Havia muitos pôsteres legais. Logo não consegui escolher um.
Galeura! Tô sem tempo pra postar, e lembrei que fiquei de republicar aos poucos aqui no Pruno's meus posts favoritos do meu antigo blog - o Análise de Cena - para que não fiquem perdidos no espaço tempo. E já que nesse 13 de julho é dia do Rock, vamos de Runaways. Até semana que vem com post inédito!
Impulsionada pela necessidade de quebrar as barreiras do machismo que existia lá por meados dos anos setenta, Joan Jett juntou forças para formar o The Runaways, banda de rock pioneira por ser formada apenas por integrantes do sexo feminino. Se o mundo do rock n’ roll foi, ao longo do tempo, presenteado com bandas como L7, Hole, Kittie e afins, esses grupos totalmente femininos deveram/devem grande parte da sua existência ao Runaways, que quebrou paradigmas e abriu portas para as mulheres no mundo masculino do rock e... e... É mais ou menos isso.
The Runaways começa em 1975. Uma época muito sangrenta:
Especialmente para a personagem de Dakota “criança prodígio dos infernos” Fanning...
Isso escuro escorrendo na perna é sangue. Menos mal.
... Que está menstruando pela primeira vez na vida. Mas deixemo-la para depois, pois perto dalí temos Kristen “Bella cara de peixe morto” Stewart dando um bizú em uma loja de roupas.
E percebemos que ela anda que nem um machinho nesse filme.
Bella se interessa pela roupa do rapaz no balcão e diz a vendedora que quer uma igual.
E o pagamento é à vista, pelo visto (sem trocadilhos).
Algo me diz que tem algum picolezeiro todo esfolado lá fora.
Pois bem. Bella anda masculinamente, usa roupas de homens e espanca picolezeiros. Precinto lesbianismos mais à frente.
Aliás, Kristen interpreta Joan Jett . Não se esqueçam disso. Eu não esquecerei.
Sem motivo aparente, Bella começa a correr ao sair da loja.
Talvez porque a diretora do filme tenha mandado, dizendo que seria legal uma personagem correndo enquanto aparece o título do filme na tela.
Tipo... The Runaways (As Fugitivas) enquanto alguém corre. Sacaram? Que massa! Já gostei disso!
Gosto também do Fautão. E de fimose.
Em casa, Dakota pinta a cara para dar um showzinho.
E isso é tinta mesmo, ela não está reaproveitando sangue nenhum.
Dakota interpreta Cherie Currie. Não esqueçam disso também.
Então vamos ver o show de calouros que ela participou?
Bom, eu achei engraçado. Mas Marly Marley e José Messias parece que não gostaram muito, e a menina ainda foi vaiada pela platéia.
Enquanto isso, Bella está tendo aulas de guitarra com um tiozinho muito do seu machista...
Que se recusa a ligar o instrumento no amplificador, pois “garotas não tocam guitarras elétricas”.
Aliás, sabiam que, quando eu tinha 18 anos, meu professor de contrabaixo só me passava uma tablaturinha de cinco ou seis notas pra eu ficar tocando durante duas horas? E a aula era só uma vez por semana!
Mas como vocês não devem estar minimamente interessados na minha vida, continuemos.
Bella vai pra uma festinha exercer sua bissexualidade onde conhece o produtor musical Kim Fowley e a bateirista fofinha Sandy West.
E logo ambas estão tocando na casa de Sandy sob supervisão de Kim. Prático.
Ok, ok. Mas eles precisam arrumar os outros integrantes, pois só com as duas a banda ficaria num formato similar ao White Stripes. E White Stripes é terrible! E não me venha aporrinhar, você fã dessa banda!!
Kim e Bella vão à caça dos outros integrantes. Nada melhor do que numa boate cheia de junkies e bebados.
Este é Kim.
Sim, muita gente nesse filme se maqueia como David Bowie.
Dakota está estratégicamente escorada num canto e tomando refrigerante no canudo.
Má, oêêê!! Má qué tocar no Runawaysss?? Então vem pra cááááaann!!
Enquanto Bella tenta catar alguém na boate, Kim conversa com Dakota e pergunta se ela sabe cantar alguma coisa. Na verdade, o fato da garota ser loira é o pré-requisito mais importante para entrar na banda. Papo sério.
No dia seguinte, Dakota vai ao trailer onde o povo da banda tá ensaiando para fazer um teste. Como está bastante nervosa, acende um cigarrinho para relaxar. Mas tá nervosa demais! Como eu sei? Ache o erro na cena acima e descubra por si mesmo.
Ao adentrar no veículo, a loira tem a péssima idéia de cantar uma música lenta, e é escurraçada de lá rapidinho.
Mas Kim fica inspirado na moça e chama Bella para ambos comporem uma música alí na hora. É a música é Cherry Bomb, a primeira faixa e primeiro hit da banda. Engraçado como a música é composta com uma rapidez meteórica, mas vamos fingir que foi bem natural pra não perder a amizade.
Dakota, que ficou esperando do lado de fora, é convocada para uma segunda chance. Kim pede a ela que cante a música que acabaram de compor.
Sim, ele está fazendo o gesto que você está pensando. Será que ele achou que isso iria estimular Dakota a se soltar e cantar? Lembrando que Kim é um cara de 30 a 40 anos num trailer cheio de meninas de 15 e 16.
De qualquer forma, Dakota canta a música (cuja qual a letra decora também meteóricamente) bonitinho e é aceita como vocal principal.
Em casa, a nova vocalista e sua irmã recebem a notícia de sua mãe de que vai se casar com esse cara costeletudo aí e vai dar no pé, deixando as duas. A vida familiar dessas meninas é cheia de problemas, com o pai alcolatra e ocupado demais para elas, a mãe igualmente ausente, blá blá blá, snif snif, Casos de Família.
De volta ao trailer (não tinha um lugar mais apertado pra ensaiar, não?), Kim convoca uns garotos para jogar latas nas meninas enquanto elas tocam. A idéia é tratar a banda com um tipo de treinamento militar para que estejam preparadas para os grandes palcos.
Tentei que só, mas não consegui capturar nenhuma imagem das latas atingindo-as, então que se foda! (Isso foi rock n’ roll o suficiente pra você, Kim?)
A propósito, vamos aproveitar para falar das integrantes que ainda não haviam sido apresentadas. A do meio com blusa vermelha é a guitarrista Lita ford, interpretada por Scout Taylor Compton (a Laurie Strode da nova geração), e está sempre com essa cara emburrada de satanista com dor de barriga. E a moça mal vestida e mal penteada mais a direita é a baixista Robin Robins, que não abrirá a boca o filme inteiro. Vale constar também que Robins é uma personagem ficticia, pois a baixista original da banda recusou ceder os direitos de sua imagem. Esses fatores automaticamente tornam Robin a personagem mais genérica de todos os tempos.
Feitas as devidas apresentações, Kim consegue um contrato para uns shows e a banda cai na estrada.