não adorar essa porra. Aff, enfim, Meus sentimentos ficaram abalados demais pra eu ter uma opinião formada.
Os sobreviventes agora tentam sair da cidade através dos esgotos, o que dá ao filme um tom levemente mais sombrio que seu antecessor. Novos personagens surgem - um mais caricato que o outro - pra logo desaparecerem mostrando sua existência totalmente desnecessária.
Duas grandes resalvas: A primeira morte do filme que acontece nos primeiros três minutos, apesar de bem legal,  ocorreu em um momento totalmente equivocado. A personagem era uma filha da puta e merecia, mas dada a importância dela nos três filmes, não dava pra esperar pelo menos até a metade do longa?
A outra resalva grave é sobre o que acontece no finalzinho, e tem relação com um robô gigante. Isso mesmo, UM ROBÔ GIGANTE. Que poderia até ser perdoável e, com muito boa vontade, legal se não fosse a merda que ele causa no fim que nos priva totalmente de algo próximo a um final satisfatório.

Melhor morte: Cidadã tem a cabeça arrancada, comida e defecada por uma das criaturas e só então seu corpo percebe que morreu e cai no chão.


É, ele ainda tá vivo. 



Levanta a cabeça, princesa, que o filme ainda não acabou
Então quer dizer que eu não recomendo essas continuações? De maneira nenhuma. ASSISTA! Ambos os filmes são muito defeituosos em alguns detalhes, ao ponto de realmente deixar puto quem assiste, mas ao mesmo tempo são extremamente divertidos e contam com um elenco de personagens cativantes, embora a grande maioria deles tenha caráter corrompido (talvez o motivo). Infelizmente falham demais para se comparar ao primeiro, mas se você curte estupros de animais, bebês sendo devorados, motoqueiras semi-nuas, anões mexicanos de luta livre, profetas telepatas, gente tendo as tripas arrancadas pela vagina, muuuuita gosma e até  robôs gigantes (e quem não é fã disso tudo, né?), eles vão valer cada minuto do seu tempo.

Enfim, assista aos três e tire suas próprias conclusões, pois eu já passei da hora de ir dormir. Bons pesadelos.

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