sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Oito histórias essenciais do Demolidor


Ou eu deveria dizer “Oito histórias legais do Demolidor”, já que nem todas as citadas abaixo são consideradas clássicas ou coisa do tipo, mas sim histórias que eu gostei deveras e estou recomendando para vossas mercês. Mas acredito que a maioria é item obrigatório pros fãs.
E sim, esse deve ser meu primeiro post sobre quadrinhos, algo que eu gosto bastante também. E o Demolidor, juntamente com o Batman e o John Constantine, é meu herói americano favorito (na verdade o Constantine é inglês, mas vocês entenderam o que eu quis dizer).
Então, sem mais delongas, vamos à lista!!! Para o alto e avanteee!!! (cê vê o como eu entendo bagarai de HQ...)

Demônios



Quando Frank Miller surgiu em cena, o mundo dos quadrinhos nunca mais foi o mesmo. E as histórias do Demolidor, então, nem se fala. O jovem de apenas 24 anos fez uma inovação imensa na vida do nosso chifrudo avermelhado, fazendo suas revistas venderem mais do que dicionário em entrada de palestra do Herbert Vianna.
O cara inseriu nas histórias do advogado elementos modernos ao mundo dos quadrinhos, como roteiro ágil, seqüências e cortes cinematográficos, utilização livre de claro e escuro nas imagens, fora muitas coisas essenciais nas histórias de Matt, como a primeira aparição de Elektra e as primeiras vezes que treta com o Justiceiro.
Muitas histórias sensacionais pintaram por aqui. Uma que destaco é esta Demônios, onde o Mercenário foge de um hospital pouco antes de ser submetido a uma cirurgia na cachola. Como tá com um tumor no cerebelo, começa a ver seu arquiinimigo em todo lugar, inclusive em um cinema que invade, onde enfrenta nosso herói em uma luta épica. Destaque para os dois cinéfilos dentro do cinema, que mais falam do que assistem ao filme (o clássico Relíquia Macabra).
Presenciamos o dilema do herói entre destruir o vilão (ou deixá-lo ser destruído) e seu senso de justiça. Uma pequena grande história.

Homem Sem Medo



Matt Murdock não é exatamente o homem mais sortudo do mundo (aliás, esse é o nome de um filme pornô! É assim: O cara vai pra uma casa onde tem cem mulheres, daí... daí... err...): seu pai era um boxeador decadente que perdia até do seu Madruga se assim lhe fosse ordenado (já que era pau mandado de criminosos), perdeu a visão salvando um velho, sofreu bulling pra caralho na escola e futuramente sua sorte só iria piorar na carreira de herói. Mas aqui o que importa é seu passado. É mais uma vez Miller a frente do vermelhudo. Aliás, dá pra dizer que praticamente todas as vezes em que o cara pôs as mãos no Demolidor foi para criar um clássico. Aqui o roteirsta reconta a origem do caboco: Seus tempos de faculdade, seu treinamento com Stick, seus primeiros pegas com a Elektra e seu primeiro encontro com Wilson Fisk, mas conhecido como o Rei da Obesidade. Tudo isso ainda sem usar seu tradicional uniforme vermelho e nem o amarelo e vermelho.
Este ‘Ano Um’ que Miller fez com a colaboração do sempre presente John Romita Jr foi um verdadeiro sopro de vida pro herói, dando um novo gás pro personagem e transformando-se instantaneamente em uma história essencial para fãs de quadrinhos.


A Queda de Murdock



Após Miller abandonar o Demolidor em 1982, o herói cegueta não andava bem das bengalas (putz, Bruno!). Denny O’Neil, o roteirista que assumiu o Homem Sem Medo, não estava agradando muito os leitores, enquanto Miller solidificava ainda mais seu estrelato no mundo das HQs com as clássicas graphic novels Ronin (que eu nunca gostei muito) e Batman: O Cavaleiro das Trevas. Tamanha foi a euforia dos fãs quando souberam que o cara voltaria para o herói em 1986, o logo estaria escrevendo uma das maiores histórias do vermelhão: A Queda de Murdock (Born Again, no original).
Na mini-série, Karen Page – que abandonou tudo para tentar a sorte em Hollywood, mas que só encontrou duas carreiras: a de atriz pornô e a da cocaína – vende a identidade secreta do Demolidor (seu então namorado Matt) para o Rei do Crime em troca de drogas. Daí era só o que Wilson Fisk precisava para infernizar o herói pelo resto da vida. Ou pelo menos pelas próximas edições.
Essa é uma das sagas mais matadoras do Demolidor e um clássico absoluto, com o adendo da resolução do mistério sobre o verdadeiro paradeiro da mãe de Matt.


A Queda do Rei do Crime



Depois de anos após sua decadência em A Queda de Murdock, o herói escarlate resolve dar um “mexe com quem tá quieto” no homem que arruinou sua vida: Wilson Fisk. Como não tem praticamente mais nada a perder, aqui temos um Demolidor cínico, usando de sarcasmo e golpes sujos para detonar Fisk, o que inclui usar e sacanear mulheres, tapear a S.H.I.E.L.D. espalhar boatos falsos pela cidade, dentre outros métodos pouco religiosos. Tão importante quanto ver a derrocada do Rei do Crime – já abalado pela não superação de sua amada Vanessa – é ver Matt tentar renascer das cinzas (tanto no pessoal quanto no profissional, bichô!) depois de ter sido todo fudido pelo Rei.
Fisk, apesar de temeroso e abalado, continua se mostrando um baita escroto (Há uma cena em que ele manda quebrar todos os ossos da mão de um garçom só por este ter ousado lhe entregar a conta), enquanto o Demolidor que vemos poucas vezes se mostrou tão vingativo e até mesmo descontrolado em certos momentos.
A cena de perseguição final é eletrizante. A queda de Fisk gerou guerra gigante entre gangues pelo posto de novo rei da criminalidade de NY (o que refletiu inclusive nas histórias do Aranha), e Fisk demorou um bocado para se reerguer novamente.


Diabo da Guarda



Não satisfeita em ter dedurado a identidade do namorado para seu arqui-inimigo, Karen Page parte ainda mais o coraçãozinho de Matt abandonando-o, deixando apenas uma carta de despedida para o rapaz. Não bastasse isso, o advogado ainda tem de servir de babá para uma criança que pode ser a reencarnação de Cristo... Ou o anticristo (brrrrr). Fora que seu amigo e parceiro não-sexual Nelson Foggy está sendo acusado de um crime grave. E tem muita gente interessada no bebê, como o próprio Wilson Fisk, que contrata ninguém menos que o Mercenário para capturar a criança. Mas nosso herói – AHÁ! – não está só: Ele contará com a ajuda da bela Viúva Negra.
Essa é a famosa fase escrita pelo cineasta nerd e gordo seboso Kevin Smith que transformou o Demolidor em um campeão de vendas. E não é pra menos. Apesar de eu não achá-la perfeita, essa saga é excelente, com ótimos diálogos que só poderiam ter sido escritos por Smith. Também presenciamos nosso herói passando por um conflito de fé e tendo um combate antológico contra Mercenário. Smith ainda teve a pachorra de supostamente “presentear” Karen Page com o vírus da AIDS, para espanto de toda uma geração (às vezes eu exagero um pouco nas coisas, eu acho).


Demolidor Amarelo



Sentindo muita falta de sua amada Karen Page, que agora repousa no além após ter sido assassinada pelo Mercenário, Matt decide seguir o conselho de Foggy e escrever uma carta para sua amada (que ela obviamente não lerá por motivos técnicos) como terapia para aliviar a dor da perda. Assim, através das palavras escritas pelo herói, que para nós funciona como uma narração, vamos acompanhado vários fragmentos do início de sua carreira como funcionário da Marvel, como quando conheceu Karen e criou a primeira versão de seu uniforme, que era esse da capa aí acima.
Jeph Loeb e Tim Sale são meio que especialistas em recontar origens. Já fizeram isso com Batman e Super Man, e aqui acertam a mão again. Muito se especulou sobre este projeto antes de seu lançamento, afinal, Frank Miller e John Romita Jr. já tinham passado a origem do herói à limpo antes em Homem sem Medo. Apesar de não ser tão grandiosa e intensa quanto e entrar bastante em conflito com obra de Miller, esta mini é excelentemente bem desenvolvida, focando bastante no lado humano do personagem. E a coloração de Matt Hollingsworth é um show a parte, menino.


Demolidor Pai



Lançado em três volumes lá e em seis aqui, Demolidor Pai tem como tema inicial a caça a um serial killer enquanto Nova York está passando pela maior onda de calor de sua existência (que seria o correspondente aos dias mais amenos aqui em Manaus, deduzo eu). Durante a investigação, o herói ainda tem que lidar com os pecados passados de seu pai  - que de alguma forma tem relação com os assassinatos -, com o processo de uma mulher a uma companhia elétrica de New Jersey e com o fato de sua identidade “secreta” estar dando mais na vista que o sovaco da Katy Perry. Sério, quase metade da cidade já sabe que o Demolidor é o Matt Murdock! Como essa porra não vaza de vez?? Wathever.
Joe Quesada escreveu e desenhou grande parte desta mini-série ao lado de seu pai no hospital, que estava morrendo de câncer de pulmão devido ao consumo excessivo de tabaco ao longo dos anos.
Produzida em 2004 em comemoração aos quarenta anos da criação do Homem Sem Medo, a HQ tem uma bela história, um roteiro intrincado e bem amarrado, uma arte fantástica e ousada de Quesada e um final surpreendente. Majam o senhor que Matt salvou quando criança de ser atropelado e que lhe custou sua visão? Pois é, aqui sabemos que fim levou. E é foda.


Demolidor Noir



A série Noir da Marvel, lançada em 2009, teve o intuito de mostrar alguns de seus heróis em pequenas sagas com elementos dos filmes noir dos anos trinta e quarenta dirigidos por diretores como Fritz Lang, Billy Wilder, Orson Welles, entre outros.
Na cozinha do Inferno dos anos trinta, Wilson Fisk está com o trono de Rei do Crime ameaçado pelo gangster Orville Halloran, que fará de tudo para assumir o título. No núcleo mocinho da trama, Matt Murdock e Foggy Nelson recebem a visita de uma misteriosa mulher fatal prometendo contar altos babados sobre Halloran. Matt vê na mulher uma bela oportunidade de tirar o atraso pegar os caras maus e livrar as ruas da bandidagem de uma vez por todas (sonhar é permitido).
Acho que Demolidor Noir é uma das melhores histórias desta série da Marvel justamente por ser a que melhor se encaixa no personagem (ou vice-versa), sendo, por isso, o herói que menos precisou sofrer mudanças na saga. Tudo bem que seu uniforme parece de um travesti masoquista em final de expediente no domingo, mas o visual ficou muito bom, cortesia dos artistas Tomy Coker e Daniel Freedman. A história, embora não acrescente nada de novo, também não decepciona, tendo várias surpresas e reviravoltas e um final ambíguo.

E é isso! Tem muitas outras histórias supimpas do chifrudinho colorado, mas vá pesquisar, meu. Até a next! By!!!!!

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Análise de Cena: The Wraith – A Aparição (The Wraith / 1986)


Mais uma análise de filme que tô repostando aqui. A ideia é republicar aqui no Pruno's os melhores posts do meu antigo blog, e este aqui é um deles. Pelo menos eu acho.

Esse filme é a cara dos anos 80! Lembro que o assisti várias vezes no Cinema em Casa quando era criança nos anos noventa e ficava muito impressionado com a violência contida nele. Se você já viu o filme deve estar me chamando agora de bichona esclerosada por achar isso violento, mas eu era uma criança noventista, cacete! Até o Power Ranger azul era violento!

Claro que ao assistir ao filme depois de (mais) velho, vejo que ele é tão nocivo quanto Castelo Ra-Tim-Bum, e tão bem atuado quanto um capítulo mal inspirado de Malhação (entenda: todos). Exageros a parte, nunca deixei de gostar do filme. Talvez porque eu tenha uma queda enorme por ficção científica (ou seja lá o que esse filme for) trash. Ou qualquer coisa que seja trash.

Então dissequemos essa pérola antes de eu dizer mais uma coisa ou duas sobre ele.

A obra-prima começa com umas estranhas luzes vindas do céu vagueando por algumas estradas desérticas do Arizona.


ZUM, ZUM, ZUUUUUUUUMM!

Até se juntarem e tomarem forma, se transformando...


Em um carro chocante e seu misterioso motorista em preto que, mesmo sem ter ninguém ali para ver, está fazendo mó pose! ÓÓÓÓÓ!!!


Perto Dalí (ou não), um feliz e jovem casal que passeava de carro é abordado por um cara sinistro chamado Packard e sua gangue, que querem forçar o moço a disputar um racha apostando seu carro.


 Ah! E sua namorada também.

Após bastante pensar, o rapaz percebe que não quer se desapegar de seu poçante e aceita o desafio. Afinal, ele, de quebra, ainda pode recuperar a namorada.


Pena que o desafiante joga sujo e ganha a corrida. Pobre rapaz que perdeu seu carro. Pelo menos ganhou sua garota de volta como consolo.


No ensolarado dia seguinte, uma bela garota (Sherilyn Fenn! UIII!) é abordada por um estranho motociclista...


Que é a cara do Charlie Sheen, só que com uma moita bisonha acima da testa e descamisado demais pro meu gosto. 
Ambos se apresentam. 
Certo, o nome dela é Keri e o dele é Jake, mas como Sheen tem mania de usar o próprio prenome na maioria dos seriados e filmes que faz, o chamarei de Charlie mesmo. Nada de Jake! Jake é seu sobrinho.

Keri acha Charlie um pão e lhe pergunta se é novo na cidade, o que é uma pergunta bastante imbecil, pois esta é uma cidade pequena e um cara que você nunca viu está te pedindo informação. Mas Keri é bonita, não precisa fazer perguntas inteligentes.

Charlie pergunta-lhe onde fica certo lugar, e Keri diz que está indo pra lá e pode guiá-lo subindo em sua garupa. Sei, sei.

Packard chega e acaba com a festa dos dois. Aparentemente é obcecado por Keri. Eu até o entendo.


O safardanas então a leva para um banho da cidade, onde a garota aparentemente tomará sol de roupa. Ahh, Sherilyn! Bota um biquininho, vai!


Uhuuu!!! Tank you!!

Por uma acreditável coincidência, Charlie também está no local. Ele só quer ficar observando os atributos de Sherilyn, mas um sujeito meio impertinente chega ao seu lado e puxa conversa.
.
.
.

E lhe pergunta se é novo na cidade.


Tá, ouvir a gracinha da Sherilyn Fenn fazendo uma pergunta idiota é altamente perdoável. Talvez até imperceptível. Mas a mesma pergunta vinda de um loser chato de galocha é outra estória. Charlie, contenha-se para não esmurrá-lo!

Billy, o chato, começa a contar sua estória de vida a Charlie. Diz onde trabalha, onde estuda, essas coisas deveras interessantes. Também conta que Shelilyn namorava com seu irmão que foi assassinado de forma misteriosa, mas agora é perseguida pelo vilão do filme. E falando neste...


Packard percebe que Charlie está de olho em ‘sua garota’, acha-o familiar e começa a ter um estranho flashback...


Onde ele e sua gangue invadem a privacidade de um casal que está no bem-bom e começam a torturar o cara. Cara esse que não sei se é digno de nossa pena, pois olhando a imagem acima, vemos que usa uma cueca bege! Bege e transparente!! BEGE, TRANSPARENTE E FIO DENTAL!!! Mas tudo bem, vai. Estamos nos anos 80. Julgar o bom gosto desse pessoal é forçação de barra.


Essa cena do sujeito apanhando era a que eu achava violenta. A garota que estava sendo comida reconhecemos como sendo Sherilyn, mas seu namorado agora sendo massacrado é um estranho. Será?

Mudando de cenário, vamos para o Big Kay’s Burger - o Gigabyte da cidade -, onde Sherilyn e Billy trabalham.


E onde só existem garçonetes gostosas (incluindo Sherilyn) que usam roupas provocantes e te atendem de patins, sorrindo e dançando rock n’ roll.


 O universo onde se passa esse filme é utópico demais. Tô gostando.

Nessa cena Sherilyn chega a Billy, que prepara os hambúrgueres, e diz: - “Um caubói quer dois hambúrgueres bem mal-passados.” No que Billy responde: - “Vão ficar tão mal-passados que um veterinário iria adorar!”

Ual! Que diálogos afiados e bem sacados!

No fim do expediente, Sherilyn pega carona com seu amigo Billy. Ou pelo menos tenta, pois Packard e sua trupe logo chegam pra atazanar novamente a moça.


Sim, esse cara vai ficar pentelhando todo mundo o filme inteiro, então agüentem. Pobre Sherilyn... E percebo que há um bom tempo a tenho chamado também pelo nome da atriz e não pelo da personagem. Que seja.

Packard manda Sherilyn sair do carro enquanto ‘propõe’ a Billy mais um racha ‘justo’ e de ‘iguais chances’ em troca de seu carro, quando de repente...


Surge o misterioso turbo preto ultramoderno!!! Caramba!! Quem será o motorista desse carro?? Mal podemos imaginar, não é?

Um dos capangas de Packard o segue e logo os dois estão num racha involuntário. O carro preto o ultrapassa e some de vista, até que o capanga dá uma acelerada e o alcança... mas de uma maneira inesperada.


Putz! O carro misterioso está atravessado e parado na sua frente!! Não vai dar tempo de frear e os dois vão pro espaço!!!


Eu não disse?

Mas espera aí...


Alakazan!!! E o poçante misterioso se recompõe como num passe de mágica!

Será que o carinha do outro carro sobreviveu também?


Huumm... Acho que não. O motorista do além ainda por cima arrancou os olhos do cadáver, de forma que seu rosto ficasse parecido com a máscara do Michael Myers. Embora pra mim pareça mais que passaram tinta preta em suas pálpebras, mas fiquemos com a primeira versão apresentada. 

Aliás, apesar dos olhos arrancados o corpo ficou praticamente intacto! Brrrrr!!


O típico xerife-durão-de-cidade-americana-do-interior não fica muito feliz com isso e dá uma dura em Packard e seus comparsas, dizendo para não saírem da cidade e que vão se dar mal se tiverem alguma coisa a ver com o incidente. Que meda do meninão!

No oficina onde Packard e seus seguidores mantém seus carros ganhos ‘honestamente’, o misterioso vingador aparece de repente. Enquanto alguns se escondem feito maricóns de bosta, outros têm flashbacks parecidos com o que Packard teve anteriormente.


O intruso começa a mandar tudo pelos ares.


Packard não fica muito feliz em ver sua oficina e seus carros sendo destruídos, mas finge não estar com medo. Olha ele lá atrás fazendo pose de durão. Mas aposto que a primeira coisa que vai fazer quando isso acabar é trocar de cueca.

 Após destruir quase tudo, nosso herói (?) some misteriosamente.

Mas não por muito tempo, pois no dia seguinte o mesmo deixa uma carta no carro do vilão desafiando-o para um racha. Agora é treta!

A gangue de ladrões de carro vai até o local combinado...


E lá vem o desafiante futurista e enigmático. Mas não será o lider o desafiado, e sim outro membro bucha de canhão de sua corja. 
Claro! Pois se for Packard ele vai morrer na metade do filme e isso não fará muito sentido. O herói do filme tem que matar todos os minions até chegar ao chefão final para aí sim dar fim nele quando a película estiver para acabar. São as regras da dramaturgia pop.


Antes do pega-pra-capar, o integrante nerd da turma de arruaceiros – que pelo cabelo deve ser parente do Beakman ou do Henry Spencer (do filme Eraserhead) – pede para nosso anti-herói mostrar o motor do carro para ele instalar um rádio em seu sistema elétrico (ou alguma merda do tipo. Não entendo de carros.) para não haver trapaças. Da parte dele, claro.

Quando o motor é mostrado...


OOOOOHH!!! Beakman fica impressionado com a potencia sobrenatural do motor e pede para Packard dar uma olhada, mas o mau-elemento não quer saber e diz para iniciarem logo a corrida.

O racha se inicia...


E o que você acha que acontece com um bucha de canhão em uma corrida mortal com um protagonista vingativo em um carro com super poderes? Exatamente. Então vou resumir em uma imagem.


É. Nem preciso dizer que o turbo interceptor se reconstituiu depois.

Em uma ocasião posterior, Charlie pega Sherilyn na saída do Big Kay’s e lhe dá carona até em casa, não sem antes enfrentar uma perseguição por parte de alguns capangas de Packard que tentaram matá-lo. Nada demais para um herói cafona de centésima categoria.


Claro que Charlie dá uns amassos na garota. Mas algo me diz que ambos estão sendo observados por alguém mau, muito mau...


Minha intuição masculina não falha nunca. Exceto uma vez em que... deixa pra lá.  Packard segue Charlie, que some purpurinamente junto com sua motocicleta. E logo em seguida alguém dá uma encochada forte na traseira do carro do vilão!


Que é forte o suficiente para lançá-lo até um cemitério providencialmente localizado. E caso você seja um autista e não tenha percebido, o carro que o bateu foi “aquele” mesmo.

No cemitério, Packard vê o sombrio motorista saindo de trás de um túmulo. Túmulo este com o nome do vilão escrito na lápide!!!


Ai, ai, ai, Packard. Quero ver você dar uma de machão agora e fingir que não está com medo. Eu pelo menos estaria gritando pela minha mãe e dando graças a Deus se estivesse com uma calça marrom no momento.

Que foi?? Se você visse um sujeito com um macacão de rali do século 28 saindo de trás de um túmulo com seu nome no epitáfio, também estaria quebrando castanha com o cu.

Mas assim como todos os fantasmas e extraterrestres normais, a aparição só queria pregar um sustinho no vilão e logo desaparece sem deixar rastros. Danadinho...


Um outro dia qualquer (mais provavelmente o seguinte) Charlie, que não é bobo nem nada, leva Sherilyn para um banho num lugar isolado. A garota começa a falar que gosta de estar ali com ele e que não conseguiu dormir direito a noite passada por causa de um sonho estranho.

Charlie se excita com as possibilidades molhadas desse sonho. Ainda bem que está com a parte de baixo do corpo pra dentro da água, pra não dar na vista suas reais intenções.

Mas Sherilyn diz que o sonho era sobre um cara que vive na lua e fica rindo dela (Cuma???) e depois começa a falar de seu falecido ex-namorado.


Huuummm... Não era exatamente o que você queria ouvir, não é Charlie?
Mas calma aí, garanhão. Porque...


Sim, eles chegam aos finalmente.

E sim, Sherilyn termina de abaixar seu maiô! E no filme vemos seu turbinado melão direito.

BRUNO, LAZARENTO DOS INFERNOS!!! SE VOCÊ NÃO TEM PROBLEMAS EM MOSTRAR NUDEZ EM SEU BLOG, POR QUÊ NÃO MOSTROU A CENA QUE MAIS QUERÍAMOS VER???? SEU PEDERASTA DOS DIABOS!!! PANACA DE MEIA TIGELA!!!BOBOCA!!! SEU... SEU...

Calma aí, camaradinha. Eu não mostrei porque quero que você assista ao filme! E seu objetivo é só vê-la nua, por acaso? Se for por isso, ela também aparece pelada nos flashbacks e eu sei de vários links de fotos da Sherilyn Fenn totalmente nua, mas não é por isso que vou postar essas coisas aqui. Corra atrás! Há! Bobão!

Continuando. O típico xerife-durão-de-cidade-americana-do-interior convoca os arruaceiros da cidade para uma conversinha na delegacia, e lhes avisa do perigo que estão correndo, pois o estranho visitante parece interessado apenas em matá-los.


Claro que, como o durão que é, ele não se intimida diante da maior corja da cidade e fica picotando papel enquanto fala.

E como prova ainda maior de sua macheza provinciana e norte-americana, ainda faz uma alusão aos membros da gangue sendo mortos usando o papel que cortou em forma de corpos decapitados!


Se esse cara não come ovos com bacon e panquecas no café da manhã, ninguém mais o faz.

No galpão dos vilões, Skank e Gutterboy - dois capachos de Packard que tem o QI de uma torta de limão - estão planejando sair pra transar à noite, já que estão na seca há quatro dias.


Olha, você moça que faz sexo com esses caras: Não sei se te dou parabéns chorando ou um peteleco na testa. 

Mas de repente, olha só quem aparece novamente pra fazer uma visitinha...


Mas parece que ele não está com o humor em dia hoje, pois...


E lá se vai o quartel general dos caras maus, com Skank e Gutterboy dentro.

O típico xerife-durão-de-cidade-americana-do-interior chega no local dos destroços e encontra Beakman, que agora é o ultimo sobrevivente da gangue junto com Packard e por isso acha que é o próximo da lista.


Beakman acha que o garoto do carro é Jamie Hankins, o namorado de Sherilyn e irmão de Billy que foi torturado e morto pela gangue, e que agora voltou para se vingar de todos. O típico xerife-durão-de-cidade-americana-do-interior diz a Beakman que está louco se acha que um fantasma voltou do tártaro para fazer justiça, mas o nerd insiste: - “Eu juro, senhor típico xerife-durão-de-cidade-americana-do-interior, que era Jamie! Eu vi seus olhos! Eu tive um mal pressentimento sobre isso tudo antes!”

Packard entra em desespero e vai até o Big Kay's seqüestrar Sherilyn e levá-la para um lugar bem distante onde o fantasma cibernético (tenho que ficar inventando um nome novo pro sujeito toda vez que o menciono! Aff! Ainda bem que isso tá acabando!) não possa matá-lo.


Billy tenta dar uma de herói, mas logicamente leva um cacete do vilão. Ser magrelo, raquítico e usar uma faixa na cabeça só funciona nos filmes do Katarê Kid. E olhe lá!
Packard então arrasta Sherilyn consigo e ela cai para o nível das típicas donzelas indefesas seqüestradas pelo vilão. Tsc tsc. É a Princesa Peach fazendo escola.


Quê? A calcinha dela é branca? Se você não tivesse me dito eu nunca perceberia. Seu sujinho!

Será que o malfeitor conseguirá levar nossa musa para um lugar distante e transformará sua vida num inferno eterno???

É hora para o herói da história agir! Mas será que ele conseguirá? Pois o típico xerife-durão-de-cidade-americana-do-interior botou todas as viaturas da cidade atrás dele. Droga!!


E agora, meu??? Conseguirá o homem de preto salvar o dia??? Quem é esse cara, afinal??? E por que ele arranca os olhos daqueles que mata??? O que o finado namorado de Sherilyn tem a ver com essa história toda??? E o que Charlie tem a ver com essa história toda??? Será que mais uma pessoa irá lhe perguntar se é novo na cidade e ele finalmente perderá a paciência??? Serão as peitcholas de Sherilyn avantajadas e belas o suficiente para valerem a assistida dos cuecas (spoiler: SIM!)????

Tudo isso e muito mais você descobrirá em...

THE WRAITH!!!!

NOTA: 7,8

A Aparição virou um pequeno cult dos anos oitenta, tendo muitos dos elementos que caracterizaram (e caricaturizaram) a dita década perdida. Se fosse para analisar seriamente o filme, com certeza o mesmo levaria uma nota bem mais baixa. Os diálogos são pobrinhos, as atuações são forçadas e cartunescas e a história é deveras previsível. É obvio que Charlie é o cara do carro sobrenatural, assim como é obvio que foi Packard quem matou o namorado de Sherilyn, embora os roteiristas pareçam querer manter essas coisas como surpresa até certo ponto do filme.
Mas quer saber? Nada disso tem importância! Esses defeitos primários só servem para deixar o filme mais legal, pois acrescenta humor involuntário à uma película que jamais deve ser levada à sério. Só houve dois defeitos que realmente achei relevantes: O primeiro é aquela falha que de vez em quando acontece, quando os roteiristas criam um herói poderoso demais e temos a lúcida sensação de que os vilões não têm sequer uma chance de vitória e o roteiro fica seguimentado demais. Isso conseqüentemente leva à segunda coisa que me incomodou: O confronto final entre o herói e o vilão no gran finale, que poderia ter um pouco mais de emoção ao invés ser uma mera xerox das outras cenas onde o vingador aniquila os membros menos importante da gangue.
Mas essas falhas se tornam pequenas ao longo do filme. As cenas de ação não são toscas, e sim muito bem elaboradas. A trilha sonora do filme é fantástica. Sério! Temos ótimas músicas tipicamente oitentistas tocando o filme inteiro, quase ininterruptamente, sem nunca se tornarem enjoativas e só enriquecendo a fita. Grande parte dos mistérios acabam nunca são respondidos, o que não é ruim. Isso torna a coisa mais enigmática e nos força a ficar conjecturando sobre o que poderia ser aquilo. O momento final - após o embate contra o vilão - é realmente comovente e satisfatório, mesmo que não faça muito (ou nenhum!) sentido.

Enfim, um típico filme B bem legal Altamente recomendável por mim. 

Então nos vemos semana que vem nesta mesma hora e neste mesmo canal!

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