Como eu havia dito no post anterior, sobre os 10 filmes que todo mundo acha bons menos eu, dessa vez farei o oposto e falarei daqueles filmes que considero super injustiçados, super subestimados e pelos quais passei anos dentro de casa cortando os braços com bolacha Maria ao som de Raça Negra, de tanta depressão pela sacanagem que a humanidade fez com eles. Mas dessa vez farei justiça! Jogarei na cara da sociedade as verdades sobre tais películas e, tal qual Bruce Wayne dentro daquela prisão em forma de poço de Itu, às farei ressurgir!!
Arf, à quem estou tentando enganar? Isso não dar em nada com certreza. Mas pelo menos acho que me sentirei melhor lá no fim, então vamos neussann.
10 – A Praia
A Praia
consegue uma característica rara e admirável: Ter um clima praiano e tropical e
ao mesmo tempo uma atmosfera sombria, por vezes violenta e cheia de suspense. E
por mais que tenha gente que torça o nariz para o filme, considero uma das
obras-primas do Danny Boyle. Dicaprio está em um de seus melhores papeis, e
todos os outros personagens tem uma personalidade forte e verossímil, que
realmente tão um tom realista à eles e os torna muito memoráveis. É impossível
esquecer tão cedo Tildas Swinton e seu amor incondicional à Ilha (pena pro
Jacob que ela não viveu no mesmo universo de Lost), ou da curta participação de
Robert Carlily como o enlouquecido Patolino, que mesmo aparecendo bem pouco, se
torna tão memorável quanto qualquer um dos principais. O filme ainda nos presenteia
com alguns momentos em que o protagonista Richard externa seu estado de
insanidade em um momento-limite em forma de um jogo de vídeo game! Sim, vemos
Leo se movendo e interagindo com uma floresta como se estivesse dentro de um jogo
de 64 bits. Clima praiano, momentos macabros e edição de vídeo game! Foi isso o que mais
me atraiu em A Praia: O fato de ser um filme bem diferente, desde o enredo
incomum ao desenvolver da trama e da narrativa, que é totalmente imprevisível e
irregular (o que para alguns é um defeito grande, mas para mim é deleite). O
longa também é um excelente análise do ser humano, em momentos que poderiam
gerar excelentes discursões sobre confiança, bondade e caráter, como na ocasião
em que um habitante da praia é ferido gravemente por um tubarão e abandonado
por seus colegas (incluindo Richard) no meio do mato para morrer só pelo fato
dos seus gemidos de dor incomodá-los.
O filme passou por
constantes mudanças no roteiro durante as filmagens, o que gerou bastante inconstância
no seu desenvolvimento, mas juro que não percebi isso, pois pra mim ele fecha
de maneira bem satisfatória e emocionante.
9
– Adorável Pecadora
Vocês provavelmente
não sabem (se de quem me conhece quase ninguém sabe, imagine vocês que nem tchum),
mas sou um grande fã de Marilyn Monroe. Acho-a uma das mulheres mais belas e sensuais
que já pisaram neste pequeno pacotinho fecal chamado Via Láctea, uma
personalidade instigante e uma atriz com um excelente timing para o humor. Some isso ao fato de eu adorar musicais e
comédias bobas dos anos sessenta e cinquenta e pronto, você tem um fã de Norma
Jean! Certamente chegará o dia em que farei um post só sobre ela.
Considerado
o filme mais fraco da Marilynzinha (JAMAIS! Nada é pior que Bus Stop, mas um
dia falarei disso), Lets Make Love quase não saiu. Marilyn estava acima do peso
devido a gravidez (perdeu o bebê, inclusive), quase enlouqueceu o diretor
George Cukor, que teve que se virar para não deixar isso evidente, evitando
tomadas muito abertas do corpo da atriz para dar aquela disfarçada marota. Seu
marido na época reescreveu o roteiro para aumentar seu papel, o que gerou
aborrecimentos e desistências. A loira ainda teve um caso com o astro Yves
Montand, sendo que ambos eram casados na época. Enfim, foi uma putaria só.
Apesar de
não ter sido exatamente um fracasso, este filme foi arduamente criticado. A
direção preguiçosa e amadora de Cukor, a trama não convincente e a falta de
carisma do protagonista Yves Montand, que de fato estava visivelmente perdido
ali, com um personagem fraco e sem atitude em mãos. Aqui Montand interpreta um
bilionário que, em uma visita aos bastidores de uma peça da Brodway, é
confundido com um de seus imitadores. Acaba se apaixonando a primeira vista
pela delicada atriz Amanda (Monroe), e aproveita a confusão para continuar
frequentando o lugar e assim se aproximar da moça. Contrariando todo o glamour
das cenas mais importantes de seus outros filmes musicais, este opta pelo
minimalismo. Nenhuma das canções são executadas de maneira “espontânea”, como
nos musicais mais fantasiosos, e nem em cenários luxuosos e berrantes, como em
Os Homens Preferem as Loiras, mas sim em bastidores e ensaios dos artistas para
alguma apresentação. Todos com um fundo negro, apostando mais nas performances
em si. E o fato deste filme ter sido realizado logo após Quanto Mais quente
Melhor (considerada, com razão, uma das maiores comédias do cinema. Obrigatório,
heim pessoal) tenha-o ofuscado e levado mais rápido ao desapontamento devido a
uma suposta alta expectativa.
Mas apesar
dos pesares, não considero o filme ruim. À começar pelas canções, que são
ótimas. My Heart Belongs to Dead é um clássico. Uma das mais famosas canções
interpretadas por Marilyn, e uma de minhas favoritas. Também destacam-se as
excelentes Expecialization e a própria Lets Make Love. E claro que poucas
pessoas tem o dom de salvar um filme inteiro, ou no mínimo tornando-o altamente
assistível. Marilyn o tem. Sua atuação neste é uma das melhores, e Amanda uma
de suas mais diferenciadas e adoráveis personagens. E devo dizer, agora entre
nós heteros, que Marilynzinha está mais caliente nesse filme do que em qualquer
outro (Cara, vê a performance de My Heart Belongs to Dead e tente não morrer de
tesão). Ou você acha que o fato dela estar mais cheinha é um agravante???
#porfa
Apesar desse
Hulk ser tão verde, mas tão verde, que mais parece um holograma criado pelo
Hall Jordan, eu acho o filme muito bom e mil vezes superior à versão com o
Edward Norton. Aqui temos um diretor bem atípico pra esse tipo de filme e que
deu seu toque pessoal e pouco hollywoodiano ao personagem. Não parece um filme
de super-herói, e sim um thriller psicológico e experimental. Ang Lee deu um fuck off pras convenções e
criou um longa introspectivo, compassado, que demora bastante tempo explicando
e até vermos o bichão verde (Mas como é verde! Puta que o pariu!) em ação já se
passaram bons minutos. Os personagens aqui são bem complexos, desde o próprio
Bruce Banner de Eric Bana ao seu controverso pai, vivido por um empenhado Nick
Nolte. A relação entre eles é trabalhada com profundidade e de maneira bem
tridimensional. Nada de soluções fáceis para tramas e subtramas.
Outra
coisa que achei bem legal foi a edição do filme, estilosa, rica em detalhes e
cheias de referencias, como os pensamentos atormentados de Bruce nas vezes em
que este está prestes à se transformar, que mostram imagens de lagartos e
desertos, entre outras coisas, e que remetem à filmes e séries antigos de
ficção científica. Outra cena que também faz menção aos mesmos filmes e séries
é a que o pai está disfarçado de
faxineiro, e quando limpa o chão molhado com o rodo, a edição aproveita para
pular para o próximo take com um corte lembrando uma água escorrendo pela tela,
em um saudoso efeito de corte de cena. Outras cenas mostram quadros na tela que
imediatamente nos lembram dos quadrinhos, apesar deste filme definitivamente
não parecer ser baseado em um. Os flashbacks são um caso à parte, utilizados de
maneira bem esperta e aumentando a carga dramática e onírica do filme.
Por não
ser um filme de fácil digestão, o resultado foi um fracasso de público e em
2008 o estúdio resolveu fazer um filme bem nos padrões comerciais: Sem
conteúdo, com uma história rasa, personagens rasos e Tim Blake Nelson fazendo
papel de bocó. Mas eu fico com a versão verde-cheguei de 2003 disparado!
Kika é uma
tentativa ousada de Almodóvar de fazer um humor no limite, e eu até entendo as
pessoas que não gostaram do filme. Ele é bem exagerado. Seja nas cores, nos
diálogos nas cenas cômicas. Mas como bom amante do humor negro, eu não consegui
deixar de gostar deste que foi um fracasso de público e crítica quando lançado
em 1993. Talvez a cena que mais exemplifique este tom barroco de humor seja aquela em que a fogosa protagonista é estuprada por um marginal por longos
minutos, e mesmo assim Almodóvar dá um tom cômico durante toda a sequência.
Nada de sofrimento, drama ou trauma pós-estupro, pois em Kika simplesmente não
há lugar para isso.
O elenco,
como sempre nos filmes do cineasta, é soberbo. Verónica Forqué vive a
maquiadora Kika, que, como a maioria das protagonistas do diretor, poderia até
ser uma pessoa do nosso cotidiano tentando consertar os pequenos caos do
universo ao seu redor. Peter Coyote e Victoria Abril também estão excelentes,
esta ultima aliás, vivendo uma apresentadora de tv sensacionalista e apelativa
que usa uma um “roupa-câmera” bem hilária.
O filme
ainda fala sobre voyeurismo e o poder negativo da mídia de forma bem leve e
inteligente.
Kika não
chega ao patamat de outras obras geniais de Almodóvar como Tudo Sobre Minha
Mãe, Fale com Ela e Volver, mas juro que o coloco no mesmo nível de outros
excelentes filmes como Mulheres à Beira de um Ataque de Nervos, Carne Trêmula e
Má Educação.
Esse é um
típico caso de filme que não se sustenta justamente pelo peso que tem que
carregar de seu antecessor. E neste caso, são dois. O Poderoso Chefão I e II
foram filmes tão bons e chegaram à um nível tão intocável de clássicos, que
muitos consideraram desnecessária e estupida a ideia de Coppola criar uma
terceira sequencia. Isso, claro, fez com que boa parte o publico já fosse ao
cinema com o nariz torto, o que impossibilitou perceberem o quanto este filme
tem de bom. Eu realmente achei que o ciclo não estava completo no fim do
segundo filme e precisava ser fechado com mais prioridade, missão esta que este
terceiro cumpriu com maestria. O legal aqui é que Michael está mais perturbado
do que nunca, e seus pecados do passado começam à atormentá-lo. Já com idade
meio avançada, o chefão chega a ter delírios com seu irmão Fredo (que ele
mandou “fechar” no final do segundo longa) quando passa mal. Al Pacino consegue
deixar seu personagem mais cativante que antes, já que está tentando consertar
seus erros ao mesmo tempo que não consegue sair dessa vida de colarinho branco
(e quem consegue, né mermo?). O final é trágico, mas encerra satisfatoriamente
e com estilo a história dos Corleone.
Andy
Garcia também está ótimo como o jovem e putinho filho de Sonny, que está aqui
para dar continuidade nos negócios de Michael.
Muitas das
reclamações sobre o filme é a participação da Sô fia do Coppola e sua “atuação” digna de uma porta, mas sua
personagem é bem necessária para o desfecho da trama.
Um filme
que tem um ótimo roteiro, um bom desfecho e Bridget Fonda dando uma transada.
Durante
algum tempo rolaram até rumores sobre um quarto filme, no qual Andy Garcia
faria as vezes do padrinho. Claro que os fãs mais escrotos repudiaram a ideia,
mas eu pagaria pra ver principalmente por isso, pois eu quero mesmo é ver o
circo pegar fogo, uhuhuhuhohohohohehehehe (risada do Coringa) ...
“Dos
produtores de Alice in Wonderland” Isso era para atrair público?
Tsc,
tsc. Esses estagiários...
|
Esse é o
famoso filme que fez com que a princesinha pálida fosse morder a maçã em outros
territórios (leia: dentro do zíper do diretor) e deixou seu vampiruxo coçando a
testa e pagando de chifronésio pro mundo inteiro. Arf! Tô parecendo a Fabíola
Reipert!
Mas olha,
independente das altas críticas negativas, eu achei o filme bem ok. Os cenários
são deslumbrantes, principalmente, é claro, a parte das florestas, Charlize
Theron está ótima em sua entrega total à personagem Ravenna, e até o triangulo
amoroso criado entre Branca de Neve, o caçador e o príncipe, que de início
gerava expectativas ruins por lembrar o enredo de Crepúsculo, tem um proposito
que encerra o filme de forma ambígua e intrigante.
A ideia de
apresentar um conto de fadas de maneira mais próxima da versão original, mais
sombria e adulta, sempre me agradou e acho que aqui eles conseguiram ser bem
sucedidos nisso. Inclusive colocarem Branca de neve em uma posição mais
proativa agindo como uma guerreira veio bem a calhar.
Até mesmo
os oito anões (!) estão, digamos, mais humanizados. Ainda fazem o papel de
alívio cômico, mas desta vez eles tem seus momentos mais sérios e reais (há
morte entre eles e tal).
Ok, ok,
sei o que vocês estão esperando, então chegou a vez de falar: Kristen Stewart.
E não vou fazer nenhum comentário a respeito de Crepúsculo, pois há algum tempo
criei uma política pessoal de nunca falar mal dessa franquia aqui no blog (ou
em qualquer outro lugar). E também não vou fazer piadinhas sobre
inexpressividade envolvendo a atriz, pois já existem outras 6 bnilhoes e 999
mil pessoas fazendo isso e se achando bem originais. O fato é que Stew recebeu o selo de aprovação do blog
Pruno’s Land (risos) pelo papel. Ela é branca, bonita e caiu bem na personagem.
Não fez feio. Ponto.
...
...........
......
AFFF!! EU
BEM QUE TENTEI MAS NÃO CONSIGO ME CONTER!! QIEM ESTOU TENTANDO ENGANAR???
QUANDO VEJO KRISTEN STEWART EU FALTO ENLOUQUECER!!!! FAP! FAP! FAP!
PRA MIM
ELA É A MULHER MAIS PERFEITA DO UNIVERSO!!!! TODA VEZ QUE À VEJO PARACE QUE TEM
UM ANIMAL DENTRO DE MIM QUE QUER POSSUÍ-LA DE TODAS AS MANEIRAS!!!! FAP! FAP!
FAP! VOCÊS ACHAM MESMO QUE EU IRIA FICAR PRESTANDO ATENÇÃO NA ATUAÇÃO
DELA?????? FAP! FAP! Fap. fap. fap...
.............
......
Ok,
pessoal, já consegui acalmar o Hyde dentro de mim. Dr. Jekyll pode voltar a
trabalhar e eu já posso destrancar a porta do meu quarto.
Enfim,
boas cenas de ação, excelentes efeitos, e um roteiro que beira a se perder, mas
consegue manter-se no eixo. Até a cena envolvendo Branca de neve e um animal
fantástico similar à um antílope que eu não sei se foi uma homenagem ou um puta
plágio descarado e miserável de Princesa Mononoke do Miyazaki me agradou.
Esse filme
é do caçamba! Esse filme é foda! Sério, sei que a maioria de vocês adoram o
primeiro Garotos Perdidos e abominam ou simplesmente ignoram as tardias
continuações diretamente lançadas em vídeo. O segundo filme realmente é fraco.
Nem mesmo as participações especiais de Tom Savini (lendário maquiador de
filmes de terror) e de Angus Sutherland, irmão de Kiefer (vilão do primeiro
filme), como o cara mau da vez salvaram o filme. Mais aí Corey Fieldman
conseguiu tirar dinheiro não sei donde pra fazer o terceiro filme e... E fez. E
dessa vez o ator parece ter repensando bastante em todos os erros do filme
anterior para a elaboração deste.
Garotos
Perdidos 3 é um excelente filme de vampiro. Não dá medo, mas nem o primeiro
dava. A questão é que o longa em nenhum momento abusa da inteligência do
espectador, e aposta em cenas de ação decentes, diálogos espertos e uma boa
dose de humor e de imprevisibilidade. Fora os personagens mais óbvios, muitos
deles nos surpreendem, seja quanto a sua sobrevivência ou seu papel e
importância ao longo do filme. E talvez seja isso o mais legal em A Sede: Os
personagens. Eles realmente são carismáticos, principalmente o protagonista.
Edgar Frog é canastrão, inocente, burlesco e corajoso. Um personagem que
poderia figurar tranquilamente entre os caçadores de vampiros mais famosos,
como Van Helsing, Buff e Blade. Há também alguns flashbacks bem legais
mostrando cenas do primeiro filme e uma homenagem muito bacana à Corey Haim,
que faleceu antes das filmagens deste filme e participaria dele, caso tal
tragédia não tivesse acontecido.
Enfim, um
filme que vale a pena dar uma segunda chance. Considero-o infinitamente
superior ao patético remake de A Hora do Espanto com o Colin Farrell, que foi
muito melhor aceito.
E fora que
Tanit Phoenix, uma das mulheres mais tesudas do universo, tá o cão de gostosa
nesse filme. Arrisque e petiscará!
Já que eu
falei mal de Aliens no post passado, tentarei equilibrar o universo falando bem
de outra pérola da franquia neste, se bem que acho que isso só vai piorar minha
reputação com vossas mercês. Esse é considerado o pior filme da série do ET com
cabeça elíptica. Muitos o consideram uma piada de mau gosto. E, sério, eu não
entendo o porquê. ATÓRON esse filme! Ok, é o mais fantasioso dos quatro, e
alguns acontecimentos sem coerência nenhuma (Ex: A Ripley cover se livrando
facilmente do Alien em seu estado parasita, sendo que quando este gruda no
rosto de alguém supostamente não deveria sair jamais) e falta de lógica tanto
do roteiro quando de muitas cenas de ação dão margem para desagrados. Mas este
Alien finalmente assume uma cara de humor negro, do tipo de filme que não se
leva à sério, da ficção científica de terror / ação feita
exclusivamente para divertir. Ele também se livra da enrolação do terceiro
filme, indo direto ao ponto, e dos desinteressantes personagens de apoio do segundo
e até mesmo do primeiro. Aqui não é só Ripley e o bichão em si que nos devem
chamar a atenção, mas um grupo de mercenários espaciais caricatos, o que inclui
uma robô e um atirador com uma pontaria absurdamente absurda. Apesar de rasos,
estes personagens novos são legais pra caralho (compara eles com os soldados
buchas de canhão do segundo filme). Os espectadores que tanto reclamaram da
falta de criatividade da segunda continuação, que além de trazer apenas um
Alien, ainda preencheu o filme com um bando de coadjuvantes praticamente
iguais, agora tem bastante novidades neste quarto. Temos um clone da Ripley
original que é metade Alien (Pasmem! O sangue dela é ácido!), uma Winona Ryder
andriod sentimental (ela brinca sozinha tentando segurar um copo com luvas de
boxe! Que tipo de robô faz isso??); um Ron Perlman fazendo o tipão de bandido
durão mas que no fim das contas é um cara legal, e que não perde a oportunidade
de lascar um beijo NA BOCA de seu colega; um Brad Dourif como um cientista
completamente ensandecido que flerta sexualmente com um dos Aliens (é ver para
crer), e uma total evolução da criatura em questão, que agora não precisa mais
por ovos e de humanos para se reproduzir. Enfim, o enredo agora é realmente
criativo, e talvez ousado demais para que algumas pessoas pudessem aceitar. Os
cenários do filme são ótimos e o alien nunca esteve tão bem feito. Nestes pontos
visuais, claro, o diretor Jean-Pierre Jeunet é impecável. Quem conhece seus
outros trabalhos (Ladrão de Sonhos, O Fabuloso Destino de Amélie Poulain,
Delicatessen, etc) sabe disso. Pena que ele resolveu aventurar seu estilo num
universo com um público não muito versátil nesse sentido.
Um filme
com um tom mais leve, mais vigoroso, menos dramático e mais cartunesco que seus
antecessores, que permanece incompreendido até hoje. ATÉ HOJE...
2
- Os Idiotas
Considero
Dogville o filme mais superestimado do Lars von Trier. Quer dizer, eu gosto do
filme, Nicole Kidman está ótima, e a ideia do cenário ser executado como uma
peça de teatro é realmente criativa. Mas a temática da inocente e sofrida
protagonista feminina já estava cansativa nesse ponto. Eu adorei Ondas do
Destino, amei Dançando no Escuro, mas quando vi Dogville fiquei com aquela cara
de “De novo?? A mesma história da mulher que tem sua boa fé abusada de todas as
maneiras pelas pessoas ao seu redor?? Que porra de obsessão é essa, von
Trier???”
Por outro
lado, acho uma injustiça Os Idiotas geralmente ter criticas medianas e ser
considerado fraco muitas vezes, pois acho um dos melhores e mais ousados trabalhos.
A proposta
do filme é bem interessante: Um grupo de pessoas se reúne em uma casa em
Copenhague para trazer para fora o idiota dentro de si, o que seria uma maneira
de praticar o surto e agir com infantilidade e sandice, para depois saírem em
grupos praticando isso na frente das pessoas, estas nunca desconfiando da
farsa. O objetivo de tal abordagem (que inclui agir como débeis mentais, babar
em público, etc.), que acho meio barata, confesso, seria revelar a postura
hipócrita da sociedade e de seu senso comum.
E se o
enredo já é bom e inusitado, o desenrolar do roteiro é melhor ainda: Muitas
cenas são constrangedoras – Jeppe fazendo dois motoqueiros o ajudarem a urinar,
por pretexto de incapacidade mental – outras são emocionantes – quando o pai de
uma das garotas vai pegá-la à força da “fraternidade” – e outras engraçadas – Katrine
babando na cena da reunião é hilária! - . A protagonista é muito boa. Bodil Jørgensen dá vida a uma mulher frágil e de passado
misterioso, que se junta ao grupo para aprender suas ideologias e agir como
eles. O desenvolver de cada personagem é muito bom e você realmente se apega a
eles. O desfecho também é ótimo e, a despeito de algumas cenas gratuitas de
sexo explícito e de recursos mínimos (von Trier se pôs às limitações do Dogma
95, com gravação em câmera digital, sem trilha e orçamento baixíssimo), nada
tira o brilho e a eficiência deste longa.
Ai, ai. Já
esquentei muito a cabeça defendendo este filho que não é meu, mas lá vai.
Batman Eternamente é bom e é meu filme favorito do Batman, o que não quer dizer
que considero o melhor. Está à anos luz da perfeição (Aliás, Dark Knight Rises
também está), mas o que me aborrece é que considero um filme injustiçado pra caralho.
O principal motivo disso é seu “irmão gêmeo” Batman & Robin, que de tão
ruim o levou junto pro buraco. Ok, vamos pensar um pouco
(#telecurso2000feellings): O Eternamente foi o sucesso de bilheteria quando
lançado. A infâmia só veio quando surgiu B&R, pois daí as pessoas começaram
à perceber o quanto Joel Schumacher era ruim dirigindo filmes de super heróis e
como os filmes de Tim Burton eram mais sombrios e descolados. Também perceberam
que é super cool generalizar e falar mal dos filmes do Schumacher e de como eles eram
coloridos e descabeçados. Ora, BE realmente é mais iluminado e berrante que
seus antecessores, mas nem se compara àquela coisa carnavalesca de sua
sequência. E apesar das excessivas luzes de neon que deviam dar muito prejuízo
à prefeitura de da cidade, considero a melhor Gothan dos filmes do herói. É bem
mais enriquecida em cenários que os filmes de Burton e realmente parece uma
Gothan City, né Nolan?
Val Kilmer
como Batman é meio inexpressivo às vezes, mas isso só lhe dá um ar de cansaço
introspectivo daquele caos todo que é sua vida. É o Bruce Wayne mais atormentado
de todos (o cara chega à ter pesadelos acordado com a morte dos pais!). Tommy
Lee Jones realmente cometeu um erro em não fazer pesquisa de personagem e age
da maneira mais bidimensional que alguém interpretando Duas Caras jamais
deveria fazer. Harvey, embora com bem mais tempo de tela, chegou a ser mais mal aproveitado do que quando interpretado por Aaron Eckhart e Billy Dee Willians nos outros filmes. Mas ele acaba se tornando um tipo de vilão “Seek & Destroy”
do tipo T 1000, cuja única função é perseguir e destruir o herói a qualquer
custo. E eu adoro esse tipo de vilão. Jin Carrey também interpretou Charada de
uma maneira bem pessoal e diferente do original, enfurecendo os fãs mais
conservadores, mas não há como negar que ele caiu como uma luva no personagem. E
Chris O’Donnell teve um bom desenvolvimento do jovem enfurecido Dick até se
transformar em Robin.
É um filme
sobe vingança e obsessão. Seja de Dick em relação à Harvey, Harvey em relação
ao Batman ou Edward Nigma em relação à Bruce. Neste ultimo caso, Carrey
interpreta de maneira impressionante a obsessão de seu personagem em relação ao
seu rival (reparem que ele chaga a imitar todos os seus movimentos, como ao
tirar e colocar os óculos na cena da festa). Há diálogos e cenas bem
impactantes, como quando Bruce tem sua casa invadida pelos vilões e leva um
tiro na testa, e em seu primeiro encontro com Dick agora transformado em Robin.
AS cenas de ação também são bem decentes e até a maneira como Batman derrota
Duas Caras foi bem inteligente (não sei daonde o herói tirou todas aquelas
moedas na hora, mas deve ter sido dolorido), usando mais o cérebro do que a
força bruta, exatamente como o Batman deve ser.
E chega. Não adianta
eu falar mais porque esse filme vai continuar sendo mal visto. Só não o
coloquem no mesmo patamar de Batman & Robin, pois ele obviamente é muito
superior.
Então é isso. Sem mais delongas, acho que tô um pouco mais aliviado agora. Podem me esculachar aí embaixo se quiserem, mas lembrem-se que os deuses do cinema estão vendo (e estão do meu lado, acreditem!). Prometo que o próximo post será mais curto. Abssssssssssssss