sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Análise de Cena: Gavan – A Base Secreta do Mal



Uchuu Keiji Gyaban foi o primeiro tokusatsu do estilo Metal Hero criado pela Toei em 1982, e faz parte de uma trilogia de séries do gênero, sendo seguido por Sharivan, sua continuação direta, e finalmente por Shaider. Essas três séries eram bastante parecidas umas com as outras, só mudando uniforme dos personagens, um pouco da história deles e alterando porcamente os vilões. Embora Gavan e Sharivan tenham feito bastante sucesso em seu país, o terceiro da trilogia, Shaider, foi um fracasso, forçando a produtora a mudar um pouco seu estilo. Jaspion foi o primeiro a apostar em uma formula um pouco diferente, e conseqüentemente ganhando uma qualidade melhor, embora tenha igualmente fracassado com o público. Bom, mas voltando ao Gavan, esta série já foi exibida no Brasil pela Globo e pela Gazeta, mas não causou muito alarde (ao contrário de Jaspion, que fez sucesso aqui mas lá não). Enfin, Gavan é uma dessas séries tosqueiras bem legais. Aqui vai uma análise do primeiro episódio.

O grupo de piratas do espaço Maku é convocado por seu líder para uma importante missão: Colonizar a Terra, inserindo o crime e a maldade e acabar com toda a bondade que existe no planeta. O que eles ganham com isso? Cara, eles são maus, não precisam de motivos.




Aliás, esse aí embaixo é o líder do grupo, Don Holar (agora tira o “r” que fica engraçado).



Que é mais ou menos uma mistura de bosta com lixo, então nem sei porque perdi tempo falando dele.


Os subordinados logo começam destruindo uma colônia espacial, para em seguida começar a tocar o terror na Terra (entenda: Tóquio).




Um japonesinho qualquer-nota acorda sua irmã para lhe avisar que uma coisa muito estranha está acontecendo.



Ambos saem de casa e se deparam com várias espaçonaves sobrevoando a cidade. Então, em um lapso genial de dedução, o garoto grita: “Eles são extraterrestre!”


Sandy e Júnior do apocalipse
Descobriu o Brasil, lesão. Provavelmente esses dois participaram bastante da trama ainda.


Somos informados pelo narrador toscasso que o grupo Maku já vinha construindo sua base secreta na Terra há muito tempo, e agora eles se mudam de vez pra cá.

Bom, tá na hora de conhecer nosso herói já. Gavan é um policial do espaço que está vindo de seu planeta natal chamado Pássaro a Terra impedir Maku de concluir sua missão.



Gavan está tranqüilo e calmo em sua nave quando recebe a visita hologramática do que parecem ser dois mentores seus.


A conversa que se segue só serve como desculpa para sabermos mais sobre o personagem principal, como por exemplo, que sua mãe nasceu na Terra e que o vilão Caçador Maligno já foi um policial do espaço no passado, além de ter um nome idiota.
Pelo menos a mulher aí a esquerda é bem tesudinha, mas fiquei com preguiça de da um print mais perto dela.

E parece que a organização Maku já descobriu os planos de Gavan, e logo manda seus minions atacarem sua nave.


Mas Gavan é macaco velho e já sabe que esse minions de tokusatsu não são de nada e manda um “Podem vir, Maku!!”. Até aí tava mandando bem, mas em seguida dá a ordem em voz alta: “Raios lazer, preparar para ação!!”


Mas precisava dar o comando gritando?? Não era só apertar o botão, porra?

Como era de se esperar, nosso herói se livra dos piratas espaciais rapidoles, mas logo descobre que não está sozinho na nave.

“Chichi, assim o Goku vai ficar com ciúmes...”
Mimi entrou escondida na nave de Gavan e quer porque quer ir... digo... vir para a Terra com ele. Como ela é filha do comandante Kom, Gavan não quer levá-la junto de jeito maneira, ou pode perder o emprego se o chefe desconfiar que ele está comendo sua filha.

Mimi, não se dando por vencida, se transforma num pássaro!! E sai voando para a Terra para lá... digo... cá se encontrar com o herói.


Primeiro que eu não sei como ela conseguiu sair da nave, ainda mais nessa forma. Agora, vai me dizer que ESSE passarinho veio voando pelo espaço sideral até nosso planeta??? Tá, né.


Gavan chega a Terra todo maroto e estaciona sua discreta nave em um lugar qualquer, sem nem se preocupar se algum paparazzi iria bisbilhotar. Essa cena, aliás, abre mais uma vez espaço para o narrador falar mais sobre nosso herói. Agora descobrimos que o fato de Gavan ter um pai do planeta Pássaro e uma mãe terráquea lhe dá uma vantagem enorme quando tem que travar combate em nosso terreno. O porquê disso não me pergunte, por favor.
E eu fico me perguntando como os pais dele se conheceram. Imagino que tenha sido pela internet, com a banda larga mais potente do universo.

Bom, Gavan chega a Terra e logo o vemos dirigindo um carro. Roubou de alguém, o que é mais provável já que ele, sendo um ET, não tem documentos necessários pra alugar porra nenhuma.

E adivinha quem ele encontra na estrada...

Mimi!! Não lembro deles terem marcando um ponto de encontro, como se encontraram, meu Deus??? Essa só pode ser a coincidência mais do caralho do mundo!



Longe Dalí (mais ainda em Tóquio, OOOObviamente), o garoto Yuuchi, o mesmo que apareceu com a irmã mais acima, seguiu as espaçonaves até sua base secreta com uns coleguinhas. Tá de brincadeira que só um bando de crianças conseguiu fazer isso!!

Yuuchi é o da direita. Não... é o lá de trás... Não, acho que é o da esquerda... não... peraí...
Eles vêem que membros menos expressivos do grupo Maku estão trabalhando pesado na mudança para o novo esconderijo na Terra.



De repente, os garotos são descobertos e dão no pé!



E por estar correndo pela água com esse short tão curto, imagino que Yuuchi vai estar tremendo na cama com uma pneumonia terminal no outro dia. Isso se antes não for pego pelos caras maus. De qualquer jeito tá fudido.


Só falta me dizer que um bando de moleques vai ser mais rápido que capangas treinados e conseguirão escapar! Credibilidade, cadê tu?



Ahá! Finalmente um pouco de verossimilhança nessa joça. Quero ver agora esses caras trucidarem e fazerem baby beef humano desses pivetes. 


PUUUUU...taquipariu. Gavan chega justamente na hora e acaba com a farra. Coincidências do caralho a gente vê por aqui.

Enquanto Mimi cuida das crianças, Gavan finaliza os inimigos facilmente, até que um típico monstro de tokusatsu desses que só aparecem em um episódio e morrem cai em cima do policial do espaço.


E pra termos certeza de que tem um bichão bizarro pulando de uma ponte em direção à câmera...


A mesmíssima cena é mostrada DUAS vezes!


O monstro interessantemente rasteja pelo chão e dá umas rasteiras em Gavan, o que me lembra um pouco uns golpes apelativos que eu dava com o Bison e o Veja jogando Street Fighter contra a máquina (e contra alguns amigos quando queria irritá-los).



Gavan é avisado em seu ponto pelo diretor que falta pouco para o episódio acabar e já tá na hora de se transformar...


Ok, fora a coreografia ridícula e exaustivamente repetitiva, a transformação aqui foi até bem digna. Mas o narrador não se contenta e manda um “Vamos ver como isso ocorreu mais uma vez!”, explicando que a nave do policial surge do nada no céu e manda o traje de combate por ondas de rádio. Ah tá, e desde quando crianças se interessam por esses detalhes técnicos?? Criança gosta mesmo é de violência!!

Bom, Gavan começa a quebrar todo mundo e os vilões percebem o quanto ele é fodão e fogem dalí que nem uns maricons de merda. Em seguida, o policial do espaço entra na base secreta dos vilões e começa a mandar tudo pelos ares.


Gavan é o melhor melhor do mundo em destruir bases secretas de entidades malignas extraterrestres com raios laser.


O herói da classe média volta pra acertar suas contas com o bicho que lhe deu rasteiras, mas Dom Holar tava achando a luta muito justa pro meu gosto e decide usar seu processo de conversão para melhorar pro lado do monstro.


O processo aparentemente consiste em girar uma válvula que faz com que a Terra gire em sentido contrário!!




E eu achando aquela roda de Lost que fazia a ilha mudar de lugar radical bagarai.

O processo de conversão causa apenas alguns tremeliques na Terra (ou você esperava uma conseqüência lógica?) e leva o monstro para outra dimensão, onde ele fica três vezes mais forte. Gavanito chama mais um de seus veículos e segue o animal.



E não sei por que cacetes ele vai em pé, e ainda no lado do passageiro (que ele não tem). Falando nisso, sempre que vejo um veículo desses que tem um compartimento menor para mais um passageiro me vem à mente automaticamente o Robin de Burt Ward. Deixa prá lá.

Enfim ele encontra o monstro e os dois começam a se pegar. No bom sentido.

Jair Bolsonaro proibiu seu filho de ver essa série depois dessa cena.


Ou, a julgar por essa cena, no mau sentido mesmo. Deixe que sua mente fantasiosa decida isso.

O cenário muda e os dois lutam mais um pouco, até que Gavan manda uma carga de raios laser no monstro e ele explode.



Podia ter feito isso bem antes, né?

A vitória parece garantida, mas pelo visto hoje não é o dia do nosso herói, pois uma espécie de cometa está vindo em sua direção!

Melancholia, é você?

Nada que o robô de Gavan que tem forma de dragão (acho) não possa destruir com seus olhos com super poderes.

Robô do Gavan with lasers

E o cometa explode. É muita explosão pra um episódio só.

Agora sim acabou, não?

NÃO??


Nada! Derrepentemente aparece esse cidadão, que não sei se é um personagem novo, o mesmo monstro anterior ressuscitado e modificado, ou algum personagem que já tinha aparecido e eu não lembro.


Mas isso não tem a menor importância, pois em questão de segundos Gavan dá uma espadada tão forte nele que o cara fica de coração partido.


Mesmo.


Poizé. E o cadáver bipartido explode. E tudo explode. É explosão pra cima e pra baixo nesse cacete.

De repente Gavan volta para a Terra e faz suas coreografias sem sentido e desnecessárias.

O herói agora trabalha em um clube de equitação onde passa a conviver com Yuuchi e Wakaba, sua irmã.


Mas sua batalha contra o grupo Maku está só começando, e ainda vem pela frente (não aqui no blog) mais 43 episódios de pura putaria. Pague e verá!!



-))”<

8 comentários:

  1. Tokusatsus realmente é uma coisa impressionantemente retardada, mas divertido pra diabo. Principalmente os ruizões, não é mesmo?

    BTW, ótimo post, como sempre, Bruno.

    ResponderExcluir
  2. Hahaha, pode crer, Kelvin. Esse justamente por ser o primeiro dos primeiros metal heroes é extremamente toscaço, kk.

    ResponderExcluir
  3. Tow pra ver algo mais tosco que Cibercops e seu prédio-rampa que lança motos à Lua.

    Cara, quando eu era muuuito moleque eu assistia mais os Flashmen e o Jiraya, que eu gostava muito dos designers (exceto dele próprio, que é um ninja são paulino).

    Enfim, já tinha ouvido falar de Gavan, e também de Shaider e Spielvan (aliás, não sei se sabia, mas a mina que faz uma aliada do Spielvan se tornou atriz de pornôs lésbicos softcore; é gata, mas a ajudante dele é melhor).

    Deixa quieto, post hilário, faça mais quadros-por-quadro, sim?

    Abraço!

    ResponderExcluir
  4. Seu blog é muito bom! Já favoritei ao meu! http://lixeirodocinema.blogspot.com/ Um abraço

    ResponderExcluir
  5. AHUAHUhhuauh adoro esses monstros e o memso plot de pitaras espaciais que querem dominar a Terra.

    Mas sempre quis entender, daonde tiraramq ue Piratas colonizam?

    ResponderExcluir
  6. Oi Bruno!
    Confesso que ainda não conhecia esta série. Embora eu goste bastante das produções japonesas. Não só seriados, como também os filmes. Apesar de algumas serem bem ... bizarras (ou toscas) É sempre bom conhecê-las.

    *Ansiosa pelo seu post especial do Dia das Bruxas.


    Beijos, até mais!

    ResponderExcluir
  7. Cybercops era bizarro mesmo. Lembro q no primeiro episódio tinha um muro qubrado e usaram cromaqui toscasso p fazê-lo, quando seria bem mais pratico um muro de isopor quebrado mesmo. Ou seja, até CHapolin é mais bem feito que aquilo (bem mais, na verdade).
    Valew pela informação Márcio, não sabia dessa da aliada do Spielvan. Até procuraria esses filmes que ela fez se eu assitisse filmes desse tipo (*ca-ham*).

    Esse negócio de piratas colonizadores é meio nonsense mesmo. Daqui a pouco vão inventar a moda dos vikings que só saqueiam e não colonizam. Ou era isso mesmo q eles faziam??? (Aff, olha q eu já li um livro enorme sobre vikings...)

    Valew Rubi, o post sobre dia das bruxas não será exatamente inédito (já o escrevi faz tempo em um blog antigo), mas quase ninguém leu ainda (o que eu acho que não vai mudar muito, huaua). bjo pra vc.

    ResponderExcluir
  8. É porque os Vikings passaram muito tempo no "Matar, Pilhar, Destruir"; depois de muitos séculos que eles começaram a querer colonizar de alguma forma, mas daí sua fama de bárbaros monstros já era bem maior do que qualquer tentativa.

    ResponderExcluir

LinkWithin

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...