sexta-feira, 19 de outubro de 2012

10 filmes que todo mundo acha ruins, menos eu, AND WHY


Como eu havia dito no post anterior, sobre os 10 filmes que todo mundo acha bons menos eu, dessa vez farei o oposto e falarei daqueles filmes que considero super injustiçados, super subestimados e pelos quais passei anos dentro de casa cortando os braços com bolacha Maria ao som de Raça Negra, de tanta depressão pela sacanagem que a humanidade fez com eles. Mas dessa vez farei justiça! Jogarei na cara da sociedade as verdades sobre tais películas e, tal qual Bruce Wayne dentro daquela prisão em forma de poço de Itu, às farei ressurgir!! 
Arf, à quem estou tentando enganar? Isso não dar em nada com certreza. Mas pelo menos acho que me sentirei melhor lá no fim, então vamos neussann.

10 – A Praia




A Praia consegue uma característica rara e admirável: Ter um clima praiano e tropical e ao mesmo tempo uma atmosfera sombria, por vezes violenta e cheia de suspense. E por mais que tenha gente que torça o nariz para o filme, considero uma das obras-primas do Danny Boyle. Dicaprio está em um de seus melhores papeis, e todos os outros personagens tem uma personalidade forte e verossímil, que realmente tão um tom realista à eles e os torna muito memoráveis. É impossível esquecer tão cedo Tildas Swinton e seu amor incondicional à Ilha (pena pro Jacob que ela não viveu no mesmo universo de Lost), ou da curta participação de Robert Carlily como o enlouquecido Patolino, que mesmo aparecendo bem pouco, se torna tão memorável quanto qualquer um dos principais. O filme ainda nos presenteia com alguns momentos em que o protagonista Richard externa seu estado de insanidade em um momento-limite em forma de um jogo de vídeo game! Sim, vemos Leo se movendo e interagindo com uma floresta como se estivesse dentro de um jogo de 64 bits. Clima praiano, momentos macabros e edição de  vídeo game! Foi isso o que mais me atraiu em A Praia: O fato de ser um filme bem diferente, desde o enredo incomum ao desenvolver da trama e da narrativa, que é totalmente imprevisível e irregular (o que para alguns é um defeito grande, mas para mim é deleite). O longa também é um excelente análise do ser humano, em momentos que poderiam gerar excelentes discursões sobre confiança, bondade e caráter, como na ocasião em que um habitante da praia é ferido gravemente por um tubarão e abandonado por seus colegas (incluindo Richard) no meio do mato para morrer só pelo fato dos seus gemidos de dor incomodá-los.
O filme passou por constantes mudanças no roteiro durante as filmagens, o que gerou bastante inconstância no seu desenvolvimento, mas juro que não percebi isso, pois pra mim ele fecha de maneira bem satisfatória e emocionante.


9 – Adorável Pecadora


Vocês provavelmente não sabem (se de quem me conhece quase ninguém sabe, imagine vocês que nem tchum), mas sou um grande fã de Marilyn Monroe. Acho-a uma das mulheres mais belas e sensuais que já pisaram neste pequeno pacotinho fecal chamado Via Láctea, uma personalidade instigante e uma atriz com um excelente timing para o humor. Some isso ao fato de eu adorar musicais e comédias bobas dos anos sessenta e cinquenta e pronto, você tem um fã de Norma Jean! Certamente chegará o dia em que farei um post só sobre ela.
Considerado o filme mais fraco da Marilynzinha (JAMAIS! Nada é pior que Bus Stop, mas um dia falarei disso), Lets Make Love quase não saiu. Marilyn estava acima do peso devido a gravidez (perdeu o bebê, inclusive), quase enlouqueceu o diretor George Cukor, que teve que se virar para não deixar isso evidente, evitando tomadas muito abertas do corpo da atriz para dar aquela disfarçada marota. Seu marido na época reescreveu o roteiro para aumentar seu papel, o que gerou aborrecimentos e desistências. A loira ainda teve um caso com o astro Yves Montand, sendo que ambos eram casados na época. Enfim, foi uma putaria só.
Apesar de não ter sido exatamente um fracasso, este filme foi arduamente criticado. A direção preguiçosa e amadora de Cukor, a trama não convincente e a falta de carisma do protagonista Yves Montand, que de fato estava visivelmente perdido ali, com um personagem fraco e sem atitude em mãos. Aqui Montand interpreta um bilionário que, em uma visita aos bastidores de uma peça da Brodway, é confundido com um de seus imitadores. Acaba se apaixonando a primeira vista pela delicada atriz Amanda (Monroe), e aproveita a confusão para continuar frequentando o lugar e assim se aproximar da moça. Contrariando todo o glamour das cenas mais importantes de seus outros filmes musicais, este opta pelo minimalismo. Nenhuma das canções são executadas de maneira “espontânea”, como nos musicais mais fantasiosos, e nem em cenários luxuosos e berrantes, como em Os Homens Preferem as Loiras, mas sim em bastidores e ensaios dos artistas para alguma apresentação. Todos com um fundo negro, apostando mais nas performances em si. E o fato deste filme ter sido realizado logo após Quanto Mais quente Melhor (considerada, com razão, uma das maiores comédias do cinema. Obrigatório, heim pessoal) tenha-o ofuscado e levado mais rápido ao desapontamento devido a uma suposta alta expectativa.
Mas apesar dos pesares, não considero o filme ruim. À começar pelas canções, que são ótimas. My Heart Belongs to Dead é um clássico. Uma das mais famosas canções interpretadas por Marilyn, e uma de minhas favoritas. Também destacam-se as excelentes Expecialization e a própria Lets Make Love. E claro que poucas pessoas tem o dom de salvar um filme inteiro, ou no mínimo tornando-o altamente assistível. Marilyn o tem. Sua atuação neste é uma das melhores, e Amanda uma de suas mais diferenciadas e adoráveis personagens. E devo dizer, agora entre nós heteros, que Marilynzinha está mais caliente nesse filme do que em qualquer outro (Cara, vê a performance de My Heart Belongs to Dead e tente não morrer de tesão). Ou você acha que o fato dela estar mais cheinha é um agravante??? #porfa


8 - Hulk


Apesar desse Hulk ser tão verde, mas tão verde, que mais parece um holograma criado pelo Hall Jordan, eu acho o filme muito bom e mil vezes superior à versão com o Edward Norton. Aqui temos um diretor bem atípico pra esse tipo de filme e que deu seu toque pessoal e pouco hollywoodiano ao personagem. Não parece um filme de super-herói, e sim um thriller psicológico e experimental. Ang Lee deu um fuck off pras convenções e criou um longa introspectivo, compassado, que demora bastante tempo explicando e até vermos o bichão verde (Mas como é verde! Puta que o pariu!) em ação já se passaram bons minutos. Os personagens aqui são bem complexos, desde o próprio Bruce Banner de Eric Bana ao seu controverso pai, vivido por um empenhado Nick Nolte. A relação entre eles é trabalhada com profundidade e de maneira bem tridimensional. Nada de soluções fáceis para tramas e subtramas.
Outra coisa que achei bem legal foi a edição do filme, estilosa, rica em detalhes e cheias de referencias, como os pensamentos atormentados de Bruce nas vezes em que este está prestes à se transformar, que mostram imagens de lagartos e desertos, entre outras coisas, e que remetem à filmes e séries antigos de ficção científica. Outra cena que também faz menção aos mesmos filmes e séries é a que o pai está  disfarçado de faxineiro, e quando limpa o chão molhado com o rodo, a edição aproveita para pular para o próximo take com um corte lembrando uma água escorrendo pela tela, em um saudoso efeito de corte de cena. Outras cenas mostram quadros na tela que imediatamente nos lembram dos quadrinhos, apesar deste filme definitivamente não parecer ser baseado em um. Os flashbacks são um caso à parte, utilizados de maneira bem esperta e aumentando a carga dramática e onírica do filme.
Por não ser um filme de fácil digestão, o resultado foi um fracasso de público e em 2008 o estúdio resolveu fazer um filme bem nos padrões comerciais: Sem conteúdo, com uma história rasa, personagens rasos e Tim Blake Nelson fazendo papel de bocó. Mas eu fico com a versão verde-cheguei de 2003 disparado!

7 – Kika


Kika é uma tentativa ousada de Almodóvar de fazer um humor no limite, e eu até entendo as pessoas que não gostaram do filme. Ele é bem exagerado. Seja nas cores, nos diálogos nas cenas cômicas. Mas como bom amante do humor negro, eu não consegui deixar de gostar deste que foi um fracasso de público e crítica quando lançado em 1993. Talvez a cena que mais exemplifique este tom barroco de humor seja aquela em que a fogosa protagonista é estuprada por um marginal por longos minutos, e mesmo assim Almodóvar dá um tom cômico durante toda a sequência. Nada de sofrimento, drama ou trauma pós-estupro, pois em Kika simplesmente não há lugar para isso.
O elenco, como sempre nos filmes do cineasta, é soberbo. Verónica Forqué vive a maquiadora Kika, que, como a maioria das protagonistas do diretor, poderia até ser uma pessoa do nosso cotidiano tentando consertar os pequenos caos do universo ao seu redor. Peter Coyote e Victoria Abril também estão excelentes, esta ultima aliás, vivendo uma apresentadora de tv sensacionalista e apelativa que usa uma um “roupa-câmera” bem hilária.
O filme ainda fala sobre voyeurismo e o poder negativo da mídia de forma bem leve e inteligente.
Kika não chega ao patamat de outras obras geniais de Almodóvar como Tudo Sobre Minha Mãe, Fale com Ela e Volver, mas juro que o coloco no mesmo nível de outros excelentes filmes como Mulheres à Beira de um Ataque de Nervos, Carne Trêmula e Má Educação.


6 - O Poderoso Chefão III


Esse é um típico caso de filme que não se sustenta justamente pelo peso que tem que carregar de seu antecessor. E neste caso, são dois. O Poderoso Chefão I e II foram filmes tão bons e chegaram à um nível tão intocável de clássicos, que muitos consideraram desnecessária e estupida a ideia de Coppola criar uma terceira sequencia. Isso, claro, fez com que boa parte o publico já fosse ao cinema com o nariz torto, o que impossibilitou perceberem o quanto este filme tem de bom. Eu realmente achei que o ciclo não estava completo no fim do segundo filme e precisava ser fechado com mais prioridade, missão esta que este terceiro cumpriu com maestria. O legal aqui é que Michael está mais perturbado do que nunca, e seus pecados do passado começam à atormentá-lo. Já com idade meio avançada, o chefão chega a ter delírios com seu irmão Fredo (que ele mandou “fechar” no final do segundo longa) quando passa mal. Al Pacino consegue deixar seu personagem mais cativante que antes, já que está tentando consertar seus erros ao mesmo tempo que não consegue sair dessa vida de colarinho branco (e quem consegue, né mermo?). O final é trágico, mas encerra satisfatoriamente e com estilo a história dos Corleone.
Andy Garcia também está ótimo como o jovem e putinho filho de Sonny, que está aqui para dar continuidade nos negócios de Michael.
Muitas das reclamações sobre o filme é a participação da Sô fia do Coppola e sua “atuação” digna de uma porta, mas sua personagem é bem necessária para o desfecho da trama.
Um filme que tem um ótimo roteiro, um bom desfecho e Bridget Fonda dando uma transada.
Durante algum tempo rolaram até rumores sobre um quarto filme, no qual Andy Garcia faria as vezes do padrinho. Claro que os fãs mais escrotos repudiaram a ideia, mas eu pagaria pra ver principalmente por isso, pois eu quero mesmo é ver o circo pegar fogo, uhuhuhuhohohohohehehehe (risada do Coringa) ...

5 – Branca de Neve e o Caçador

“Dos produtores de Alice in Wonderland” Isso era para atrair público?
Tsc, tsc. Esses estagiários...
Esse é o famoso filme que fez com que a princesinha pálida fosse morder a maçã em outros territórios (leia: dentro do zíper do diretor) e deixou seu vampiruxo coçando a testa e pagando de chifronésio pro mundo inteiro. Arf! Tô parecendo a Fabíola Reipert!
Mas olha, independente das altas críticas negativas, eu achei o filme bem ok. Os cenários são deslumbrantes, principalmente, é claro, a parte das florestas, Charlize Theron está ótima em sua entrega total à personagem Ravenna, e até o triangulo amoroso criado entre Branca de Neve, o caçador e o príncipe, que de início gerava expectativas ruins por lembrar o enredo de Crepúsculo, tem um proposito que encerra o filme de forma ambígua e intrigante.
A ideia de apresentar um conto de fadas de maneira mais próxima da versão original, mais sombria e adulta, sempre me agradou e acho que aqui eles conseguiram ser bem sucedidos nisso. Inclusive colocarem Branca de neve em uma posição mais proativa agindo como uma guerreira veio bem a calhar.
Até mesmo os oito anões (!) estão, digamos, mais humanizados. Ainda fazem o papel de alívio cômico, mas desta vez eles tem seus momentos mais sérios e reais (há morte entre eles e tal).
Ok, ok, sei o que vocês estão esperando, então chegou a vez de falar: Kristen Stewart. E não vou fazer nenhum comentário a respeito de Crepúsculo, pois há algum tempo criei uma política pessoal de nunca falar mal dessa franquia aqui no blog (ou em qualquer outro lugar). E também não vou fazer piadinhas sobre inexpressividade envolvendo a atriz, pois já existem outras 6 bnilhoes e 999 mil pessoas fazendo isso e se achando bem originais. O fato é que Stew recebeu o selo de aprovação do blog Pruno’s Land (risos) pelo papel. Ela é branca, bonita e caiu bem na personagem. Não fez feio. Ponto.

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AFFF!! EU BEM QUE TENTEI MAS NÃO CONSIGO ME CONTER!! QIEM ESTOU TENTANDO ENGANAR??? QUANDO VEJO KRISTEN STEWART EU FALTO ENLOUQUECER!!!! FAP! FAP! FAP!
PRA MIM ELA É A MULHER MAIS PERFEITA DO UNIVERSO!!!! TODA VEZ QUE À VEJO PARACE QUE TEM UM ANIMAL DENTRO DE MIM QUE QUER POSSUÍ-LA DE TODAS AS MANEIRAS!!!! FAP! FAP! FAP! VOCÊS ACHAM MESMO QUE EU IRIA FICAR PRESTANDO ATENÇÃO NA ATUAÇÃO DELA?????? FAP! FAP! Fap. fap. fap...

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Ok, pessoal, já consegui acalmar o Hyde dentro de mim. Dr. Jekyll pode voltar a trabalhar e eu já posso destrancar a porta do meu quarto.

Enfim, boas cenas de ação, excelentes efeitos, e um roteiro que beira a se perder, mas consegue manter-se no eixo. Até a cena envolvendo Branca de neve e um animal fantástico similar à um antílope que eu não sei se foi uma homenagem ou um puta plágio descarado e miserável de Princesa Mononoke do Miyazaki me agradou.

4 - Garotos Perdidos 3: A Sede


Esse filme é do caçamba! Esse filme é foda! Sério, sei que a maioria de vocês adoram o primeiro Garotos Perdidos e abominam ou simplesmente ignoram as tardias continuações diretamente lançadas em vídeo. O segundo filme realmente é fraco. Nem mesmo as participações especiais de Tom Savini (lendário maquiador de filmes de terror) e de Angus Sutherland, irmão de Kiefer (vilão do primeiro filme), como o cara mau da vez salvaram o filme. Mais aí Corey Fieldman conseguiu tirar dinheiro não sei donde pra fazer o terceiro filme e... E fez. E dessa vez o ator parece ter repensando bastante em todos os erros do filme anterior para a elaboração deste.
Garotos Perdidos 3 é um excelente filme de vampiro. Não dá medo, mas nem o primeiro dava. A questão é que o longa em nenhum momento abusa da inteligência do espectador, e aposta em cenas de ação decentes, diálogos espertos e uma boa dose de humor e de imprevisibilidade. Fora os personagens mais óbvios, muitos deles nos surpreendem, seja quanto a sua sobrevivência ou seu papel e importância ao longo do filme. E talvez seja isso o mais legal em A Sede: Os personagens. Eles realmente são carismáticos, principalmente o protagonista. Edgar Frog é canastrão, inocente, burlesco e corajoso. Um personagem que poderia figurar tranquilamente entre os caçadores de vampiros mais famosos, como Van Helsing, Buff e Blade. Há também alguns flashbacks bem legais mostrando cenas do primeiro filme e uma homenagem muito bacana à Corey Haim, que faleceu antes das filmagens deste filme e participaria dele, caso tal tragédia não tivesse acontecido.
Enfim, um filme que vale a pena dar uma segunda chance. Considero-o infinitamente superior ao patético remake de A Hora do Espanto com o Colin Farrell, que foi muito melhor aceito.
E fora que Tanit Phoenix, uma das mulheres mais tesudas do universo, tá o cão de gostosa nesse filme. Arrisque e petiscará!

3 – Alien: A Ressurreição


Já que eu falei mal de Aliens no post passado, tentarei equilibrar o universo falando bem de outra pérola da franquia neste, se bem que acho que isso só vai piorar minha reputação com vossas mercês. Esse é considerado o pior filme da série do ET com cabeça elíptica. Muitos o consideram uma piada de mau gosto. E, sério, eu não entendo o porquê. ATÓRON esse filme! Ok, é o mais fantasioso dos quatro, e alguns acontecimentos sem coerência nenhuma (Ex: A Ripley cover se livrando facilmente do Alien em seu estado parasita, sendo que quando este gruda no rosto de alguém supostamente não deveria sair jamais) e falta de lógica tanto do roteiro quando de muitas cenas de ação dão margem para desagrados. Mas este Alien finalmente assume uma cara de humor negro, do tipo de filme que não se leva à sério, da ficção científica de terror / ação feita exclusivamente para divertir. Ele também se livra da enrolação do terceiro filme, indo direto ao ponto, e dos desinteressantes personagens de apoio do segundo e até mesmo do primeiro. Aqui não é só Ripley e o bichão em si que nos devem chamar a atenção, mas um grupo de mercenários espaciais caricatos, o que inclui uma robô e um atirador com uma pontaria absurdamente absurda. Apesar de rasos, estes personagens novos são legais pra caralho (compara eles com os soldados buchas de canhão do segundo filme). Os espectadores que tanto reclamaram da falta de criatividade da segunda continuação, que além de trazer apenas um Alien, ainda preencheu o filme com um bando de coadjuvantes praticamente iguais, agora tem bastante novidades neste quarto. Temos um clone da Ripley original que é metade Alien (Pasmem! O sangue dela é ácido!), uma Winona Ryder andriod sentimental (ela brinca sozinha tentando segurar um copo com luvas de boxe! Que tipo de robô faz isso??); um Ron Perlman fazendo o tipão de bandido durão mas que no fim das contas é um cara legal, e que não perde a oportunidade de lascar um beijo NA BOCA de seu colega; um Brad Dourif como um cientista completamente ensandecido que flerta sexualmente com um dos Aliens (é ver para crer), e uma total evolução da criatura em questão, que agora não precisa mais por ovos e de humanos para se reproduzir. Enfim, o enredo agora é realmente criativo, e talvez ousado demais para que algumas pessoas pudessem aceitar. Os cenários do filme são ótimos e o alien nunca esteve tão bem feito. Nestes pontos visuais, claro, o diretor Jean-Pierre Jeunet é impecável. Quem conhece seus outros trabalhos (Ladrão de Sonhos, O Fabuloso Destino de Amélie Poulain, Delicatessen, etc) sabe disso. Pena que ele resolveu aventurar seu estilo num universo com um público não muito versátil nesse sentido.
Um filme com um tom mais leve, mais vigoroso, menos dramático e mais cartunesco que seus antecessores, que permanece incompreendido até hoje. ATÉ HOJE...

2 - Os Idiotas


Considero Dogville o filme mais superestimado do Lars von Trier. Quer dizer, eu gosto do filme, Nicole Kidman está ótima, e a ideia do cenário ser executado como uma peça de teatro é realmente criativa. Mas a temática da inocente e sofrida protagonista feminina já estava cansativa nesse ponto. Eu adorei Ondas do Destino, amei Dançando no Escuro, mas quando vi Dogville fiquei com aquela cara de “De novo?? A mesma história da mulher que tem sua boa fé abusada de todas as maneiras pelas pessoas ao seu redor?? Que porra de obsessão é essa, von Trier???”
Por outro lado, acho uma injustiça Os Idiotas geralmente ter criticas medianas e ser considerado fraco muitas vezes, pois acho um dos melhores e mais ousados trabalhos.
A proposta do filme é bem interessante: Um grupo de pessoas se reúne em uma casa em Copenhague para trazer para fora o idiota dentro de si, o que seria uma maneira de praticar o surto e agir com infantilidade e sandice, para depois saírem em grupos praticando isso na frente das pessoas, estas nunca desconfiando da farsa. O objetivo de tal abordagem (que inclui agir como débeis mentais, babar em público, etc.), que acho meio barata, confesso, seria revelar a postura hipócrita da sociedade e de seu senso comum.
E se o enredo já é bom e inusitado, o desenrolar do roteiro é melhor ainda: Muitas cenas são constrangedoras – Jeppe fazendo dois motoqueiros o ajudarem a urinar, por pretexto de incapacidade mental – outras são emocionantes – quando o pai de uma das garotas vai pegá-la à força da “fraternidade” – e outras engraçadas – Katrine babando na cena da reunião é hilária! - . A protagonista é muito boa. Bodil Jørgensen dá vida a uma mulher frágil e de passado misterioso, que se junta ao grupo para aprender suas ideologias e agir como eles. O desenvolver de cada personagem é muito bom e você realmente se apega a eles. O desfecho também é ótimo e, a despeito de algumas cenas gratuitas de sexo explícito e de recursos mínimos (von Trier se pôs às limitações do Dogma 95, com gravação em câmera digital, sem trilha e orçamento baixíssimo), nada tira o brilho e a eficiência deste longa.
  
1 - Batman Eternamente


Ai, ai. Já esquentei muito a cabeça defendendo este filho que não é meu, mas lá vai. Batman Eternamente é bom e é meu filme favorito do Batman, o que não quer dizer que considero o melhor. Está à anos luz da perfeição (Aliás, Dark Knight Rises também está), mas o que me aborrece é que considero um filme injustiçado pra caralho. O principal motivo disso é seu “irmão gêmeo” Batman & Robin, que de tão ruim o levou junto pro buraco. Ok, vamos pensar um pouco (#telecurso2000feellings): O Eternamente foi o sucesso de bilheteria quando lançado. A infâmia só veio quando surgiu B&R, pois daí as pessoas começaram à perceber o quanto Joel Schumacher era ruim dirigindo filmes de super heróis e como os filmes de Tim Burton eram mais sombrios e descolados. Também perceberam que é super cool generalizar e falar mal dos filmes do Schumacher e de como eles eram coloridos e descabeçados. Ora, BE realmente é mais iluminado e berrante que seus antecessores, mas nem se compara àquela coisa carnavalesca de sua sequência. E apesar das excessivas luzes de neon que deviam dar muito prejuízo à prefeitura de da cidade, considero a melhor Gothan dos filmes do herói. É bem mais enriquecida em cenários que os filmes de Burton e realmente parece uma Gothan City, né Nolan?
Val Kilmer como Batman é meio inexpressivo às vezes, mas isso só lhe dá um ar de cansaço introspectivo daquele caos todo que é sua vida. É o Bruce Wayne mais atormentado de todos (o cara chega à ter pesadelos acordado com a morte dos pais!). Tommy Lee Jones realmente cometeu um erro em não fazer pesquisa de personagem e age da maneira mais bidimensional que alguém interpretando Duas Caras jamais deveria fazer. Harvey, embora com bem mais tempo de tela, chegou a ser mais mal aproveitado do que quando interpretado por Aaron Eckhart e Billy Dee Willians nos outros filmes. Mas ele acaba se tornando um tipo de vilão “Seek & Destroy” do tipo T 1000, cuja única função é perseguir e destruir o herói a qualquer custo. E eu adoro esse tipo de vilão. Jin Carrey também interpretou Charada de uma maneira bem pessoal e diferente do original, enfurecendo os fãs mais conservadores, mas não há como negar que ele caiu como uma luva no personagem. E Chris O’Donnell teve um bom desenvolvimento do jovem enfurecido Dick até se transformar em Robin.
É um filme sobe vingança e obsessão. Seja de Dick em relação à Harvey, Harvey em relação ao Batman ou Edward Nigma em relação à Bruce. Neste ultimo caso, Carrey interpreta de maneira impressionante a obsessão de seu personagem em relação ao seu rival (reparem que ele chaga a imitar todos os seus movimentos, como ao tirar e colocar os óculos na cena da festa). Há diálogos e cenas bem impactantes, como quando Bruce tem sua casa invadida pelos vilões e leva um tiro na testa, e em seu primeiro encontro com Dick agora transformado em Robin. AS cenas de ação também são bem decentes e até a maneira como Batman derrota Duas Caras foi bem inteligente (não sei daonde o herói tirou todas aquelas moedas na hora, mas deve ter sido dolorido), usando mais o cérebro do que a força bruta, exatamente como o Batman deve ser.
E chega. Não adianta eu falar mais porque esse filme vai continuar sendo mal visto. Só não o coloquem no mesmo patamar de Batman & Robin, pois ele obviamente é muito superior.


Então é isso. Sem mais delongas, acho que tô um pouco mais aliviado agora. Podem me esculachar aí embaixo se quiserem, mas lembrem-se que os deuses do cinema estão vendo (e estão do meu lado, acreditem!). Prometo que o próximo post será mais curto. Abssssssssssssss

7 comentários:

  1. "2 - Os Idiotas"

    ahh agora estamos contando pornografia?XD

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  2. Também gosto bastante do filme Hulk do Ang Lee.
    Acho Alien 4 muito superior ao terceiro (que foi puramente uma tentativa de fazer Sigourney Weaver ganhar o Oscar, afinal ela fora indicada por Aliens: O Resgate).

    Fiquei curioso a respeito de Garotos Perdidos 3. Recuso-me a ver qualquer continuação pelo original ser um de meus filmes preferidos, mas talvez eu veja o trailer.

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  3. Hahaha, pode crer Lance, o sexo gratuito no filme foi a única coisa que me desagradou nele :P

    Alecs, cara dá uma chance pro filme (GP3). Se vc vê-lo mais como um spin-off do que como uma continuação, talvez isso ajude. Mas o filme realmente é bom.

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  4. Ahh Bruno...quem é que reclama do jeito do Jim Carey?

    Se tu notar ele se movimenta quase igual ao Charada do seriado do Batman.

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  5. É verdade q ele lembra muito o Charada da série, mas os fãs mais xiitas das hqs do Batman não gostaram muito da versão, digamos, mais "afeminada" do Carrey.

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  6. Oi novamente Bruno!
    Havia deixado primeiramente um comentário no divertido texto do filme "Sexta-Feira 13 - Parte 2"(recomendação do amigo Celo), que adoro! rs passa lá...

    To linkando o seu blog e seguindo tb!

    Quanto a esta lista, pra sua informação, acho KIKA um ótimo filme. Humor, perversão ao limite. Almodóvar em bons tempos e muitos afirmam que o melhor dele é o chatinho "A Pele Que Habito"...enfim, cada qual com seu gosto, rs!

    Abração!
    Ótimo blog!

    Rodrigo
    http://cinemarodrigo.blogspot.com.br/

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  7. Fala Rodrigo! Valeu pelo elogio, cara! Pô, mas eu gostei pra caramba de A Peleo que Habito, rss. Na verdade, não tem nenhum filme do Almodovar que eu não tenha gostado. Mas realmente a fase mais cômica dele era impagável!
    Seu blog é muito bom, vou seguí-lo! Abraçoss

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